CIGARRO / TABACO


Introdução

O cigarro foi considerado por muito tempo como símbolo de status. Hoje em dia, porém, sabe-se que o cigarro é um dos piores inimigos da saúde. A principal forma de consumo de tabaco é através do cigarro, que contém além da nicotina, um grande número de substâncias tóxicas para o organismo, entre elas o alcatrão e o monóxido de carbono. Por diminuir as defesas orgânicas, o tabagismo também aumenta o risco de contrair doenças infecciosas, como a Tuberculose e a gripe. O cigarro é responsável por quase 80% dos casos de câncer de pulmão.

 

Cigarro e o Governo

Uma das medidas que mais contribuíram para  a diminuição do consumo de cigarros pela população em geral foi o aumento da alíquota do IPI - Imposto sobre Produtos Industrializados, cobrado da indústria do cigarro. Tornando o preço do cigarro mais caro e menos acessível à população.

Para consulta o texto da "Legislação Federal Sobre Tabaco no Brasil", acesse o seguinte endereço:

www.inca.gov.br/tabagismo/economia/leisfederais.pdf

     

Cigarro e o fumante passivo

Define-se tabagismo passivo como a inalação da fumaça de derivados do tabaco (cigarro, charuto, cigarrilhas, cachimbo e outros produtores de fumaça) por indivíduos não-fumantes, que convivem com fumantes em ambientes fechados. Os poluentes do cigarro dispersam-se pelo ambiente, fazendo com que os não-fumadores próximos ou distantes dos fumantes, inalem também as substâncias tóxicas. Os fumantes passivos que trabalham ou moram em locais fechados, onde há inalação da fumaça de derivados do tabaco, têm uma maior predisposição para ter doenças cardiovasculares, acidente vascular cerebral e doenças respiratórias.  Os lugares fechados são um risco para o fumante passivo, podendo ser considerado um risco ocupacional. Atualmente, existem leis que proíbem fumar em ambientes fechados.

Cigarro e o envelhecimento da pele

Uma das substâncias tóxicas do cigarro que mais causam problemas na pele é a nicotina. Além de causar dependência, ela apresenta efeito vasoconstritor na microcirculação sanguínea, ou seja, reduz o diâmetro dos pequenos vasos sob  a pele. A nicotina acelera o surgimento de rugas, reduz o viço e o brilho da pele. A nicotina também é responsável  por produzir uma enzima, que destrói as fibras que formam o colágeno.

Cigarro e o coração

Dados estatísticos indicam que, quem fuma cinco ou mais cigarros por dia, tem cinco vezes mais chance de infartar do que um não-fumante da mesma idade e do mesmo sexo. O cigarro faz mal ao coração, porque quando o fumante traga, todas as artérias e veias se contraem, reação chamada de vasoconstrição, que dificulta a circulação do  sangue. Soma-se a isso, um segundo fator: a ação da nicotina nas paredes internas dos vasos sanguíneos. A nicotina favorece a formação das  placas que acabam entupindo as artérias, num processo semelhante à ação do colesterol.

 

Cigarro e o pulmão

Tão logo a pessoa começa a fumar, tem início uma reação inflamatória provocada, em primeiro lugar, pela temperatura elevada da fumaça que queima não só os pulmões, mas toda a via aérea.  

 Nos brônquios, a fumaça também provoca uma reação inflamatória que ocasiona sua destruição progressiva.  Além de danificar os pulmões, o cigarro danifica a via respiratória inteira porque seu revestimento interno não suporta a toxicidade nem a alta temperatura da fumaça e começa a sofrer um processo de substituição de células. Também a produção de muco aumenta muito, porque o muco funciona como uma capa protetora do tecido epitelial, que reveste as vias aéreas, e pode ajudar a expelir os elementos irritantes que foram inalados.

Cigarro e a DPOC

Adultos fumantes ou ex-fumantes com dificuldade de respirar ou com tosse crônica podem ser portadores de doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC). A DPOC é uma doença pulmonar, geralmente progressiva, que se caracteriza pela obstrução crônica do fluxo de ar nos pulmões. Pacientes nesta situação têm sintomas como tosse, produção de catarro e falta de ar, mesmo quando fazem esforços pequenos, que surge, geralmente, após os 40 anos   em pacientes que fumaram por um longo período.

