LEUCEMIA MIELÓIDE AGUDA
O que é câncer
Câncer
é o nome dado a um conjunto de mais de 100 doenças que têm em comum o
crescimento desordenado (maligno) de células que invadem os tecidos e órgãos,
podendo espalhar-se (metástase) para outras regiões do corpo. Dividindo-se
rapidamente, estas células tendem a ser muito agressivas e incontroláveis,
determinando a formação de tumores (acúmulo de células cancerosas) ou
neoplasias malignas. Por outro lado, um tumor benigno significa simplesmente
uma massa localizada de células que se multiplicam vagarosamente e se
assemelham ao seu tecido original, raramente constituindo um risco de vida.
Os
diferentes tipos de câncer correspondem aos vários tipos de células do corpo.
Por exemplo, existem diversos tipos de câncer de pele porque a pele é formada
de mais de um tipo de célula. Se o câncer tem início em tecidos epiteliais como
pele ou mucosas ele é denominado carcinoma. Se começa em tecidos conjuntivos
como osso, músculo ou cartilagem é chamado de sarcoma. Outras
características que diferenciam os diversos tipos de câncer entre si são a
velocidade de multiplicação das células e a capacidade de invadir tecidos e
órgãos vizinhos ou distantes (metástases).
O que é Leucemia
As
Leucemias são distúrbios neoplásicos dos tecidos formadores do sangue (baço, sistema linfático e a medula óssea). Caracterizam-se
pela proliferação disseminada, dentro da medula óssea e dos outros tecidos
formadores do sangue, de precursores imaturos de algum tipo de leucócito.
O processo leucêmico reduz drasticamente a produção dos principais
constituintes do sangue normal, resultando em anemia e num aumento de
suscetibilidade a infecção e hemorragia. As células leucêmicas podem
infiltrar-se nos diferentes órgãos, criando tumores secundários, semelhantes às
metástases dos demais. Nas leucemias, os glóbulos brancos apresentam-se
ora muito aumentados, ora em número normal ou mesmo diminuído.
Os
principais sintomas da Leucemia decorrem do acúmulo dessas células anormais
(não maduras ou primitivas, isto é, ainda não completamente desenvolvidas ou
diferenciadas), na medula óssea, prejudicando ou impedindo a produção dos
glóbulos vermelhos (causando anemia), dos glóbulos brancos (causando infecções)
e das plaquetas (causando hemorragias). Depois de instalada, a doença progride
rapidamente, exigindo com isso, que o tratamento seja iniciado logo após o
diagnóstico e a classificação da Leucemia.
A
Leucemia Aguda é uma doença rapidamente progressiva que acomete as células
primitivas ou blastos, no qual os elementos normais da medula óssea são substituídas por blastócitos imaturos ou indiferenciados.
Quando a quantidade de perda da medula sã atinge um nível abaixo do necessário
para manter os elementos do sangue periférico dentro do normal, haverá anemia,
neutropenia e trombocitopenia. Infelizmente, um dos maiores sofrimentos de quem
tem Leucemia aguda é que a doença aparece de repente, sem dar pistas aparentes
e, por ter evolução rápida, necessita que o início do tratamento seja imediato.
A
Leucemia Crônica progride lentamente e permite o crescimento de um maior número
de células mais desenvolvidas. Em geral, essas células mais maduras podem
desempenhar algumas de suas funções normais.
A
possibilidade de medir características específicas das células levou em seguida
à subclassificação das principais categorias de leucemia. Essa divisão em
categorias e subcategorias permite que o médico decida qual tipo de tratamento
funciona melhor para o tipo de célula envolvido e qual a rapidez com a qual a
doença pode se desenvolver.
·
Leucemia Linfóide Aguda
(LLA).
·
Leucemia
Mielóide Aguda (LMA).
·
Leucemia
Linfóide Crônica (LLC).
·
Leucemia
Mielóide Crônica (LMC).
Prevalência
dos quatro tipos de leucemia:
·
Leucemia
Linfóide Aguda é a mais comum em crianças pequenas. Ela também afeta adultos, principalmente, aqueles com mais de 65 anos.
·
Leucemia
Mielóide Aguda ocorre mais em adultos do que em crianças.
·
Leucemia
Linfóide Crônica afeta mais adultos acima de 55
anos de idade. Algumas vezes, ocorre em adultos jovens, mas quase nunca nas
crianças.
·
Leucemia
Mielóide Crônica ocorre principalmente em adultos. Um número muito
pequeno de crianças é afetado.
