INFLUENZA


Definição

Influenza é uma doença infecciosa aguda causa por um mixovírus que contém RNA. Caracteriza-se por sintomas respiratórios. As epidemias de Influenza ocorrem rapidamente,  havendo um índice de mortalidade razoavelmente elevado entre os indivíduos idosos, e aqueles debilitados por uma doença crônica. O risco de contrair Influenza está relacionado com a aglomeração e contatos próximos de grupos de pessoas. Os surtos epidêmicos podem ocorrer em escolas, quartéis, locais de trabalho, ou seja, nos ambientes em que há maiores concentrações humanas. O frio oferece condições para o vírus se instalar, pois em geral irrita as mucosas das vias aéreas.

Agente etiológico

O fator primário na etiologia da Influenza é um vírus filtrável do qual foram isoladas três cepas principais, designadas tipos A, B e C. O grupo A parece ser o mais virulento e é responsável pelas epidemias mais recentes. A influenza parece tornar-se epidêmica quando os níveis de anticorpos declinam, ou quando os antígenos do vírus influenza prevalentes sofrem uma mutação suficiente para tornar a população suscetível.

Fisiologia

O vírus é transportado pelo ar e multiplica-se nas vias aéreas superiores, com invasão seletiva das células das mucosas nasal, traqueal e brônquica. O vírus da Influenza lesa o epitélio ciliado da árvore traqueobrônquica, tornando o paciente vulnerável ao aparecimento de invasores secundários tais como pneumococos, estafilococos, Hemophilus influenzae, estreptococos e outros organismos.

Hospedeiro

O homem.

Grupo de risco

Os grupos de riscos que podem adquirir a doença com mais facilidade são os seguintes:

·         Idosos. 

·         Recém-nascidos, devido a sua baixa imunidade.

·         Pessoas com doenças crônicas respiratórias e cardíacas, devido a menor resistência orgânica ao vírus.

·         Portadores do vírus HIV.

·         Pessoas com doenças neoplásicas (câncer) que estão fazendo tratamento à base de quimioterapia e radioterapia, devido à baixa imunidade.

·         Crianças com leucemia.

·         Pessoas que se submetem à hemodiálise.

Período de incubação

Em média 24 a 48 horas após a penetração do vírus no organismo.

Transmissão

A transmissão se faz por contato direto ou por gotículas lançadas pelo aparelho respiratório de uma pessoa infectada.

Sinais e sintomas

Os sintomas geralmente são parecidos com o da gripe, mas podem variar  conforme a idade, estado de saúde e ambiente.

·         febre alta em torno dos 39-40ºC;

·         cefaléia (dor de cabeça);

·         astenia intensa (fraqueza intensa);

·         rouquidão;

·         olhos irritados e lacrimejantes;

·         sintomas respiratórios: tosse seca, dor de garganta, obstrução e secreção nasal;

·         mialgias (dores musculares), especialmente nas costas e nas pernas.

Obs Os sintomas respiratórios quando não tratados podem evoluir para Insuficiência Respiratória Aguda (IRA).

Diagnóstico

·         Anamnese.

·         Exame físico.

·         Exame clínico.

·         Exames laboratoriais.

·         Exames neurológicos para avaliar comprometimento neurológico.

·         ECG - Eletrocardiograma: para avaliar comprometimento cardíaco.

·         Raio X do tórax.

·         Cultura de escarro e de secreções da garganta.

Tratamento

Objetivos:  Oferecer ao paciente uma terapêutica de apoio; evitar e tratar as complicações respiratórias, cardíacas e neurológicas.

Específico:  não existe tratamento medicamentoso específico para essa patologia. O tratamento é sintomático conforme os sintomas  apresentados e suas intercorrências.

·         Administrar analgésicos e antipiréticos prescritos para combater a cefaléia, febre e as dores musculares, caso haja necessidade.

·         Administrar medicação contra a tosse.

·         Antibioticoterapia prescrita só é indicada quando aparecerem infecções bacterianas secundárias.

·         Tratar as complicações respiratórias.

·         Ficar atento aos sinais de pneumonia.

·         Isolamento respiratório em alguns casos é necessário. Restringir visitas.

·         Repouso no leito.

·         Dietoterapia específica.

Prevenção

Vacinação:

A vacina protege contra o vírus influenza. A pessoa vacinada corre menos riscos de desenvolver quadros graves de gripe, que requerem internação hospitalar e podem evoluir para pneumonia ou mesmo a morte. A imunização ativa consiste de uma dose única de vacina  (vacina de vírus influenza bivalente), tanto para a vacinação  primária como para o reforço anual. A vacinação geralmente ocorre antes do inverno, porque é nessa estação que cresce o risco maior de contrair  doenças respiratórias.   Recomenda-se a vacinação  anual para os indivíduos idosos acima de 60 anos, porque a mortalidade é alta nas faixas etárias mais velhas.  Recomenda-se a vacinação anual para as pessoas que apresentam enfermidades crônicas tais como:

·         Doença cardíaca de qualquer etiologia, principalmente com estenose mitral ou insuficiência cardíaca.

·         Doenças broncopulmonares crônicas tais como asma, bronquite crônica, bronquiectasia, tuberculose e enfisema.

·         Doença renal crônica.

·         Diabetes mellitus e outros distúrbios metabólicos crônicos.

Emprego seletivo de agentes antivirais. Entre os pacientes com alta prioridade para uma terapêutica antiviral, incluem-se: 

·         Pacientes com doenças respiratória, cardiovascular e outras enfermidades crônicas.

·         Pacientes hospitalizados para tratamento de outras enfermidades.

·         Pessoas idosas que residem em casa de repouso ou outras instituições.

Não deve tomar a vacina as pessoas que apresentem as seguintes situações:

·         Pessoas que já tenham apresentado reação alérgica grave à dose anterior da vacina e a proteínas do ovo.

·         Pessoas portadoras de doenças neurológicas em fase aguda comprovada: meningite,  encefalite, surto de esclerose múltipla, derrame cerebral, traumatismo craniano e pós-operatório de tumores.


Dúvidas de termos técnicos e expressões, consulte o Glossário geral.