MÉTODOS ANTICONCEPCIONAIS 


 

Introdução

Existem microorganismos, entre os quais certas espécies de protozoários, de fungos, de bactérias e de vírus, que podem causar doenças no homem. Algumas dessas doenças são transmitidas por meio do ato sexual e são, por isso, denominadas doenças sexualmente transmissíveis e são conhecidas pela sigla DST. Algumas dessas doenças também podem ser transmitidas pelo contato com o sangue do doente.  Entre os principais sintomas das DST estão corrimentos, feridas na região genital, dores abdominais, ardor ao urinar e coceira nos órgãos e na região genital ou anal. Em alguns casos, as DST podem não apresentar sintomas evidentes, principalmente no sexo feminino. Por isso, na eventualidade de um contato sexual desprotegido, optar por uma consulta medica é uma sábia decisão.

 

Métodos anticoncepcionais

Existem métodos anticoncepcionais que podem ajudar a prevenção das DST, e também podem ajudar  a evitar uma gravidez indesejada.  Esses métodos são classificados em métodos preservativos e métodos  contraceptivos. A diferença entre métodos preservativos e contraceptivos se sustenta no seguinte: os métodos preservativos além de funcionar como barreira para evitar algumas DST, também são utilizados como contraceptivos (evitar gravidez); os métodos contraceptivos funcionam apenas para evitar a gravidez, não podem prevenir as DST. Mulheres com histórico de trombose, neoplasias (câncer), diabetes, hipertensão arterial, glaucoma, hepatite e problemas cardiovasculares, não devem utilizar os contraceptivos hormonais.  O médico é o profissional qualificado para indicar o melhor método anticoncepcional, após a realização de exames específicos e a anamnese (histórico da paciente) .

 

Comportamentais:

·         Tabelinha

·         Muco.

·         Coito interrompido.

De barreira:

·         Camisinha masculina.

·         Temperatura basal.

·         Camisinha feminina.

·         Diafragma.

Hormonais:

·         Anticoncepcional oral (pílula).

·         Injeção contraceptiva.

·         Implante subcutâneo.

·         Contracepção de emergência.

·         DIU (Dispositivo-Intra Uterino).

·         Espermicidas.

·         Anel vaginal.

Cirúrgicos:

·         Laqueadura ou ligadura de trompas.

·         Vasectomia.

 

Preservativos

Não é possível saber se uma pessoa é portadora de uma ou mais DST, apenas olhando para ela ou para sua região genital. Isso significa que toda e qualquer relação sexual pode oferecer, em princípio, risco de contágio. A precaução que permite evitar contrair uma DST em uma relação sexual é a utilização da camisinha feminina ou da camisinha masculina, ambas denominados preservativos. O uso de preservativos é o método mais seguro na prevenção contra as DST.  É preciso saber que mesmo esse método pode não ter eficácia total, já que pode  ocorrer do preservativo, se romper durante a relação sexual, ou pode acontecer também do preservativo sair durante o ato sexual, quando não é colocado devidamente.  

 

Tipos de preservativos:

 

Camisinha feminina:  A camisinha feminina é introduzida pela mulher na vagina antes da relação. Após a relação, a camisinha deve ser retirada com cuidado para que a  mulher não tenha  contato com o sêmen depositado dentro dela. Ela é enrolada em papel higiênico e descartada no lixo. O uso correto do preservativo feminino impede que a mulher tenha contato com o sêmen e que o homem tenha contato com o líquido vaginal. Isso evita que um dos parceiros, que eventualmente tenha alguma DST, transmita o microorganismo para o outro.

 

Colocação da camisinha feminina:

1.      Uma das mãos segura a camisinha feminina pelo lado fechado, comprimindo o anel interno.

2.      Enquanto a outra mão separa os lábios vaginais, a camisinha é delicadamente colocada na vagina.

3.      Fica para fora uma borda de mais ou menos 3cm. Na relação, o pênis deve ser introduzido dentro da camisinha feminina.

 

Camisinha masculina: A camisinha é também conhecida  como camisa-de-vênus, camisinha ou preservativo, constituída de uma película de borracha que é colocada  (desenrolada) sobre o pênis ereto, antes da relação sexual. Na ponta da camisinha há uma reservatório onde fica o sêmen, após a ejaculação. O pênis é retirado da vagina e, com ele ainda ereto, retira-se a camisinha, que deve ser enrolada em papel higiênico e jogada no lixo. Uma camisinha nova é necessária a cada relação. Tem eficácia  entre 88% a 97%.   