Definição de Leucemia Mielóide Aguda
A
Leucemia Mielóide Aguda (LMA) é uma doença mieloproliferativa clonal, que
se caracteriza pelo acúmulo de progenitores mielóides imaturos na medula óssea,
com substituição do tecido hematopoético normal. A Leucemia Mielóide
Aguda caracteriza-se pelo crescimento descontrolado e exagerado das células
inidferenciadas chamadas "blastos". Estas células não apresentam as
funções normais dos glóbulos brancos. Existe também um bloqueio na fabricação
das células normais, havendo uma deficiência de glóbulos vermelhos (anemia),
plaquetas (plaquetopenia) e glóbulos brancos (neutropenia).
A
Leucemia Mielóide Aguda é considerada um grupo de doenças, e os seus portadores
com os diferentes subtipos de LMA, irão reagir de modo diferente ao tratamento.
Por isso a necessidade de diagnosticar o tipo e o subtipo de LMA. A LMA
apresenta oito subtipos distintos morfologicamente: LMA de M0 a M7.
O sangue
O
sangue humano é constituído por um líquido amarelado, o plasma, e por três
tipos de elementos celulares, genericamente chamados de elementos
figurados do sangue: hemácias (células vermelhas), leucócitos (células
brancas) e plaquetas (fragmentos celulares também conhecidos como trombócitos).
Cerca de 55% do volume do sangue é devido ao plasma,
sendo o restante devido às células. No corpo de uma pessoas de
aproximadamente 70 kg há cerca de 5,6 litros de
sangue.
Plasma
sanguíneo: No plasma
sanguíneo, a água é responsável por 92% de seu peso, sendo o restante devido à
presença de proteínas (albumina, globulinas etc.), sais e substâncias diversas,
tais como nutrientes, gases, excreções e hormônios. Um grupo importante
de proteínas do plasma são as gamaglobulinas, que constituem os anticorpos,
substâncias que protegem o organismo dos agentes infecciosos. Outra
proteína importante do plasma sanguíneo é o fibrinogênio. Se
ocorre um ferimento, o fibrinogênio se transforma em uma proteína
fibrosa, a fibrina, cujas moléculas se entrelaçam e formam um tampão na
área ferida. As hemácias, retidas na malha de fibrina, formam o coágulo,
que impede a perda de sangue. O líquido que sobra depois de o sangue
coagular é chamado soro sanguíneo.
Hemácias: São também conhecidas por
glóbulos vermelhos ou eritrócitos, são células especializadas no transporte de
gás oxigênio. Há cerca de 5 milhões de hemácias por
milímetro cúbico de sangue em um homem, e 4,5 milhões por milímetro
cúbico de sangue em uma mulher. Cada pessoa possui, em média, cerca de 30
trilhões de hemácias em sua circulação. As hemácias são produzidas no interior
dos ossos, a partir de células da medula óssea vermelha, denominadas
eritroblastos. À medida que amadurecem, os eritroblastos produzem hemoglobina,
proteína de cor vermelha que contém ferro.
Uma
vez repleto de hemoglobina, o eritroblasto elimina o núcleo e assume sua forma
discóide típica, transformando-se no eritrócito (hemácia). Através dos vasos
que irrigam a medula óssea, os eritrócitos maduros entram na circulação
sanguínea. Uma hemácia permanece cerca de 120 dias em circulação. Ao fim desse
período, perde sua capacidade funcional e é fagocitada e digerida por células
do fígado ou do baço. Calcula-se que, em apenas um segundo, cerca de 2,4
milhões de hemácias sejam destruídas em nosso corpo. A mesma quantidade é
liberada, pela medula dos ossos, para substituir as hemácias removidas da
circulação.
Leucócitos: Os leucócitos ou glóbulos brancos
são células especializadas na defesa do organismo; combatem vírus, bactérias e
outros agentes invasores que penetrem em nosso corpo. Em condições normais, há
entre 5 e 10 mil leucócitos por milímetro cúbico de
sangue. Os leucócitos são produzidos na medula dos ossos e podem ser de cinco
tipos básicos: neutrófilos, basófilos, acidófilos, linfócitos e monócitos. Os
neutrófilos têm a função de fagocitose; os basófilos têm como função a
regulação da coagulação; os acidófilos são responsáveis pela
reações alérgicas; os linfócitos têm como função a produção de anticorpos
e destruição de células estranhas: os monócitos originam os macrófagos.
