VITAMINAS
Introdução
Nutrientes orgânicos, requeridos em pequenas quantidades para manter o crescimento e o metabolismo normais, são chamados vitaminas. Diferentes dos carboidratos, lipídios ou proteínas, as vitaminas não fornecem energia, ou servem como materiais estruturais para o corpo. Das vitaminas cujas funções são conhecidas, a maioria serve como coenzimas. A maioria das vitaminas não podem ser sintetizadas pelo corpo; precisam ser ingeridas.As vitaminas são fundamentais para a manutenção dos processos biológicos vitais, intervindo em funções básicas como o metabolismo, o equilíbrio mineral do organismo e a conservação de certas estruturas e tecidos. Nenhum alimento único contém todas as vitaminas requeridas, por isso a necessidade de uma dieta variada e balanceada. As vitaminas são necessárias para uma vida saudável. Uma dieta deficiente em vitaminas causa sérios problemas de saúde. Os cientistas descobriram que muitas vitaminas atuam como co-fatores em reações enzimáticas: na ausência de uma determinada vitamina, não se forma a holoenzima correspondente, o que altera o metabolismo das células.
A carência de vitaminas na dieta produz doenças graves como raquitismo, cegueira noturna, alterações no processo de coagulação do sangue e até a esterilidade. É muito comum que a deficiência de uma vitamina seja acompanhada pela carência de outras. A razão disso é que na maioria dos casos, a carência vitamínica é determinada por insuficiência nutritiva da dieta, condição que afeta o suprimento global das vitaminas. A carência vitamínica é muitas vezes determinada por disfunções digestivas, que afetam englobadamente a absorção demais de uma vitamina ao mesmo tempo. No entanto, ingeri-las em excesso pode causar perturbações orgânicas. As deficiências vitamínicas prolongadas exigem tratamento correspondentemente longo, às vezes dificultado pelas complicações resultantes. Problema mais sério são as hipovitaminoses leves ( níveis deficientes de vitaminas no organismo) difíceis de reconhecer, e que determinam efeitos insidiosos, de lenta espoliação das energias vitais.
Por outro lado, as hipervitaminoses (níveis exageradamente altos de vitaminas no organismo) podem assumir formas graves, embora raras. Excesso de vitamina D, por exemplo, pode determinar calcificações graves, mesmo mortais, em certos órgãos.
As necessidades vitamínicas de um indivíduo variam de acordo com a idade, clima, atividade que desenvolve e o estresse a que é submetido. Também varia a quantidade de vitaminas presente nos alimentos, o que dependerá da estação do ano, tipo de solo ou até da forma de cozimento do alimento. A maior parte das vitaminas se altera quando submetida ao calor, luz, água ou associada a certas substâncias conservantes.
Classificação
As vitaminas são classificadas em dois grupos, de acordo com sua solubilidade na água ou na gordura:
Hidrossolúveis: São as solúveis em água.
Vitamina B1
Vitamina B2
Vitamina B6
Vitamina B12
Vitamina C
Biotina
Niacina
Ácido pantotênico
Ácido fólico
Lipossolúveis. São as solúveis em gordura. As vitaminas lipossolúveis são mais estáveis do que as hidrossolúveis. O organismo está capacitado para armazená-las. A toxidez pode ocorrer como resultado de suplementação excessiva ao ultrapassar as quantidades diárias recomendadas. As deficiência de vitaminas lipossolúveis ocorrem quando a ingestão de gorduras é drasticamente limitada ou quando a sua absorção é reduzida ou alterada. Nestas casos, o uso de formas solúveis na água, de vitaminas lipossolúveis, é importante.
Vitamina A
Vitamina D
Vitamina E
Vitamina K
Tipos de vitaminas
Vitamina A: É uma vitamina lipossolúvel que desempenha importantes funções de proteção dos epitélios (tecidos de revestimento de vários órgãos). Além da função protetora dos epitélios, a vitamina A interfere no processo de crescimento, dentição e ossificação. É necessária na função testicular e ovariana e no desenvolvimento embrionário.
Fonte: Encontrada na gema do ovo, leite, manteiga e carnes de fígado e de peixes. Não está presente nas plantas, mas muitas verduras e frutas contêm alguns tipos de pigmentos (como o betacaroteno), que o organismo pode converter em vitamina A. A cenoura, por exemplo, é excelente fonte de betacaroteno. Além da cenoura, as ervilhas, a batata-doce, milho e o espinafre são alimentos que contêm pigmentos de betacaroteno.