 

Dicas para usar o preservativo corretamente:

1.      Guarde a camisinha em local seco, longe da luz do sol.

2.      Não pressione a embalagem guardando-a no bolso ou na carteira.

3.      Coloque-a com o pênis ereto, apertando a ponta para sair o ar e desenrolando até o final.

4.      Retire a camisinha com o pênis ainda ereto.

5.      Jogue fora. Não deve ser reutilizada na próxima relação sexual.

6.      Para cada relação sexual, deve ser utilizada nova camisinha.

 

Contraceptivos

Todas as pessoas têm o direito de decidir se desejam filhos ou não. Se um casal deseja praticar sexo, mas por algum motivo, não quer filhos, deve usar algum método anticoncepcional ou contraceptivo. Existem vários e a escolha depende de uma série de fatores: religiosos, culturais, econômicos e também relativos à idade, às características do corpo e convicções pessoais.  

 

Tipos de contraceptivos:

 

Anel vaginal:  É um anticoncepcional com baixa dose hormonal. O anel vaginal é introduzido pela mulher, uma vez por mês, pela vagina, onde deve permanecer durante três semanas, sendo retirado para que ocorra a menstruação. Uma semana depois, um novo anel deve ser introduzido. Como qualquer anticoncepcional hormonal, deve ser usado com indicação médica e evitado por mulheres com mais de 35 anos e fumantes.

 

Coito interrompido: É um método comportamental. O homem retira o pênis quando sente que está para ejacular, lançando o sêmen fora da vagina e dos órgãos genitais externos da mulher. Mas, se os espermatozóides caírem nos grandes lábios, podem entrar na vagina e seguir em direção ao óvulo. Os homens e mulheres em geral não estão cientes deste fato e precisam ser informados de que a remoção do pênis pode ser um método contraceptivo ineficiente.

 

Diafragma: É um método de barreira. O diafragma é uma capa de borracha flexível que a mulher introduz no fundo da vagina antes da relação sexual,  e que impede os espermatozóides de entrarem no útero. e chegarem, portanto, as tubas uterinas. Para a mulher usar esse método, deve consultar um ginecologista, que receitará o diafragma do tamanho adequado a sua anatomia e ensinará como colocá-lo, quando e como retirá-lo. O diafragma pode ser previamente lambuzado com uma geléia espermicida, que mata os espermatozóides e aumenta a eficácia do método, pois em alguns casos os espermatozóides podem passar pela borda do diafragma. O diafragma  não pode ser retirado antes de oito horas após o ato sexual. Quando bem colocado e não possuindo fissuras é relativamente eficaz.  

 

Colocação do diafragma:

1.      Espalha-se um pouco de espermicida na parte externa do diafragma.

2.      Dobra-se o diafragma para facilitar sua introdução.

3.      Introduz-se o diafragma na vagina, fazendo-o cobrir a entrada do colo do útero.

DIU (Dispositivo Intra-Uterino):  É uma pequena peça de plástico e cobre, introduzida pelo médico durante a menstruação, no interior do útero,  evita que o óvulo fertilizado se implante no útero. O DIU pode ter várias formas, sendo uma das mais comuns em forma de T, e pode permanecer no organismo por longos períodos. É um método muito eficaz. Não interfere na relação sexual e não necessita de medicação diária.  O DIU não é recomendado para adolescentes nem para mulheres que nunca engravidaram. Suas desvantagens são de provocar cólicas e aumento de volume do fluxo menstrual.

 

EspermicidaSão cremes ou geléias especiais que impedem a gravidez, matando os espermatozóides, impedindo que fertilizem o óvulo. Devem ser colocados na vagina momentos antes da penetração.

 

Implante subcutâneo: São hormônios artificiais colocados, em procedimento médico, sob a pele da mulher. Doses diárias são liberadas no organismo por vários anos.

 

Injetáveis: Os injetáveis têm a mesma   composição  química da pílula, porém em doses mais concentradas,  possibilitando um efeito mais prolongado.  A aplicação é mensal, por via intramuscular. É um método seguro, porém, devido à alta concentração de hormônios, pode produzir alterações no ciclo menstrual. Não é indicado o seu uso em mulheres nos extremos da vida reprodutiva. Deve ser sempre prescrito e acompanhado por um médico.