Plaquetas: As plaquetas ou
trombócitos são fragmentos esféricos ou achatados de células chamadas
megacariócitos, formadas originalmente na medula óssea. Há em média, 300 mil
plaquetas por milímetro cúbico de sangue humano. As plaquetas participam
ativamente do processo de coagulação do sangue. Quando há um ferimento,
plaquetas presentes a região lesada liberam fatores de
coagulação, que levam à formação de um coágulo. Diversos fatores de coagulação
já foram identificados, mas o mecanismo completo da coagulação do sangue ainda
não foi totalmente esclarecido.
Um
dos fatores de coagulação liberados pelas plaquetas é a enzima
tromboplastina-quinase, que atua na transformação da protrombina (proteína
presente no sangue) em trombina. A trombina, por sua vez, atua enzimaticamente
na transformação do fibrinogênio (outra proteína sanguínea) em
fibrina. As moléculas de fibrina se entrelaçam e formam uma rede que
retém hemácias, o coágulo, que veda o ferimento. Algumas das enzimas envolvidas
no processo de coagulação precisam estar associadas a íons de cálcio para
funcionar. Tal associação depende por outro lado, da presença de vitamina K.
Assim, tanto o cálcio quanto a vitamina K têm de
estar presentes na dieta humana, pois são indispensáveis à coagulação
sanguínea.
Componentes do sangue a serem transfudidos
Papa
de Hemácias: são
eritrócitos separados de uma unidade de sangue total por centrifugação ou
sedimentação; retiram-se cerca de 80% de plasma, o que produz um hematócrito de
60-70%. O plasma é usado para o preparo das várias frações plasmáticas tipo
albumina, crioprecipitado ou gamaglobulina. A papa de hemácias é indicada para:
·
Pacientes
que precisam apenas de hemácias.
·
Pacientes
com anemia intensa e com volume sanguíneo relativamente normal.
·
Pacientes
com risco de insuficiência cardíaca.
Transfusões
de Plaquetas:
feitas em pacientes com graus perigosos de trombocitopenia (diminuição de
plaquetas no sangue circulante) para controlar ou prevenir sangramento. O uso
de plaquetas equivalentes é mais vantajoso e reduz risco de formação de
anticorpos. As transfusões de plaquetas são feitas no tratamento da leucemia,
anemia aplástica e trombocitopenia induzida pela quimioterapia ou por
medicamentos. Plaquetas viáveis podem ser fornecidas na forma de:
·
Sangue
fresco: substitui células vermelhas e plaquetas.
·
Plasma
rico em plaquetas (PRP): contém 80-90% das plaquetas originais.
·
Concentrados
de plaquetas (CP): retêm quase todas as plaquetas originais num estado viável,
porém num volume reduzido.
Plasma
Total: é a
parte líquida do sangue na qual os corpúsculos ficam suspensos.
·
Utilizado
no tratamento dos defeitos de coagulação.
·
Correção
de hipovolemia devida à perda seletiva de plasma; principalmente em pacientes
queimados.
·
Correção
de hipovolemia na perda aguda de sangue, quando não se dispõe no momento de
sangue total.
·
Como
um expansor plasmático para a hipovolemia ou como uma fonte exógena de albumina
plasmática para a hipoalbuminemia, o plasma total foi amplamente substituído
por preparados puros de albumina sérica e de outras frações plasmáticas que
estão incluídas na albumina.
·
Plasma
Fresco Congelado: plasma que foi separado imediatamente de sangue recém-doado e
a seguir rapidamente congelado. O fator V (um dos aceleradores da conversão da
protrombina) e o fator VIII (o fator anti-hemofílico) são retidos por esse
processo.
·
Concentrados
do Fator VIII (existem numerosos fatores da coagulação identificados por números
e nomes). Crioprecipitado: eficaz no tratamento da hemofília A (deficiência do
fator VIII) e na deficiência de fibrinogênio.
·
Albumina
Sérica Humana e outros preparados de albumina: serve para combater a exsudação
de plasma e prevenir a hemoconcentração em pacientes queimados; para expandir o
volume sanguíneo em pacientes com choque hipovolêmico; para aumentar a albumina
circulante em pacientes com hipoalbuminemia.
·
Fibrinogênio
Humano: usado para a hipofibrinogenemia congênita e
adquirida, complicada por sangramento ativo.
Infusões
de Granulócitos: feitas em pacientes com depressão intensa e temporária
da medula óssea. É um processo caro e especializado.