Carência: A vitamina A é fundamental para a visão e sua carência produz, entre outras doenças, o ressecamento da córnea e da conjuntiva do olho, cegueira noturna (emeralopia), além de sérios problemas gastrintestinais.
Excesso: Pode causar náuseas, fadiga, fraqueza, dor de cabeça, enxaqueca, visão turva e pele ressecada, dores nas articulações e nos ossos, perda de apetite e problemas intestinais, queda excessiva de cabelo e vermelhidão na pele.
Interação medicamentosa: Colestiramina, óleo mineral, neomicina oral, colestipol ou sulcrafato podem reduzir a absorção intestinal da vitamina A. Etretinato: não deve ser usado concomitantemente com vitamina A, devido ao risco de hipervitaminose A.
Vitamina B1 - Tiamina ou aneurina: É uma vitamina hidrossolúvel, chamada também de vitamina antineurítica, pois a tiamina é indispensável para o bom funcionamento do sistema nervoso. É importante no metabolismo de alguns ácidos orgânicos. Estimula o apetite mantém o tônus muscular. É destruída rapidamente pelo calor. Não é armazenada no corpo. O excesso da ingestão é eliminado na urina.
Fonte: Encontrada na casca do arroz, nas frutas, em verduras, nos cereais como feijão, lentilha, ervilhas, no leite, na carne de porco, galinha, peixe e nos ovos.
Carência: A sua deficiência pode levar ao Beribéri. Provoca também a diminuição do apetite, seguida de distúrbios gastrintestinais e de debilidade geral. Nos casos mais graves ocorre a dilatação do coração, com aparecimento de palpitações, inchações e falta de ar. Essa ocorrência leva a uma progressiva insuficiência cardíaca. Todas essas manifestações resultam sobretudo do metabolismo dos hidratos de carbono ser alterado pela falta de vitamina B1. A deficiência dessa vitamina pode causar nervosismo, fadiga, depressão, irritabilidade e distúrbios de comportamento e memória.
Vitamina B2- Riboflavina: É uma vitamina hidrossolúvel, importante para a respiração celular e obtenção de energia por parte da célula. Essa vitamina é um dos principais componentes do "fermento amarelo" de Warburg, uma enzima rara, cuja falta na alimentação provoca lesões nos olhos, na boca e na pele. Atua na coordenação motora. Mantém a tonalidade saudável da pele.
Fonte: É abundante na levedura, legumes, fígado, fermento de padaria, carne de cordeiro, carne de vitela, produtos integrais, ervilhas, beterrabas, amendoins, ovos e leite.
Carência: Causa distúrbios visuais, fissuras nos lábios, inflamação da língua e dermatite seborréica. Pode causar também lesões da túnica mucosa do intestino e desenvolvimento de um tipo de anemia.
Interação medicamentosa: Álcool impede a absorção gastrintestinal da vitamina B2.
Vitamina B5 - Pantotenato de Cálcio: Hidrossolúvel. Precursor da co-ezima A, importante no metabolismo de carboidratos, proteínas e lipídios. Participa de várias funções metabólicas, incluindo a síntese de esteróides, profirinas, acetilcolina e outras substâncias. Também é necessário para o funcionamento normal do epitélio.
Vitamina B6 - Piridoxina: É uma vitamina hidrossolúvel, intervém no metabolismo dos aminoácidos (estrutura básica das proteínas). A vitamina B6 participa do metabolismo protéico com a co-enzima e em numerosos outros processos enzimáticos do organismo, como o dos ácidos graxos. No metabolismo de carboidratos, é responsável pela quebra do glicogênio a glicose 1-fosfato. Participa também da síntese do GABA no SNC, síntese do heme da hemoglobina e conversão do oxalato a glicina. Mantém a pele saudável.
Fonte: Encontrada em abundância nos cereais integrais, legumes, batatas, carnes magras, peixes, levedo de cerveja e leite.
Carência: Sua deficiência provoca insônia, irritabilidade, fraqueza, dor abdominal, lesões cutâneas e nervosas, vômitos, distúrbios intestinais, dificuldade de andar e convulsões. Alguns tipos de convulsões sofridas por recém-nascidos devem-se à carência dessa vitamina.