 

Método da Ovulação ou Muco: Conhecido também como método Billings. É baseado no período em que a mulher ovula e libera uma secreção vaginal, tornando-a mais úmida do que normalmente. Essa secreção é constituída de um muco claro, pegajoso, com aspecto de clara de ovo. Nesse período a mulher está fértil e para não engravidar deve evitar manter relações sexuais. Método considerado pouco seguro, pois requer bastante treino e observação.

 

Pílula anticoncepcional: É um método hormonal.  São comprimidos  que podem controlar o ciclo menstrual e a ovulação. As pílulas do tipo mais comum são tomadas durante 21 dias, a partir do quinto dia da ovulação. A pílula anticoncepcional só deve ser usada por indicação do médico, pois em alguns casos pode causar efeitos colaterais. A pílula é considerada o método anticoncepcional mais largamente usado pelas mulheres que desejam evitar a gravidez.  Para garantir sua  eficácia, é fundamental que ela seja ingerida diariamente, sempre no mesmo horário.

 

Benefícios:

·         Diminuição das cólicas e sangramentos.

·         Ciclo de sangramento regular.

·         Diminuição da incidência de anemia ferropriva.

·         Possível diminuição da gravidade  da acne.

·         Diminuição da  incidência de câncer endometrial.

·         Diminuição da incidência de gestação ectópica.

·         Diminuição da incidência de fibroadenomas e de doença fibrocística da mama.

·         Diminuição da incidência de infecção pélvica aguda.

 

Riscos:

·         Raros em mulheres saudáveis.

·         Efeitos colaterais incômodos: sangramento súbito, sensibilidade mamária, náuseas, ganho de peso e mudanças de humor.

·         Risco um pouco aumentado de desenvolver coágulos sanguíneos, derrame ou ataque cardíaco.

·         Incidência aumentada de tumores hepáticos benignos.

·         Sem proteção contra DSTs (possível aumento de risco com sexo não-seguro)

 

Contracepção oral contínua: Esse método consiste em se tomar a pílula ininterruptamente, emendando uma cartela na outra, sem pular nenhum dia. Tal procedimento induz à amenorréia, ou seja, a falta de menstruação. Algumas mulheres utilizam esse método para controlar quando desejam ficar menstruadas. E também para o tratamento de outras doenças como tensão pré-menstrual (TPM) , ovários policísticos, endometriose, sangramento uterino disfuncional e anemia. Esse método pode ser usado por mulheres de qualquer idade, desde que não tenham fatores que contra-indiquem o seu uso. Ao interromper o seu uso, a fertilidade retorna em curto espaço de tempo.

 

Pílula  de emergência: É uma pílula anticoncepcional com uma dosagem muito maior de hormônios. Mais conhecida como pílula do dia seguinte, é um método que só deve ser usado nos casos de emergência, quando os outros métodos anticoncepcionais não tenham sido adotados ou falharem, seja por ruptura da camisinha, desalojamento  do diafragma, falha na tabelinha ou no coito interrompido, esquecimento da ingestão da pílula por dois ou mais dias em um ciclo, ou em caso de estupro. A eficiência na prevenção da gravidez indesejada estimula o uso indiscriminado. A pílula de emergência deve ser usada apenas em situações especiais. Não pode ser tomada rotineiramente porque, além dos efeitos colaterais, vai perdendo o efeito.

 

Como funciona:

 

1. Quando há uma relação sexual sem proteção, pode ocorrer o encontro do óvulo com um espermatozóide.

2. A união resulta na formação do ovo ou zigoto, que se ligará à parede do útero. A partir dessa etapa o embrião começa a se desenvolver.

3.  A pílula engolida no dia seguinte, graças à sua alta  concentração hormonal, promove uma descamação da parede interna do útero. Com isso, o ovo não consegue se fixar ali. Escorrega com as células descamadas, e é expelido.