Fisiologia da medula óssea
A
medula óssea é o tecido esponjoso onde ocorre o desenvolvimento de todos os
tipos de células sanguíneas: as hemácias (glóbulos vermelhos), os leucócitos
(glóbulos brancos) e as plaquetas. As hemácias transportam o oxigênio dos
pulmões para as células de todo o nosso organismo e o gás carbônico é levado
destas para os pulmões, a fim de ser expirado. Os leucócitos são os agentes
mais importantes do sistema de defesa, inclusive defende o organismo das
infecções. As plaquetas compõe o sistema de coagulação do sangue.
A
medula óssea ocupa a cavidade central dos ossos. Todos os ossos
apresentam uma medula ativa no nascimento. Quando um indivíduo
atinge o início da vida adulta, a medula dos ossos das mãos,
pés, braços e pernas deixa de ser ativa. A medula das vértebras, ossos
do quadril e ombros, costelas, esterno e crânio continuam a produzir ativamente
células sanguíneas.
Incidência
·
Incidência
em torno de 20% dos casos de leucemia.
·
Pode
ocorrer em toda a infância com um leve aumento na adolescência, mas não é muito
frequente na infância.
·
Acomete
indivíduos de todas as idades e raças, entretanto mais de 50% dos casos ocorrem
até os 20 anos de idade.
·
Maior
prevalência nos indivíduos adultos do sexo masculino.
·
Leve
predominância em indivíduos da raça branca.
·
Incidência
aumenta com a idade, principalmente acima de 55 anos de idade (mais de 50% dos
casos).
·
A
LMA é a leucemia não-linfocítica mais comum.
Obs: A LMA pode ocorrer na infância, na
adolescência e entre adultos e idosos, sendo a maior prevalência entre 40 a 60
anos.
Fatores de risco
Existem alguns fatores de risco que podem ser relacionados com o
aparecimento da LMA em indivíduos que apresentem as seguintes situações:
·
Maior
risco em crianças previamente tratadas de outro tipo de câncer.
·
A
incidência é um pouco maior em portadores de certas doenças genéticas: Síndrome
de Down, Síndrome de Bloom, Síndrome de Klinefelter, Síndromes
mielodisplásicas, Policitemia Vera, Hemoglobinúria paroxística noturna,
Anemia de Fanconi e Anemia de Blackfan-Diamond. Esses portadores têm uma incidência
um pouco maior de desenvolver LMA e secundariamente LLA.
·
Exposição
a altos níveis de benzeno.
·
Exposição
a altíssimas taxas de radiação.
·
Pacientes
que fizeram quimioterapia com certas drogas, podem
correr um risco maior de apresentar LMA, geralmente num prazo de nove anos após
o tratamento.
·
Portadores
de câncer de mama, ovário ou linfomas podem predispor ao aparecimento da LMA.
Classificação
A
Leucemia Mielóide Aguda tem vários subtipos:
·
Mieloblástica imaturas (M0 e M1),
·
Mieloblástica madura (M2).
·
Promielocítica
(M3).
·
Mielomonocítica
(M4).
·
Monocítica
(M5).
·
Eritrocítica
ou eritroleucemia (M6).
·
Megacariocítica
ou megacarioblástica (M7).
Marcadores imunológicos
Dentre
os principais marcadores imunológicos destacam-se os seguintes:
·
LMA tipo mielomonocítica: anti-MPO,
CD13, CD33, CDw65 e/ou CD117.
·
LMA tipo eritróide: glicoforina A+.
·
LMA tipo megacariocitária: CD41 e/ou CD61.
Sinais e sintomas
Os
sintomas iniciais ocorrem porque a medula óssea deixa de produzir uma
quantidade suficiente de células sanguíneas normais. Geralmente, os sintomas
são parecidos com a Leucemia Linfóide Aguda. Os sinais e sintomas refletem na
grande maioria a infiltração leucêmica de um órgão.
·
Palidez.
·
Fraqueza
e fadiga.
·
Falta
de ar.
·
Febre:
ocorre devido à baixa de leucócitos.
·
Sudorese
noturna.
·
Inapetência
(falta de apetite).
·
Perda
aparente de peso.
·
Disfagia
(dificuldade para engolir): geralmente ocorre devido a
candidíase orofaríngea.
·
Faringite.
·
Petéquias
e equimoses não ligados a traumas ou febre (manchas na
pele, como se fossem hematomas).
·
Hemorragias:
(metrorragia, hemorragia gengival, sangramentos gastrointestinais e cavitários,
epistaxe, petéquias e equimoses, sendo que as hemorragias mais severas ocorrem
na LMA tipo M3).
·
Ortoalgias
(dores nos ossos): As dores são causadas pela infiltração das células
leucêmicas nos ossos.