Interação medicamentosa: Levodopa: pacientes parkinsonianos em tratamento com levodopa pura devem evitar o uso de vitamina B6, pois a mesma interfere no tratamento. A associação de levodopa com benserazida ou carbidopa não sofre interferência da vitamina B6.
Vitamina B12 -Cianocobalamina: Hidrossolúvel. É a única vitamina B que não é encontrada nos vegetais; única vitamina que contém cobalto. Associada à maturação dos glóbulos vermelhos no sangue. É muito eficaz no combate aos processos anêmicos, sendo também importante fator de desenvolvimento orgânico. É empregada como tratamento nos casos de distúrbios nervosos periféricos, neuropatias alcoólicas e diabéticas. A ausência do fator intrínseco na secreção gástrica impede a absorção da vitamina B12, dando em resultado a anemia perniciosa. A vitamina B12 é considerada como fator extrínseco.
Fonte: Em estado natural, encontra-se principalmente no fígado, rim, ovos, leite, queijo e carnes.
Carência: Sua deficiência causa anemia perniciosa, anormalidades neuropsiquiátricas (ataxia, perda de memória, fraqueza, mudanças de humor e personalidade e sensações anormais) e atividade prejudicadas dos osteoblastos.
Vitamina C - Ácido ascórbico: Hidrossolúvel. É também denominada anti-escorbútica, pois sua carência determina o aparecimento de uma moléstia, conhecida como Escorbuto. Suas funções no organismo são múltiplas: participa da síntese do colágeno (proteína importante na formação da pele saudável, tendões, ossos e tecidos de sustentação e na cicatrização de feridas) e na manutenção das paredes dos vasos sanguíneos entre outras funções. A solubilidade em água das vitaminas do complexo B e da vitamina C é uma proteção contra as superdoses dessas vitaminas, porque todo excesso é excretado pela urina. Entretanto, esta propriedade também afeta a capacidade do organismo de armazenar estas vitaminas hidrossolúveis e também resulta em perdas durante as preparações. A necessidade diária dessa vitamina é alta: aproximadamente 70mg por dia.
Fonte: Encontrada em abundância nas frutas cítricas, tomate, pimentão e vegetais verdes.
Carência: Sua deficiência causa má cicatrização das feridas e provoca o Escorbuto, doença caracterizada por lesões nas gengivas, quedas de dentes e hemorragias por todo corpo, que podem levar à morte. Inércia e fadiga em adultos. Insônia e nervosismo em crianças. Dores nas juntas.
Interação medicamentosa: Deferoxamina: o uso concomitante com a vitamina C aumenta a toxicidade tecidual pelo ferro, especialmente no coração, causando descompensação cardíaca.
Vitamina D: Lipossolúvel. A vitamina D também chamada anti-raquítica,inclui-se entre as que previnem o raquitismo. Esta vitamina está relacionada com absorção e utilização do cálcio no desenvolvimento dos ossos e dentes. As vitaminas mais ativas do grupo D são D2 (ergocalciferol) e a D3 (colecalciferol). A vitamina D3 é encontrada em vários alimentos, mas a D2 é sintetizada na pele:os raios ultravioletas do sol ativam o ergosterol (um álcool complexo de origem vegetal), que se transforma em colecalciferol. Excesso de vitamina D resulta em fenômenos tóxicos.
Fonte: Exposição ao sol (a vitamina D é sintetizada na pele). Também é obtida do óleo de fígado de bacalhau. Manteiga, gema de ovo e fígado (contêm pequenas quantidades de vitamina D).
Carência: Sua deficiência causa o raquitismo em crianças e osteomalácia nos adultos.
Excesso: Pode causar dores de cabeça, enjôos, perda de apetite e distúrbios gastrointestinais. Doses extraordinárias dessa vitamina podem favorecer distúrbios no metabolismo de cálcio, com depósitos de cálcio nos vasos sanguíneos, nos rins, nos pulmões e nos tímpanos, com desenvolvimento de cálculos e endurecimento das artérias.
Interação: Gliocósidos digitálicos podem ter seus efeitos potencializados pela vitamina D, resultando em arritmias cardíacas.
Interação medicamentosa: Colestiramina, óleo mineral, neomicina oral, colestipol ou sulcrafato podem reduzir a absorção intestinal da vitamina D. Calcitonina, no tratamento de hipercalcemia, pode ter seu efeito antagonizado pela vitamina D.