 

A substância ativa da pílula é  levonorgestrel, que previne a gravidez inibindo a ovulação, fertilização e implantação do ovo. Também atua  espessando o muco cervical.  Dependendo do fabricante, cada pílula tem a quantidade  de hormônios em média, equivalente a oito pílulas  convencionais, e o uso rotineiro pode causar alterações significativas no organismo. Os médicos suspeitam, embora não haja confirmação científica, que a alta dosagem hormonal, aumente os riscos de câncer de mama.  A julgar pelo uso rotineiro, sobretudo pelas adolescentes e jovens, a pílula do dia seguinte, tem sido encarada como um quebra-galho. Grave erro. O contraceptivo foi criado para evitar a gravidez quando outros métodos falharam e não para tirar de uma fria quem transa sem a menor proteção. O uso indiscriminado é cada vez maior entre adolescentes que recorrem à pílula do dia seguinte como método anticoncepcional. Seguras de que podem evitar uma gravidez indesejada, as adolescentes abrem mão do sexo seguro. O problema é que ficam expostas a doenças sexualmente transmissíveis, como a Aids

 

É preciso reforçar que a pílula do dia seguinte não é um método abortivo. Se a fecundação ainda não aconteceu, a pílula torna o meio mais hostil e dificulta o encontro do espermatozóide com óvulo.  A pílula pode provocar o espessamento do muco, que é a secreção que facilita a condução do espermatozóide até a trompa uterina para encontro com o óvulo. O contraceptivo de emergência é aceito pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e pela Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo), que consideram o método como não abortivo.

 

Como usar o método:

 

O  contraceptivo hormonal de emergência oral vem em embalagens  com dois comprimidos.

 

1º comprimido:   O primeiro comprimido deve ser tomado até 72 horas após  a ocorrência de uma relação sexual desprotegida. Nunca após esse prazo.

 

2º comprimido: O segundo deve ser tomado 12 horas após o primeiro. A eficácia do contraceptivo de emergência aumenta para 95% se a primeira dose for ingerida nas primeiras 24 horas após a relação sexual desprotegida. Altas doses de hormônios vão impedir ou retardar a liberação de um óvulo do ovário impossibilitando a fecundação.  

 

Obs: É aconselhável  tomar conjuntamente com a ingestão de leite e alimentos para reduzir possíveis efeitos indesejados, como náuseas e vômitos.

 

Riscos  moderados do abuso:

·         Alterações no ciclo menstrual.

·         Cefaléia (dor de cabeça).

·         Dores abdominais.

·         Fadiga.

·         Fragilidade nos seios.

·         Inchaço nas pernas.

·         Náusea.

·         Tontura.

·         Em casos menos comuns, diarréia, vômito, acnes.

 

Riscos mais graves do abuso:

·         Gravidez ectópica: O feto é gerado fora do útero.  A progesterona presente no remédio retarda a passagem do óvulo pelas trompas, o que pode causar o seu encontro com o espermatozóide em lugar errado.

·         Trombose e emboliaMais frequente em quem tem predisposição e histórico familiar. A grande quantidade de hormônios pode aumentar a viscosidade do sangue, o que facilita a formação de trombos.

·         Câncer de mama:  Uma das funções do hormônio feminino é regular o desenvolvimento das células mamárias. Quando um excesso da substância, as células podem crescer desordenadamente, sobretudo em mulheres com tendência para  a doença.

 

Índices de falha: A pílula do dia seguinte não é infalível, podem ocorrer falhas, mesmo que a pílula seja tomada corretamente. Esses índices costumam sofrer alterações, quando  a mulher toma a pílula indiscriminadamente, devido à adaptação do corpo às altas dosagens de hormônios.

 

·         1%:  se usada até 24 horas após a relação sexual;

·         3%:  entre 25 e 48 horas após a relação;

·         5%:  entre 49 e 72 horas após a relação. 

 

Verdades e mitos  sobre a pílula de emergência:

·         Não protege contra HIV

·         Não protege contra DSTs.

·         Não é anticoncepcional.

·         Não tem efeito algum após iniciada a gravidez.

·         Não deve substituir os métodos anticoncepcionais indicados pelo médico.

·         Deve ser usada apenas como alternativa de último recurso.

 

A pílula de emergência e a prática do sexo inseguro:

 

A possibilidade de usar a contracepção de emergência com freqüência favorece a prática do sexo inseguro. Isso acontece porque com  a certeza de que estão a salvo de uma gravidez indesejada, as mulheres, principalmente as adolescentes,  que fazem uso constante da pílula do dia seguinte, muitas vezes não tomam a iniciativa de pedir ao parceiro que use a camisinha, pois só se preocupam com a gravidez.  As doenças sexualmente transmissíveis que podem ser adquiridas com o sexo sem proteção, infelizmente não recebem tanta atenção e estão em segundo plano.