·
Mialgias
(dores nas articulações).
·
Infecções
frequentes.
·
Aparecimento
de uma massa localizada de células tumorais (cloroma); essa massa pode aparecer
em qualquer área do corpo, sendo mais comum atrás dos olhos e na membrana que
recobre o sistema nervoso central, a epidural.
·
Hipertrofia
gengival: aumento das gengivas (em alguns casos).
·
Queda
dos dentes (mais comum em M4 e M5).
·
Inchaço
das glândulas parótidas.
·
Linfadenopatia:
aumento dos linfonodos (ínguas).
·
Hepatomegalia
(aumento do fígado).
·
Esplenomegalia
com dor (aumento do baço).
·
Sarcoma
granulocítico: infiltração tumoral da pele (casos raros).
·
Sinais
de insuficiência respiratória e derrame pleural: infiltração no pulmão das
células leucêmicas.
·
Prostatite
aguda devido
infiltração de células leucêmicas na próstata.
·
Sindrome
de Addison aguda devido a infiltração na supra-renal
(geralmente fatal).
Sinais
de comprometimento cerebral:
·
Cefaléia
intensa e localizada.
·
Hemiparesia
(paralisia de um lado do corpo).
·
Vômitos
em jato.
·
Irritabilidade.
·
Déficit
neurológico.
·
Distúrbios
da visão.
·
Desorientação:
dependendo da localização do tumor.
Diagnóstico
O diagnóstico de LMA inicia-se a partir de uma suspeita clínica e
se baseia na avaliação do sangue periférico e da medula óssea. Esse diagnóstico
é confirmado quando observa-se mais de 20% de
blastos na medula óssea, conforme os critérios da Organização Mundial da Saúde.
·
Anamnese
detalhada.
·
Exame
físico.
·
Exame
clínico.
·
Exames
laboratoriais. A diferenciação de LLA e LMA é feita pelo exame dos blastos
(leucócitos muito imaturos). A presença de blastos no sangue é sinal
provável de leucemia.
·
Citometria
de fluxo: exame que serve para identificar e quantificar glóbulos
vermelhos, plaquetas, linfócitos, monócitos e granulócitos, ajudando a
identificar o tipo de leucemia.
·
Biópsia
da medula óssea.
·
Mielograma:
Exame que consiste na aspiração do conteúdo líquido do interior da medula; esse
exame serve para o diagnóstico do tipo e subtipo da leucemia.
·
Punção
lombar: em alguns casos pode ser necessária, mas em pacientes diagnosticados
com LMA, esse procedimento não é muito usado.
·
Exames
de imagem: RX do tórax, Ressonância Magnética e Tomografia
Computadorizada.
·
ECG
- Eletrocardiograma.
·
ECG
transtorácico:
Geralmente,
a maioria das pessoas com LMA apresentam baixa contagem de glóbulos vermelhos e
plaquetas e um número elevado de glóbulos brancos, sendo que a maioria desses
glóbulos brancos são constituídos por blastos, células
imaturas que não deveriam estar na corrente sanguínea. O sangue periférico
geralmente mostra anemia normocrômica/cítica, blastemia, oligocitemia,
granulocitopenia, plaquetopenia (a maioria abaixo de 100.000 plaq/mm3).
Contagem de leucócitos varia de 5000 a 100.000 leuc/mm3. Contagens acima de
150. 000 provocam leucostase cerebral que leva a manifestações neurológicas.
Os
métodos diagnósticos para identificar a LMA e classificar os diversos subtipos,
se baseiam em critérios morfológicos, citoquímicos e de imunofenotipagem,
acrescidos de análise genética. É de suma importância para a implementação
do tratamento e prognóstico, a diferenciação do tipo de linhagem da
leucemia, se essa é mielóide (LMA) ou linfóide (LLA).
Estadiamento
O
estadiamento clínico dos tumores, baseado no TNM, não se aplica a este tipo de
neoplasia.
Tratamento
Médico especialista: Hematologista especializado em oncologia ou
Oncohematologista. Dependendo da evolução da doença e do acometimento de outros
órgãos e áreas adjacentes, outros especialistas podem ser indicados para o
tratamento.
Objetivos:
·
Buscar
a remissão completa e imediata das células leucêmicas.
·
Evitar
que as células leucêmicas se multipliquem para outros órgãos e, principalmente
para o sistema nervoso central (SNC).