Vitamina E: É uma vitamina lipossolúvel, tem ação protetora sobre certas substâncias e sobre a musculatura. Atua no organismo como um inibido dos processos de oxidação em tecidos orgânicos. Protege as gorduras insaturadas da oxidação por radicais livres. Protege as hemácias contra a hemólise e pode agir como co-fator em alguns sistemas enzimáticos. Promove a fertilidade. Previne o aborto. Atua no sistema nervoso involuntário, no sistema muscular e nos músculos involuntários.
Fonte: Encontrada no gérmen de trigo, gema de ovo, banana, frutas cítricas, carnes magras, alfaces, óleo de amendoim, verduras frescas e legumes.
Carência: A hipovitaminose E é muito rara, dada a abundância da vitamina em alimentos vegetais, o que reduz sua incidência. A sua deficiência pode causar aborto.
Excesso: Pode causar cansaço, problemas digestivos, erupções de pele e aumento da pressão arterial, levando à hipertensão.
Interação medicamentosa: Colestiramina, óleo mineral, neomicina oral, colestipol ou sulcrafato podem reduzir a absorção intestinal da vitamina E.
Vitamina PP - Ácido Nicotínico ou Niacina: Vitamina hidrossolúvel. É sintetizada pelo organismo a partir de um aminoácido essencial, o triptofano, encontrado em uma série de alimentos. mantém o tônus nervoso e muscular e o bom funcionamento do aparelho digestivo. No meetabolismo dos lipídios, inibe a produção de colesterol e auxilia na degradação de triglicérideos. Previne a Pelagra.
Fontes: Encontra-se largamente difundida na natureza e suas fontes incluem levedura, carnes, fígado, peixe, cereais integrais, ervilhas, feijões e nozes.
Carência: A deficiência de ácido nicotínico determina uma manifestação, a Pelagra, faz com que a pele apresente um aspecto rugoso, especialmente visível nas partes expostas ao sol ou sujeitas a atrito. Ocorrem também distúrbios do aparelho intestinal, seguidos por lesões do sistema nervoso que levam a graves alterações psíquicas. Inércia, falta de energia e nervosismo extremo.
Vitamina K: Lipossolúvel. A vitamina K também é chamada de anti-hemorrágica, é "trabalhada" pelo fígado que junto com ela sintetiza a protrombina, um dos agentes diretos da coagulação (k,koagulation). Por isso, quando necessário, é administrada preventivamente no pré-operatório. Mas não detém hemorragias em curso e não atua em casos de hemofilia. A vitamina K é sintetizada no intestino por bactérias saprófitas. É necessária na síntese orgânica de quatro fatores de coagulação do sangue. Os requerimentos diários recomendados para a vitamina K não foram estabelecidos.
Fonte: Encontrada em maior quantidade no óleo de soja, o espinafre e a couve.
Carência: Sua deficiência prolonga o tempo de coagulação do sangue e pode causar hemorragias internas.
Excesso: Pode causar determinados tipos de anemia, fraqueza muscular, distúrbios gastrointestinais, ondas de calor e sensação de falta de ar. Dependendo da sensibilidade individual, megadoses de vitamina C podem provocar diarréia, irritação no trato urinário e propiciar a formação de cálculos renais.
Ácido Pantotênico: Constituinte da coenzima A, essencial para a transferência do grupo acetil, do ácido pirúvico, para o ciclo de Krebs, conversão de lipídios e aminoácidos em glicose e síntese de colesterol e hormônios esteróides.
Fonte: É armazenada principalmente no fígado e rins. Parte é produzida por bactérias do trato gastrintestinal. Outras fontes incluem rim, fígado, levedura, vegetais verdes e cereais.
Carência: A deficiência pode causar fadiga (cansaço), espasmos musculares, degeneração neuromuscular, produção insuficiente de hormônios esteróides da glândula supra-renal.
Ácido Fólico: É uma vitamina hidrossolúvel. O ácido fólico ou folacina é essencial para o metabolismo de certos aminoácidos e para a maturação dos glóbulos vermelhos do sangue.
Fonte: Vegetais de folhas verdes, brócolis, aspargo, pães, feijões secos, frutas cítricas, fígado e lêvedo.