Cigarro e o câncer

 De cada três casos de câncer, um está relacionado ao tabagismo. Dados do Instituto Nacional de Câncer - Inca indicam que o câncer de pulmão é o mais comum de todos os tumores malignos. Segundo o Inca, em 90% dos casos diagnosticados, esse tipo de câncer está associado ao consumo de derivados de tabaco.

 

Cigarro e os dentes

Pesquisas e estudos científicos confirmam que, o cigarro destrói as fibras que sustentam a pele do rosto, provoca  sulcos na região da boca e em volta dos olhos e amarela os dentes. A amarelidão que o fumo confere a unhas e dentes, é o indício mais evidente, na hora de reconhecer um fumante. A cor amarelada surge em decorrência do alcatrão, uma das cerca de mais de 2.000 substâncias tóxicas que o cigarro contém. A nicotina também afeta os tecidos que protegem e sustentam os dentes. Reduz  também as defesas orgânicas da gengiva, o que favorece as infecções na região bucal.

Cigarro e os adolescentes

Fenômeno mundial, o aumento gradativo do número de fumantes entre crianças e adolescentes, preocupa a Organização Mundial de Saúde (OMS). Os adolescentes, apesar das propagandas anti-tabagistas, cada vez mais estão se envolvendo com cigarro e fumando muito mais cedo. Muitas crianças e adolescentes alegam que fumam, para participar e pertencer a um grupo. A influência dos amigos não é a única explicação

 

Cigarro, o álcool e a adolescência

Pesquisas indicam que o  consumo precoce de bebidas alcoólicas estimula o hábito de fumar, entre os adolescentes e jovens. A grande maioria dos adolescentes entre 13 e 16 anos que consomem álcool, também fumam cigarro. Muitos adolescentes usam o cigarro durante o tempo em que estão na escola, enquanto o álcool junto com o cigarro são consumidos juntos, geralmente, nos finais de semana, nas festas, encontros e reuniões. Muitas escolas tentam conscientizar os jovens dos problemas que o fumo e o álcool podem causar tanto fisicamente como socialmente. Mas a facilidade com que o adolescente e os jovens tem acesso ao cigarro e a bebida alcoólica é considerado uma grande barreira para essa conscientização contra o fumo e o álcool, por parte dos educadores

Cigarro e a gravidez

O consumo de tabaco durante a gestação é hoje um problema de saúde pública, e uma das principais causas de complicações na gravidez, passíveis de prevenção. Na gravidez, o consumo do tabaco pode trazer sérias consequências ao feto, já que ele absorve, antes mesmo de nascer, as substâncias tóxicas do cigarro através da placenta. Por causa disso, o feto pode nascer abaixo do peso e da estatura normais, além de haver o risco de alterações neurológicas consideráveis no futuro recém-nascido. Aborto espontâneo e complicações são riscos maiores entre gestantes que fumam. As substâncias tóxicas do cigarro aparecem também no leite materno de mães fumantes.O consumo de cigarro na gestação tem sido associado a atrasos no desenvolvimento mental e à ocorrência de transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH). Também há relação com a redução da circunferência craniana e do crescimento.

 

No período da gestação podem ocorrer os seguintes problemas, em relação à gravidez:

·         Parto prematuro.

·         Restrição ao crescimento intrauterino.

·         Ruptura prematura das membranas.

·         Descolamento da placenta.

·         Abortamento espontâneo.

·         Placenta prévia.

 

O uso do cigarro pela gestante pode acarretar os seguintes problemas, em relação ao bebê:

·         Baixo peso ao nascer.

·         Redução da circunferência craniana.

·         Síndrome da morte súbita.

·         Asma.

·         Infecções respiratórias.

·         Redução do QI (quociente de inteligência).

·         Distúrbios do comportamento.

