FEBRE TIFÓIDE


Definição

Doença infecciosa febril e aguda, sistêmica causada por bactéria. É mais encontrada nas comunidades de pessoas com baixo poder aquisitivo, condições de higiene precária e falta de saneamento básico. 

Incidência

Agente etiológico

Bactéria  Salmonella typhi ou bacilo de Eberth; do gênero Salmonella; bacilos Gram-negativos; bacilos ciliados; anaeróbios facultativos; móveis; não esporulados. 

Fisiopatologia

Os bacilos penetram no corpo através do aparelho digestivo, e instalam-se inicialmente na mucosa jejunoileal do intestino, se multiplicam e passam pela via linfática para a corrente sanguínea  disseminando-se por todo o organismo iniciando a bacteremia, atacando principalmente órgãos ricos em células do sistema reticuloendotelial: baço, gânglios linfáticos mesentéricos e fígado, ocorrendo também reação inflamatória das vias biliares. 

O resultado da invasão do organismo pelos bacilos e a capacidade do agente patogênico de proliferar e de fixar-se, depende também do sistema imunológico e  dos mecanismos de defesa do organismo.

Fonte de infecção

O homem infectado.

Hospedeiro

O homem é o único hospedeiro.

Reservatório

É o homem doente e o portador aparentemente curado (na maior parte do mundo os portadores intestinais são mais freqüentes que os urinários).

Período de incubação

Esse período varia de 5 a 23 dias, sendo mais freqüente  a média de 15 dias.

Período de transmissibilidade

O período de transmissibilidade da doença é muito variável; em geral vai desde a segunda semana da doença, até que dois exame de fezes com o espaço de 24 horas dêem negativos para Salmonella typhi (coprocultura).

Transmissão

Sinais e sintomas

período prodrômico ou invasivo (sintomas iniciais da doença, que duram de 7 a 8 dias)

período de estado: (os sintomas iniciais se intensificam e evoluem durante 15 a 20 dias)

Obs:  Nessa fase o paciente fica com voz sumida, decúbito indiferente, tremores, abalos musculares, olhos encovados, respiração ruidosa, relaxamento dos esfíncteres, hepatomegalia e esplenomegalia dolorosas.

período de convalescença ou defervescência:

Diagnóstico

Diagnóstico diferencial

O diagnóstico diferencial deve ser feito para que a Febre Tifóide não seja confundida com outras patologias com quadro clínico semelhante. Através dos exames clínico, físico e laboratoriais,  o médico pode excluir essas doenças, até chegar ao diagnóstico correto. As doenças  que podem ser confundidas com a Febre Tifóide são as seguintes: 

Tratamento

Específico:  tratamento medicamentoso e antibioticoterapia sob indicação médica.

Obs: O tratamento do portador temporário e crônico é feito durante um longo período, porque mesmo que ele tenha se recuperado da infecção tífica, ainda continua eliminando bacilos da doença os quais pode contaminar outras pessoas.  O doente elimina bacilos, durante toda a evolução da doença, nas fezes, na urina e nos vômitos. Nos portadores crônicos a vesícula biliar funciona como reservatório de bacilos, por isso em alguns casos é indicado a colecistectomia (extirpação cirúrgica da vesícula) em alguns doentes.    

Complicações

As complicações ocorrem em média  entre a metade da 3ª semana ou no princípio da 4ª semana.

Complicações na gravidez

Na mulher grávida a Febre Tifóide  pode causar uma febre alta, e dependendo da época da gravidez, pode trazer complicações ao feto, principalmente a infecção puerperal que pode resultar em aborto ou parto prematuro.  Portanto é imprescindível que a mulher grávida não entre em contato de maneira nenhuma com pacientes com  Febre Tifóide ou com qualquer outro paciente portador de doença contagiosa, mesmo que o paciente esteja no final do tratamento ou que esteja em período de convalescença.  Algumas doenças contagiosas ainda são transmissíveis mesmo depois de terminado o tratamento,  principalmente pelas vias aéreas superiores.

 Profilaxia

A profilaxia visa tratar o doente e a comunidade.

medidas sanitárias:

medidas gerais:


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