Carência: A deficiência de ácido fólico pode influenciar na produção de glóbulos sanguíneos vermelhos anormalmente grandes (anemia macrocítica), Risco elevado de defeitos no tubo neural dos bebês nascidos de mães com deficiência de folato.
Biotina: É uma vitamina hidrossolúvel. A Biotina também ocorre em quase todos os seres vivos. É importante na síntese dos ácidos graxos, na utilização da glicose, no metabolismo protéico e no uso da vitamina B12 e ácido fólico pelo organismo. Uma substância protéica existente na clara de ovo crua, a avidina, se combina com a biotina e impede sua absorção. Trabalha com anticorpos, estimula a cicatrização de feridas e funciona como antioxidante. Seus requerimentos diários não têm sido bem estabelecidos.
Fontes: levedura, fígado, gema de ovo e rins.
Carência: A deficiência de de biotina pode causar depressão mental, dor muscular, dermatite, fadiga e náuseas.
Fontes naturais de vitaminas
Os alimentos são as fontes naturais de vitaminas. Entretanto, elas podem também ser encontradas no comércio, na forma purificada, e são prescritas pelos médicos para eliminar as deficiências vitamínicas, geralmente causadas por uma dieta pobre ou desbalanceada.
Certos cuidados precisam ser tomados para que os alimentos não percam seu valor vitamínico. Algumas vitaminas são facilmente destruídas pelo calor e outras pela exposição ao oxigênio do ar.
Como regra geral, para preservar ao máximo o valor vitamínico de verduras e legumes, estes devem ser consumidos crus ou cozidos por pouco tempo, na menor quantidade de água possível. O líquido resultante do cozimento pode ser utilizado para se fazer sopas ou caldos, de modo que as vitaminas nele presentes não sejam perdidas. Os vegetais para saladas e as frutas só devem ser cortados na hora de serem servidos, para evitar a oxidação destrutiva de suas vitaminas pelo ar.
Vitaminas antioxidantes
Além de suas outras funções, três vitaminas, C, E e betacaroteno (uma provitamina), são denominadas vitaminas antioxidantes, porque desativam os radicais livres de oxigênio, partículas altamente reativas que transportam um elétron ímpar. Os radicais livres danificam as membranas celulares, o DNA e outras estruturas celulares e contribuem para a formação de placas ateroscleróticas, que estreitam as artérias. Alguns radicais livres originam-se, naturalmente, no corpo e outros derivam dos perigos ambientais, tais como a fumaça de cigarro e a radiação. Considera-se que as vitaminas antioxidantes exerçam função de proteção contra alguns tipos de câncer, reduzindo a formação da placa aterosclerótica, retardando alguns efeitos do envelhecimento e diminuindo a chance de formação da catarata, no cristalino dos olhos.
Vitaminas e os suplementos minerais
A maioria dos nutricionistas recomendam ingerir uma dieta balanceada que inclua numerosos alimentos, em vez de tomar vitaminas ou suplementos minerais, exceto em circunstâncias especiais. Exemplos comuns de suplementações permitidas incluem: ferro para as mulheres que têm sangramento menstrual excessivo; ferro e cálcio pra mulheres que estão grávidas ou amamentando; ácido fólico (folato) para todas as mulheres que podem engravidar, para reduzir o risco de defeitos do tubo neural do feto; cálcio para a maioria dos adultos, porque não recebem a quantidade recomendada na dieta, e vitamina B12 para vegetarianos rigorosos, que não comem carne. Mas tanto as vitaminas e o suplementos minerais devem ser bem indicados e balanceados, porque em excesso, podem prejudicar o funcionamento do organismo.
MINERAIS
Introdução
Alguns minerais e muitas vitaminas são componentes do sistema de enzimas que catalisa as reações metabólicas. Os minerais são elementos inorgânicos que ocorrem naturalmente na crosta da Terra. No corpo, aparecem, em combinações recíprocas, em combinação com compostos orgânicos ou como íons em solução. Os minerais constituem aproximadamente 4% do peso total do corpo e estão mais concentrados no esqueleto. Os minerais presentes em grande quantidade no corpo são o cálcio, o fósforo, o potássio, o enxofre, o sódio, o cloro, o magnésio, o ferro e o iodo. Outros minerais com funções reconhecidamente essenciais para a vida são o mangânes, o cobre, o cobalto, o zinco, o flúor, o selênio e o cromo. Os minerais alumínio, silício, arsênico e níquel estão presentes no corpo, mas suas funções, se existem, ainda não são conhecidas.