 

Cigarro e a infertilidade nas mulheres

O consumo diário de um maço de cigarros associado ao início do consumo antes dos 18 anos aumenta o risco de infertilidade. Essa última decorre de alterações hormonais (redução da concentração de estradiol), na maturação do óvulo ou na implantação do óvulo fecundado. Tais alterações, no entanto, parecem ser reversíveis. Alguns estudos demonstram que mulheres tabagistas atingem a menopausa de 1 a 1,5 ano mais cedo. A redução do estradiol é a provável causa de tal fenômeno.

Motivos que levam ao uso do cigarro

·         Puro prazer.

·         Ansiedade.

·         Nervosismo.

·         Desemprego.

·         Influência de um dos pais fumantes.

·         Para acompanhar outros que fumam.

·         Para acompanhar bebidas alcoólicas.

·         Por etiqueta: muitos fumantes afirmam que fumam ocasionalmente, simplesmente,  porque necessitam ter algo nas mãos durante um evento social .

·         Desafio.

·         Emancipação.

·         Independência.

·         Autoconfiança.

·         Por beleza: muitos acham bonito, o ato de fumar.

·         Estresse.

·         Liberdade.

·         Relaxamento.

·         Influência da mídia e das propagandas a favor do cigarro.

·         Participar de determinados grupos ou "tribos".

Como age o cigarro no cérebro

A nicotina é um alcalóide. Fumada, é absorvida rapidamente nos pulmões, vai para o coração e, através do sangue arterial, se espalha pelo corpo todo e atinge o cérebro. Quando a nicotina chega ao cérebro, provoca a liberação de grande quantidade de hormônios. Muitos desses hormônios são psicoativos.  A nicotina libera os neurotransmissores cerebrais e provoca sensação de euforia, autoconfiança e bem-estar.  Quando tragada por mais tempo, o efeito ainda é mais rápido. Dependendo da qualidade do tabaco e da maneira de tragar, inala-se aproximadamente mais de 2.500 dessas substâncias tóxicas. Os cigarros com baixo teor de nicotina e alcatrão também são nocivos à saúde do fumante.

Tempo necessário para os efeitos da nicotina alcançar o cérebro

A nicotina encontrada no cigarro, quando tragada, chega ao cérebro em 7 segundos, liberando a dopamina, substância que produz o efeito de compensação e de dependência.

 

Efeitos da nicotina no organismo

Depois de anos de vício, o fumante aparenta ter cinco anos a mais do que sua verdadeira idade. Isso ocorre, porque o tabagismo provoca o envelhecimento precoce da pele e dos órgãos.

·         Cérebro: Atingido em 7 segundos, libera a dopamina, substância que produz o efeito de compensação.

·         Pulmões: Metabolizam uma parte da nicotina e permitem sua passagem no sangue. Influencia no aumento do ritmo da respiração. A combustão gera partículas de oxigênio, os radicais livres, que oxidam as estruturas celulares, destruindo parte da arquitetura dos pulmões.

·         Fígado: Transformação de uma parte da nicotina em cotinina.

·         Sangue: Ligeiro aumento da produção de glicose.

·         Coração: Aumento do ritmo cardíaco.

·         Glândulas suprarenais: Liberação de adrenalina (hormônio estimulante).

·         Rins: Eliminação de uma pequena parte da nicotina pela urina.

·         Pâncreas: Parada na secreção de insulina (a nicotina continua presente no corpo de um fumante regular por 3 a 4 dias).

·         Pênis: o tabaco é responsável pelo comprometimento da potência sexual, por causa da vasoconstrição das artérias penianas.

Substâncias encontradas no cigarro

De acordo com o Inca, os fumantes inalam mais de 4.000 substâncias tóxicas, das quais 60 são cancerígenas. Substâncias mais comuns que são encontradas em um cigarro:

·         Nicotina: causa o vício; diminui a chegada do sangue nos tecidos e no sistema nervoso central.

·         Monóxido de carbono: é o mesmo gás que sai dos escapamentos de automóveis, e como tem mais afinidade com a hemoglobina do sangue do que o próprio oxigênio, toma o lugar do oxigênio, deixando o corpo do fumante, ativo ou passivo, intoxicado.