O
tratamento para a Leucemia Mielóide Aguda na sua primeira fase, isto é, logo
após o diagnóstico confirmado e o tipo de leucemia determinado, é chamado de
indução. Através da quimioterapia agressiva, busca-se a remissão completa das
células leucêmicas. Após essa fase, o tratamento subsequente consiste
basicamente de três etapas:
·
A
consolidação: tratamento agressivo e intenso quimioterápico, com drogas que
não foram usadas na fase da remissão; esse tratamento visa destruir as
células leucêmicas remanescentes.
·
A
reindução: repetição dos medicamentos usados na fase da remissão.
·
A
manutenção: tratamento menos intenso, mas continuado por vários meses.
Obs: Na maioria dos casos é necessário a implantação de um cateter de longa permanênca,
com o objetivo de facilitar a administração dos medicamentos, transfusões
sanguíneas e para as frequentes coletas de sangue para os exames específicos.
Antes
de iniciar o tratamento com quimioterapia é necessario e obrigatório realizar
vários exames por motivos de determinação do tipo e grau de agressividade do
tratamento a ser instaurado e prever o prognóstico e tentar evitar ou prevenir
as complicações e os efeitos colaterais do tratamento. Exames necessários para implementação do tratamento quimioterápico:
·
Raio
X do crânio e
tórax.
·
Ultrassonografia
do abdômen para detectar infiltrações de órgãos.
·
Ressonância
Magnética para detectar infiltrações de órgãos.
·
Exame
do LCR.
·
Exame
de urina e fezes.
·
Bioquímica
de rotina para avaliar funções hepática
·
Bioquímica
de rotina para avaliar funções renais.
·
Fundoscopia.
·
Coagulograma.
·
Culturas
se sangue, urina, fezes, escarro e orofaringe.
·
Ecocardiograma
e ECG para avaliar comprometimento e funções cardíacas.
·
Reações
sorológicas para hepatite A, B, C e testes para HIV.
Tratamento
quimioterápico:
Indução da remissão: Nos pacientes com LMA, a primeira opção é uma combinação
de 2 ou 3 drogas administradas ao longo de uma semana
com o doente hospitalizado.Os efeitos colaterais da quimioterapia variam de
paciente para paciente. Após a indução, vem as
etapas posteriores de consolidação, reindução e manutenção.
Tratamento
radioterápico:
No caso de LMA, a radioterapia é usada nos casos em que a leucemia atingiu o
cérebro, a coluna vertebral ou os testículos. A radiação pode ser necessária em
várias partes do corpo antes de um transplante de medula.
Tratamento
hematológico: Se a
contagem de plaquetas caírem muito é necessária uma transfusão. Geralmente,
as transfusões de sangue são frequentes no tratamento da LMA. As mais comuns
são as transfusões de eritrócitos e de plaquetas.
Medidas
de suporte:
·
Antiobioticoterapia:
antibióticos de amplo espectro para combater as infecções são necessários.
·
Cuidados
especiais para a prevenção das infecções comuns durante o tratamento.
·
Transfusão
de sangue: as transfusões sanguíneas de concentrado de hemácias e de
plaquetas são necessárias para combater a anemia grave e a plaquetopenia
(contagem de plaquetas baixa) e os sangramentos constantes.
·
Controle
dos distúrbios metabólicos.
·
Hidratação
oral.
·
Desinfecção
da pele e dos orifícios naturais.
·
Evitar
ou tratar a hiperuricemia com alopurinol.
·
Alcalinização
(acetazolamida) da urina para evitar nefropatia pelo excesso de ácido úrico.
·
Isolamento
parcial ou total, dependendo da fase do tratamento.
Obs: É importante realizar hemograma,
mielograma e biópsia medular periodicamente antes e depois da remissão
completa, sendo a frequência de realização desses exames variável, dependendo
da etapa do tratamento.
Transplante
de medula óssea (TMO):
Tratamento que consiste na substituição da medula doente por células normais da
medula óssea do próprio paciente (transplante autólogo), ou de células de
medula de um doador (transplante alogênico). Indicado em crianças e jovens com
alto risco de recidiva, que normalmente suportam a mielossupressão violenta com
QT (ciclofosfamida) e irradição corpórea total necessária para a
preparação do transplante. O TMO pode ser realizado em pacientes que não
respondem ao tratamento e naqueles mais jovens que respondem ao primeiro ciclo
de tratamento. Para a realização do transplante o paciente é submetido a
uma carga excessiva de substâncias quimioterápicas. Quando o processo de
quimioterapia termina, o transplante é realizado. O TMO autólogo é mais suscetível
a recidivas, apesar do menor índice de morbidade e mortalidade. O tratamento
com TMO leva à remissão completa em cerca de 30 a 50% dos casos, quando
há doador compatível.