Cálcio e fósforo formam parte da matriz do osso. Como os minerais, não formam compostos de cadeia longa, são, por outro lado, materiais estruturais deficientes. A função essencial dos minerais é a de ajuda a regular as reações enzimáticas. Cálcio, ferro, magnésio e manganês são constituintes de algumas coenzimas. Magnésio também serve como catalisador para a conversão de ADP em ATP. Minerais tais como sódio e fósforo trabalham nos sistemas tampões. O sódio ajuda a regular a osmose da água e, junto com outros íons, participa da geração dos impulsos nervosos. O corpo geralmente usa os íons minerais, em vez da forma não-ionizada. Alguns minerais, tais como o cloro, são tóxicos, ou mesmo fatais, se ingeridos na forma não-ionizada.
Minerais vitais para o corpo
Cálcio: Mineral mais abundante no corpo. Aparece em combinação com fosfatos. Cerca de 99% estão armazenados nos ossos e dentes. O nível de Ca2+, no sangue, é controlado pela calcitonina (CT) e pelo hormônio paratiróideo (PTH). A absorção ocorre, apenas, em presença da vitamina D. O excesso é excretado nas fezes e urina.
Fonte: Leite, gema de ovo, mariscos, vegetais de folha verde.
Cloro: Ânion (Cl-) principal do líquido extracelular. O excesso é excretado na urina.
Fonte: A ingestão normal de NaCl fornece as quantidades necessárias.
Cobre: Parte armazenada no fígado e baço. A maior parte excretada nas fezes.
Fonte: Incluem os ovos, farinha de trigo integral, feijões, beterrabas, fígado, peixe, espinafre e aspargo.
Cromo: Fonte: Encontrado em altas concentrações na levedura de cerveja. Também encontrado no vinho e em algumas marcas de cerveja.
Cobalto: Constituinte da vitamina B12.
Enxofre: Constituinte de muitas proteínas (tais como a insulina), transportadores de elétrons, na fosforilação oxidativa, e algumas vitaminas (tiamina e biotina). Excretado na urina.
Fonte: Incluem carne bovina, fígado, carne de cordeiro, peixes, aves, ovos, queijos e feijões.
Ferro: Cerca de 66% encontrados na hemoglobina do sangue. Perdas normais de ferro ocorrem por descamação de pêlos, células epiteliais, células mucosas e no suor, urina, fezes, bile e perda de sangue, durante a menstruação.
Fonte: Encontrado na carne vermelha, fígado, mariscos, gema de ovo, feijões, legumes, frutas secas, nozes e cereais.
Flúor: Componentes dos ossos, dentes e outros tecidos.
Fósforo: Cerca de 80% encontrados nos ossos e dentes como sais de de fosfato. O nível de fosfato, no sangue, é controlado pela calcitonina (CT) e pelo hormônio paratiróideo (PTH). O excesso é excretado pela urina; pequena quantidade é eliminada nas fezes.
Fonte: Laticínios, peixe, aves e nozes.
Iodo: Componente essencial dos hormônios tiróideos. Excretado na urina.Fontes:
Fonte: Os frutos do mar, sal iodado e vegetais produzidos em solos ricos em iodo.
Magnésio: Cátion (Mg2+) do líquido intracelular. Excretado na urina e fezes.
Fonte: Abundante em diversos alimentos, tais como vegetais de folhas verdes, frutos do mar e cereais integrais.
Manganês: Parte armazenada no fígado e baço. A maior parte é excretada nas fezes.
Potássio: Cátion principal (K+), presente no líquido intracelular. O excesso é excretado na urina.
Fonte: A ingestão normal de alimentos fornece as quantidades necessárias.
Selênio: Encontrado em frutos do mar, carne, carne de frango, cereais, gema de ovo, leite, cogumelos e alho.
Sódio: Cátion (Na+) mais abundante nos líquidos extracelulares; algum é encontrado nos ossos. Excretado na urina e na perspiração.
Fonte: A ingestão normal de NaCl (sal de cozinha) fornece quantidades mais que necessárias.
Zinco: Componente importante de certas enzimas.
Fonte: Abundante em muitos alimentos, especialmente carnes.
Dúvidas de termos técnicos e expressões, consulte o glossário geral.