·         Alcatrão: é altamente cancerígeno, dando início à formação de tumores.

·         Chumbo e o cádmio: esses metais pesados se concentram no fígado, rins e pulmões, tendo a  meia-vida de 10 a 30 anos, o que leva a perda de capacidade ventilatória dos pulmões, além de causar dispnéia, fibrose pulmonar, hipertensão, câncer nos pulmões, próstata, rins e estômago.

·         Benzopireno: substância que facilita a combustão existente no papel que envolve o cigarro.

·         Níquel e arsênio: armazenam-se no fígado,  rins, coração, pulmões, ossos e dentes. Resultando em gangrena dos pés e pode causar danos graves ao miocárdio.

·         Formol: componente de fluído conservante.

·         Monóxido de carbono: é o mesmo gás que sai dos escapamentos de automóveis, e como tem mais afinidade com a hemoglobina do sangue do que o próprio oxigênio, toma o lugar do oxigênio, deixando o corpo do fumante, ativo ou passivo, intoxicado.

·         Alcatrão: é altamente cancerígeno, dando início à formação de tumores.

·         Amônia.

·         Acetona.

·         Benzeno.

·         Nitrosaminas.

·         Carbono 14

·         Polônio 210.

·         Arsênico.

Obs: Todas as substâncias presentes no cigarro causam “prejuízos” em vários órgãos do corpo humano.

Doenças e distúrbios relacionadas ao cigarro

Apesar de serem largamente conhecidas as doenças e os danos causados pelo cigarro à saúde, cerca de 200 mil pessoas, ainda morrem anualmente no Brasil, em decorrências de doenças relacionadas ao tabagismo.

·         Acidente Vascular Cerebral - AVC.

·         Alergias.

·         Alterações hemodinâmicas da corrente sanguínea.

·         Aneurisma da aorta.

·         Aneurisma abdominal.

·         Asma: o cigarro tanto pode causar asma, como a fumaça pode piorar o quadro de asma em crianças..

·         Bronquite crônica.

·         Câncer da boca. (fator de risco).

·         Câncer de colo de útero (fator de risco)

·         Câncer de laringe (aumento do fator de risco).

·         Câncer de pulmão (considerado maior fator de risco).

·         Câncer de rim (fator de risco).

·         Complicações na gravidez de mulheres fumantes.

·         Degeneração macular relacionada à idade.

·         Diminuição da resistência física.

·         Doenças gengivais: a nicotina reduz as defesas orgânicas da gengiva, o que favorece as infecções gengivais.

·         Doença Pulmonar Obstrutiva  Crônica (DPOC).

·         Enxaqueca.

·         Enfisema pulmonar.

·         Envelhecimento facial ou do rosto: o organismo dos fumantes produz menos colágeno, o que resulta na flacidez facial e rugas precoces.

·         Envelhecimento da pele.

·         Fadiga ou cansaço.

·         Fibrose pulmonar.

·         Aumenta os sintomas da gripe.

·         Halitose (mau hálito).

·         Hipertensão arterial: o cigarro eleva a pressão arterial.

·         Impotência sexual.

·         Infarto agudo do miocárdio.

·         Infertilidade na mulher.

·         Infecções rspiratórias.

·         Lesões da cavidade oral.

·         Menopausa precoce: o tabagismo  facilita a instalação da menopausa em pelo menos dois anos antes.

·         Redução do volume pulmonar.

·         Tosse crônica.

·         Tromboangeíte obliterante: doença que obstrui as artérias das extremidades e provoca necrose dos tecidos.

·         Tuberculose.

·         Úlceras do aparelho digestivo.

 

Obs: Os riscos do cigarro se elevam também nas pessoas que declararam que fumam, mas "não tragam a fumaça". Muitos fumantes acham que se não tragarem a fumaça do cigarro, não vão se expor aos riscos ou desenvolver as doenças relacionadas ao uso do cigarro.