 

Tabelinha: É um método comportamental, chamado também de calendário. O método da tabelinha tem por finalidade apresentar períodos seguros e períodos em que há maior risco de gestação. A tabelinha se baseia no cálculo da data provável da ovulação. O casal não deve ter relações sexuais no dia da ovulação, nem nos dias que a antecedem e que se seguem a ela.  A ovulação (em ciclos de 28 a 30 dias) ocorre normalmente entre o 14º e o 15º dias do ciclo. As  relações devem ser tidas fora destes dias, com margens de segurança de quatro dias, ou seja, do 1º ao 10º dias e do 20º ao 30º dias.  O método não funciona bem com mulheres cujo ciclo menstrual é irregular. Mesmo nas mulheres que possuem o ciclo  regular pode eventualmente ocorrer  ovulação fora da data prevista.

 

Temperatura basal: É um método natural. A mulher  acompanha diariamente a temperatura de seu corpo e a registra. Uma vez que a temperatura corporal feminina sobe ligeiramente na época da ovulação, isso é um sinal que ajuda a evitar relações sexuais no período fértil. Todos os dias a mulher deve medir  sua temperatura corporal à mesma hora e em condições basais ( condições de gasto mínimo de energia de um ser, inevitável mesmo em repouso absoluto). 

Os registros exatos dessas temperaturas permitirão a construção de uma curva bifásica, se o ciclo menstrual da mulher for normal. Isso se explica pelo fato de que, pouco depois da ovulação, a temperatura basal aumenta de 0,33 a 0,4ºC e quando a elevação da temperatura se mantém por três dias seguidos significa que a ovulação já ocorreu e o resto do mês pode ser considerado como um período "seguro".  Este método não é eficaz, visto que necessita de um rígido controle, muitas vezes difícil de se realizar. Sua eficácia aumenta um pouco caso ele seja combinado com outros métodos, tais como o da tabelinha  ou do muco.

 

Cirúrgicos

Laqueadura ou ligadura de trompas: Esterilização cirúrgica feminina. Cirurgia  onde as trompas uterinas são cortadas ou amarradas, impedindo a passagem do óvulo. De acordo com a Lei n  9.263/96, a esterilização só pode ser realizada em mulheres com mais de 25 anos ou com pelo menos dois filhos. A mulher deve passar por grupos educativos para conhecer os outros métodos , porque a laqueadura é irreversível.

 

Vasectomia:  Esterilização cirúrgica masculina. Por meio de cirurgia, os canais deferentes, tubos finos que saem dos testículos, são cortados. Dessa forma os espermatozóides produzidos não são expelidos durante a ejaculação, evitando a gravidez. O homem deixa de ser fértil, mas não perde a ereção. A vasectomia pode ser feita nos homens a partir dos 18 anos de idade.

 

Direitos sexuais e reprodutivos da população brasileira

A legislação brasileira assegura o direito a métodos contraceptivos para toda a população brasileira. Os direitos sexuais e reprodutivos dos cidadãos e cidadãs  brasileiros, entre eles o da informação e escolha do método contraceptivo para planejamento familiar, têm garantia na Constituição de 1988. Já a Lei Federal do Planejamento Familiar n° 9.263, de 1996, em seu Artigo 9° , estabelece que "é responsabilidade do estado oferecer todos os métodos e técnicos de concepção e contracepção cientificamente aceitos e que não coloquem em risco a vida e a saúde das pessoas, garantida a liberdade de opção".

Atualidades

Camisinhas gratuitas: O Ministério da Saúde é obrigado, por lei, a distribuir gratuitamente a camisinha. 

 

Planejamento familiar: As prefeituras mantém serviços de orientação em planejamento familiar nos postos e centros de saúde, e também fornecem as pílulas de emergência.  A distribuição das pílulas do dia seguinte para as mulheres só é fornecida  se for detectada a real necessidade. Geralmente, a orientação nos postos de saúde é pelo planejamento familiar e pelo uso dos contraceptivos que impedem a fecundação.


Dúvidas de termos técnicos e expressões, consulte o Glossário geral.