Os
efeitos colaterais do transplante de medula variam de paciente para paciente.
Eles se dividem em efeitos de curto prazo e de longo prazo. Os de curto prazo
são basicamente idênticos aos da quimioterapia pesada, de altas doses, enquanto
os de longo prazo podem se prolongar ou aparecer anos depois do transplante de
medula:
·
Danos
aos pulmões, causando dificuldade respiratória, por causa da radiação.
·
Danos
aos ovários causando esterilidade e fim dos períodos menstruais
·
Danos
à tireóide causando problemas metabólicos graves.
·
Catarata.
·
Danos
aos ossos (que às vezes exigem colocação de prótese).
·
Doença
enxerto contra hospedeiro: A doença enxerto contra hospedeiro é o principal
problema que pode ocorrer no transplante de medula feito com células de doador.
A doença ocorre quando as células (do doador) transplantadas atacam os
demais tecidos e órgãos do paciente (receptor). Os sintomas incluem graves
erupções da pele com coceira, diarréia e danos aos pulmões e fígado. O paciente
também pode sentir cansaço e dores musculares. Se for grave, pode ser fatal. O
lado positivo da doença é que ela elimina qualquer célula cancerosa que restou
no paciente.
·
Aparecimento
de tumores malignos extra-medular.
Tratamento
à base de anticorpos monoclonais:
são proteínas feitas em laboratório e projetadas para se ligar a certas
moléculas presentes na superfície das células leucêmicas. Alguns desses
anticorpos recebem substâncias radioativas ou tóxicas para as células
cancerosas e funcionam como mísseis teleguiados quando injetadas no paciente,
atingindo as células cancerosas e matando-as. Um desses anticorpos monoclonais
(Mylotarg) foi aprovado nos EUA para uso em adultos idosos com LMA que tiveram recidiva ou não suportariam nova quimioterapia. No
Brasil, alguns pacientes entraram na Justiça e conseguiram obter a droga
acionando juridicamente o governo.
Tratamento
cirúrgico: É
necessário para a extirpação de tumores. Em alguns casos a cirurgia para
ressecção do tumor, aumenta a eficácia do tratamento radioterápico e
quimioterápico.
Tratamento
paliativo: Se nenhuma
dessas alternativas for possível, o médico deve se concentrar no alívio dos
sintomas, por meio de quimioterapia leve, que reduza o ritmo de avanço da
doença, administração de analgésicos ou transfusões e medicamentos que corrijam
o desequilíbrio das células sanguíneas, dieta de altas calorias para compensar
a náusea e perda de apetite e antibióticos para tratar infecções. Esse
tipo de tratamento proporciona ao paciente mais algum tempo de sobrevida em
casa; contudo, a morte comumente acontece dentro de poucos meses, por infecção
ou sangramento da maioria das vezes.
Prognóstico: O grau de evolução e prognóstico da
LMA está significativamente relacionado ao aumento da proliferação celular
clonal. Alguns fatores que contribuem para um mau prognóstico:
·
Resposta
lenta à quimioterapia.
·
Presença
de infecções.
·
Plaquetopenia.
·
Presença
de neuroleucemia.
·
Infiltração
extramedular.
·
Numerosas
alterações citogênicas.
·
LDH
elevada no soro (principalmente idosos).
·
Expressão
do gene mdr (multidrugresistance), relacionada à maior expressão da proteína
Mdr ou glicoforina P, o que determina efluxo dos quimioterápicos da célula.
·
Leucemias
bifenotípicas: apresenta marcadores imunológicos para as linhagens mielóide e
linfóide.
·
Atividade
aumentada da telomerase, que culmina com menor sobrevida das células.
·
Leucemias
secundárias.
Pacientes
com quadro pré-leucemia prévio ou que desenvolveram LMA após tratamento de
outro câncer, têm um prognóstico reservado.
Estudo
citogenético apresentando o genótipo 5q- ou 7q-, cromossomo Filadélfia e anormalidades
de 11q23, apresentam mau prognóstico.
Aparecimento
de sarcoma granulocítico intracraniano (tumor cerebral) na fase de
remissão, é considerado fator sinalizador de mau prognóstico.