Dependência da nicotina

A nicotina causa dependência química. O usuário sente prazer  e bem-estar ao consumir um cigarro, principalmente quando dá uma tragada mais demorada e profunda.  A nicotina assim como outras drogas, faz uma alteração do sistema de recompensa cerebral, levando o consumidor à compulsão para seu uso.  Além disso, o metabolismo da nicotina torna-se mais rápido com o passar do tempo. A tendência é o vício se agravar. A tolerância é um resultado não desvinculável da dependência. Quando o usuário começa a precisar aumentar a dose, começa a ficar dependente.

 

Síndrome de abstinência por nicotina

Essa síndrome de abstinência devido à falta da nicotina no organismo, é desencadeada quando o fumante resolve parar de fumar definitivamente. O fumante que para de consumir o tabaco ou o cigarro bruscamente, sofre sintomas intensos de abstinência, isto é, a reação do corpo à falta da nicotina. Essa crise pode durar dias ou meses. Os sintomas podem variar de pessoa para pessoa, mas geralmente, os que sofrem dessa síndrome de abstinência se queixam de alguns desses sintomas:

·         Irritabilidade.

·         Agitação.

·         Tontura.

·         Insônia.

·         Sonolência.

·         Dor de cabeça forte e pulsante.

·         Prisão de ventre.

·         Sudorese (suor excessivo).

·         Dificuldade de concentração.

·         Depressão.

·         Desejo incontrolável de consumir o cigarro.

 

Crise de abstinência: 

A crise de abstinência ocorre quando o fumante por algum motivo é impedido de fumar naquele determinado horário, que ele acha que deveria está fumando. A nicotina do cigarro provoca crise de abstinência diária, insuportável. Sem fumar, o dependente entra num quadro de ansiedade crescente, que só passa com uma tragada. Enquanto as demais drogas dão trégua de dias, ou pelo menos de muitas horas, ao usuário, as crises de abstinência da nicotina se sucedem em intervalos de minutos. A suspensão da nicotina mesmo por algumas horas, faz o organismo reagir com irritabilidade, inquietação, ansiedade, sonolência ou insônia. Para evitar a crise,, o fumante precisa ter o maço ao alcance da mão; sem ele, parece que está faltando uma parte do corpo.

 

Tratamento do tabagismo

Fumar vicia orgânica e psicologicamente. Para quebrar o hábito de fumar, pode ser necessário fazer alguma forma de tratamento, que elimine a dependência física e psicológica da nicotina.

 

O Sistema Único de Saúde (SUS) fornece assistência médica,  para as pessoas que desejarem parar de fumar. O tratamento psicológico consiste na orientação psicoterápica individual e de grupo, além de medicação para a crise de abstinência que o ex-fumante enfrenta, quando para de fumar.  A depender do grau de dependência é avaliado o método terapêutico mais adequado.

 

Geralmente, as fases que o paciente passa para dá início ao tratamento, são as seguintes:

 

·         Entrevista rigorosa, principalmente para detectar o grau de dependência do fumante.

·         Consulta clínica: serve para detectar os problemas secundários, relacionados com o cigarro (hipertensão, alterações coronarianas, comprometimento respiratório).

·         Exame físico completo.

·         Exames complementares e laboratoriais.

·         Avaliação psiquiátrica: alguns distúrbios psiquiátricos estão associados ao tabagismo.

·         Avaliação psicológica.

 

Obs:  Alguns hospitais que têm programa anti-tabagismo, fazem o fumante passar por todas essas fases, para só depois incluí-lo no programa. Enquanto outras clínicas e serviços especiais de ajuda à pessoa que quer parar de fumar, têm outros critérios de avaliação e tratamento.

 

Tratamento medicamentoso:

O uso de medicamentos no tratamento do tabagismo alivia o desconforto dos sintomas de abstinência que os fumantes nicotino-dependentes apresentam ao pararem de fumar e pode otimizar os índices de sucesso, que pode variar de 30% a 50% ao final de um ano de tratamento.

 O sucesso do tratamento medicamentoso depende da interação entre  médico e paciente, e da adequada prescrição dos medicamentos, que deverá levar em conta o seu perfil individual. O paciente receberá alta do tratamento somente após completar 52 semanas de seguimento sem fumar.

