ERISIPELA


Definição

A Erisipela é uma infecção provocada, geralmente por bactérias do tipo Streptococcus pyogenes grupo A. Quando as bactérias  encontram uma porta de entrada nas camadas mais superficiais da pele, elas espalham-se, formando uma mancha avermelhada, que com a evolução da doença vai ficando quente e dolorosa.

 

A Erisipela pode se desenvolver a partir de uma frieira entre os dedos dos pés, arranhões na pele, bolhas nos pés, coçadura de picada de inseto. A Erisipela não é um fenômeno imunológico, a doença é causada por um fenômeno tóxico.

Sinonímia

A Erisipela também é conhecida pelos seguintes nomes:

Incidência

Causa

A Erisipela é causada por bactérias, principalmente os estreptococos, que encontram uma porta de entrada nas camadas mais superficiais da pele, então se proliferam, dando início ao processo de desenvolvimento da doença.

Unhas contaminadas em portadores de dermatite seborréica (caspa) são uma das causas mais importantes do aparecimento da Erisipela na face.

Fisiopatologia

A Erisipela geralmente é causada por um tipo comum de bactéria, o estreptococo. Toda vez que há perda da barreira da pele, isto é, toda vez que a pele se rompe por algum motivo, o estreptococo pode penetrar pela pele e provocar uma infecção superficial que surge como uma mancha avermelhada com limites precisos que vai progressivamente crescendo,  acompanhada de vermelhidão e calor. Depois as bactérias migram para os  vasos linfáticos  e provocam uma reação inflamatória que caracteriza a doença.

Fatores de risco

Os fatores de risco são aqueles fatores facilitadores  ou que contribuem para o aparecimento da doença.

Doenças e distúrbios associadas a Erisipela

Localização

A localização mais freqüente da  Erisipela são as seguintes:

Obs: A Erisipela ocorre mais em pacientes diabéticos, obesos e idosos.

Período de incubação

O período de incubação da doença é de três a oito dias, mas existem variações dependendo do quadro clínico. Em 80% dos casos pode-se determinar a porta de entrada das bactérias, nos 20% restantes não se consegue encontrar a porta de entrada.

Sinais e sintomas

Na fase inicial a Erisipela pode causar as seguintes manifestações.

 

Período prodrômico:

 

Nesse período os sintomas cínicos podem instalar-se precocemente, antes mesmo de a Erisipela alcançar grandes proporções, devido a grande quantidade de toxinas liberadas pelas bactérias:

Fase inicial:

 

No início, a pele se apresenta lisa, brilhante, vermelha e quente. Com a evolução da infecção, o inchaço aumenta, a pele fica com manchas avermelhadas. Em alguns casos, o paciente pode se queixar de "'íngua" (aumento dos gânglios linfáticos na região da virilha).

 

Uma das características principais da Erisipela é que a mancha ou lesão tem limites muito precisos, isto é, forma-se uma placa com bordas bem nítidas que dependendo da evolução vai avançando e se diferencia muito da pele normal, devido à coloração. Geralmente, a lesão forma-se ao redor do ponto por onde o germe penetrou.

 

Fase aguda:

 

Sem tratamento, a pele com as manchas avermelhadas, começa a ficar mais escura  e fica dolorida ao toque, podendo  aparecer   bolhas com conteúdo amarelado ou achocolatado, até ao ponto da pele necrosar.

Diagnóstico

Obs: Um dos sinais que se utilizam para diferenciar a Erisipela de outras infecções das partes moles ou da pele é a existência de focos múltiplos ou a lesão atingir as duas pernas ou outras partes do corpo. Caso isso aconteça, é sinal de outra infecção que não a Erisipela.

Tratamento

No caso de Erisipela no estágio inicial, o portador deve tomar os antibióticos prescritos pelo médico por via oral, elevar o membro acometido  e repousar no leito.

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Antibioticoterapia: O tratamento inicial é a base de antibióticos no mínimo por uma duas semanas (14 dias). Caso o paciente esteja internado o antibiótico deve ser administrado por via endovenosa. Quando o paciente tem alta o antibiótico deve ser administrado por via oral.

 

Elevação do membro acometido.

 

Repouso no leito.

 

Quando a Erisipela é simples o paciente em torno de quatro dias de tratamento à base de  antibióticos, já sente uma melhora do seu quadro, a febre cai, a dor melhora e a prostração (cansaço)  diminui consideravelmente.

 

Quando a Erisipela evolui para um quadro complicado, com úlceras abertas na perna, o tratamento deve ser em ambiente hospitalar, com antibióticos mais potente e por mais tempo. A ferida deve ser tratada também topicamente. O paciente deve ser avaliado diariamente, principalmente se ele for idoso, hipertenso e diabético.

 

Obs: Em alguns casos raros, existe a necessidade de amputação do membro afetado, devido à necrose.

Complicações

Seqüelas

As seqüelas são resultantes dos surtos repetidos de Erisipela.

Cuidados gerais

A pessoas que têm vários surtos de erisipela, devem tomar mais cuidado com o corpo, para tentar se possível, prevenir os surtos da doença. Existem alguns cuidados que podem ajudar:


Dúvidas de termos técnicos e expressões, consulte o Glossário geral.