Classificação
Franco-Americana-Britânica (FAB) para o prognóstico de Leucemia Mielóide
Aguda:
Prognóstico/Adultos
- Leucemia Mielóide Aguda |
|||
Subtipo |
Nome |
% |
Prognóstico |
M0 |
LMA
indiferenciada |
5% |
Ruim |
M1 |
LMA sem
diferenciação |
15% |
Médio
|
M2 |
LMA com
diferenciação |
25% |
Bom |
M3 |
LMA
promielocítica hipergranular |
10% |
Muito
bom |
M4 |
LMA Mielomonocítica
aguda c/eosinofilia |
5% |
Médio
|
M5 |
LMA
monocítica |
10% |
Bom |
M6 |
Eritroleucemia
e variante |
5% |
Ruim |
M7 |
LMA
megacarioblástica |
5% |
Ruim |
Controle
do paciente: É importante
que após o tratamento, o paciente seja acompanhado pelo médico. As avaliações
regulares permitem a identificação precoce de alterações. As recomendações
quanto à freqüência das consultas e exames de seguimento dependem da extensão
da doença, do tratamento realizado e das condições clínicas e físicas do
paciente.
Recidivas
Apesar
do uso agressivo da quimioterapia, a probabilidade de permanecer em remissão
por um período prolongado não é grande. Geralmente, quando a leucemia volta
após o tratamento, ela atinge novamente a medula e o sangue. Às vezes, no
entanto, pode se manifestar primeiro no cérebro ou no líquido
cefalorraquidiano, que banha cérebro e medula. Nestes casos, a opção é a
quimioterapia intratecal, aplicada diretamente no líquor.
Se
não houver remissão no primeiro tratamento é provável que uma nova
quimioterapia não vá funcionar, mesmo usando drogas diferentes. Se houve uma
remissão, mas a leucemia voltou, uma nova remissão é possível. Nesses casos
específicos, a maioria dos médicos vai considerar a possibilidade de um
transplante de medula. Se a leucemia voltar novamente ou não houver nova
remissão, a quimioterapia deixa de ser uma alternativa. Cerca de 70% dos
pacientes com LMA, experimentam uma recidiva.
Câncer de origem ocupacional
Um
grande número de substâncias químicas usadas na indústria constitue
um fator de risco de câncer em trabalhadores de várias ocupações. Quando o
trabalhador também é fumante, o risco torna-se ainda maior, pois o fumo
interage com a capacidade cancerígena de muitas dessas substâncias químicas. O
câncer provocado por exposições ocupacionais geralmente atinge regiões do corpo
que estão em contato direto com as substâncias cancerígenas, seja durante a
fase de absorção (pele, aparelho respiratório) ou de excreção (aparelho
urinário), o que explica a maior freqüência de câncer de pulmão, de pele e de
bexiga nesse tipo de exposição. A prevenção do câncer de origem
ocupacional deve abranger:
·
A
remoção da substância cancerígena do local de trabalho.
·
Controle
da liberação de substâncias cancerígenas resultantes de processos industriais
para a atmosfera.
·
Controle
da exposição de cada trabalhador e o uso rigoroso dos equipamentos de proteção
individual (máscaras e roupas especiais).
·
A
boa ventilação do local de trabalho, para se evitar o
excesso de produtos químicos no ambiente.
·
O
trabalho educativo, visando aumentar o conhecimento dos trabalhadores a
respeito das substâncias com as quais trabalham, além dos riscos e cuidados que
devem ser tomados ao se exporem a essas substâncias.
·
A
eficiência dos serviços de medicina do trabalho, com a realização de exames
periódicos em todos os trabalhadores.
·
A
proibição do fumo nos ambientes de trabalho, porque a poluição tabagística
ambiental potencializa as ações da maioria dessas substâncias.
SUBSTÂNCIAS TÓXICAS |
LOCAIS PRIMÁRIOS DOS TUMORES |
Nitrito
de acrílico |
Pulmão,
cólon e próstata |
Alumínio
e seus compostos |
Pulmão |
Arsênico |
Pulmão, pele e fígado |
Asbesto |
Pulmão, serosas, trato
gastrointestinal e rim |
Aminas aromáticas |
Bexiga |
Benzeno |
Medula óssea (leucemia
mielóide) |
Benzidina |
Bexiga |
Berílio e seus compostos |
Pulmão |
Álcool isopropílico |
Seios para-nasais |
Borracha |
Medula óssea e bexiga |
Compostos de níquel |
Pulmão e seios para-nasais |
Pó de madeiras |
Seios para-nasais |
Radônio |
Pulmão |
Tinturas de cabelo |
Bexiga |
Material de pintura |
Pulmão |
Referências
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Sites pesquisados:
<www.cbc.org.br>
<www.msd-brazil.com>
Dúvidas
de termos técnicos e expressões consulte o glossário geral.