 

Tratamento psicológico: É necessário para ajudar o ex-fumante a atravessar o período de abstinência, que em alguns casos pode ser quase intolerável para algumas pessoas. 

 

Tratamento psicoterápico:  Existem técnicas comportamentais e de aumento da motivação, associadas a técnicas psico informativas, que ajudam o ex-fumante

 

Prejuízos para quem não quer parar de fumar

·         Amarelidão nos dentes.

·         Cansaço constante.

·         Cheiro da fumaça do cigarro é uma constante na pessoa que fuma.

·         Comprometimento do paladar e olfato: quem fuma não consegue apreciar o sabor dos alimentos, nem sente cheiros, porque a boca e nariz estão impregnados de fumaça.

·         Comprometimento da potência sexual: o cigarro é um vasoconstritor potente. Quando se fuma todas as artérias do corpo se contraem, e entre elas as artérias que vão para o pênis. Com o tempo essa vasocontrição forçada das artérias penianas, podem desencadear alguns distúrbios na área da potência sexual.

·         Comprometimento pulmonar, que pode evoluir depois de décadas fumando,   para um enfisema pulmonar.

·         Devido aos problemas respiratórios, o coração também acaba tendo alterações coronarianas.

·         Dificuldades para fazer exercícios físicos, devido à fadiga.

·         Dor de cabeça, que é aliviada quando se fuma.

·         Envelhecimento facial.

·         Envelhecimento precoce da pele.

·         Envelhecimento dos pulmões;  conseqüentemente,  a função pulmonar diminui.

·         Falta de ar.

·         Fator de risco para Acidente Vascular Cerebral (AVC).

·         Fator de risco alto para o desenvolvimento de câncer de pulmão e laringe.

·         Fator de risco alto para doenças coronarianas.

·         Mau hálito.

·         Necrose dos tecidos: uma doença chamada de Tromboangeíte Obliterante. É uma doença que obstrui as artérias das extremidades e provoca necrose dos tecidos. O doente pode perder os dedos do pé e sem tratamento a doença pode evoluir.

·         Pigarro constante.

·         Predisposição e suscetibilidade  para as doenças respiratórias e infecciosas.

·         Tosse crônica.

 

Dicas para quem  quer parar de fumar

A maioria dos fumantes, não conseguem se livrar do cigarro na primeira tentativa. Existem algumas dicas, para quem quer parar de fumar definitivamente:

·         Comunique sua decisão que parou de fumar a seus parentes, amigos e colegas de trabalho. A solidariedade é útil nesse processo.

·         Não tente parar progressivamente, isto é, aos poucos, fumando menos. Pare de uma só vez, não há riscos.

·         Faça do ato de parar de fumar, um desafio.

·         Entre  numa academia e faça atividades físicas. Elas neutralizam o desejo de fumar.

·         Troque as suas roupas diárias, o cheiro do cigarro está impregnado nelas. E esse cheiro lembra o cigarro. E se lembrando do cigarro, você pode ter a tentação de querer acender, apenas um, pela última vez.

·         Ganho de peso é normal no início da abstinência, mas tende a desaparecer. Pratique exercício físicos.

·         Faça uso de chicletes, balas de hortelã e canela ou discos contendo nicotina. Eles ajudam a resistir à tentação de voltar a fumar.

·         Dê início a algum hobby. Ajuda a relaxar.

·         Se tiver tempo, faça um curso de dança.

·         Não desconte a sua irritabilidade nos outros,  porque não esta fumando. As pessoas não têm culpa do seu estado atual. O fumante quando para, fica muito irritado.

·         Leia o que puder sobre tabagismo e saúde. Bons argumentos ajudam a entender o mal e livrar-se dele.

·         Beba muita água.

·         Evite bebidas estimulantes como café e álcool, durante o período da abstinência.

·         Não troque o cigarro por bebida alcoólica.

 

 

Resista à tentação de fumar. Em breve, você sentirá os prazeres da vida, sem o cigarro.


Dúvidas de termos técnicos  e expressões consulte o glossário específico de Doenças Neurológicas ou o glossário geral.