GLOSSÁRIO PSIQUIÁTRICO
Esse vocabulário foi pesquisado e elaborado para que você tire suas dúvidas, e entenda melhor os termos técnicos e algumas expressões usadas na área de Psiquiatria, Psicologia e Saúde Mental.
Abulia |
Perda da capacidade de ter vontade; falta de estímulo para agir. |
Abuso |
Tudo que vai além do uso habitual ou sancionado;
maus-tratos, ameaças ou lesões infligidos a outrem, de natureza física,
psicológica ou moral; uso excessivo de drogas ou substâncias que pode
resultar em dano à saúde ou em um aumento de risco a tal dano. |
Acatalepsia |
Perturbação mental; demência. |
Acatisia |
Agitação motora; necessidade de movimentar-se. |
Acinesia |
Imobilidade; perda da função motora; abolição de toda motricidade, inclusive a neuromotricidade. |
Aconselhamento
genético |
Aplicação dos princípios e
dados específicos da genética médica à estimativa de riscos de ocorrência ou
recorrência de transtornos transmissíveis por herança e o provimento, a
famílias e indivíduos, de informação e orientação pertinentes à prevenção,
diagnóstico, prognóstico e controle desses transtornos. |
Acrofobia |
Medo de altura. |
Adinamia |
Humor deprimido, triste ou desesperado com medo. |
Afasia |
Distúrbio da função de linguagem resultante da lesão ou doença dos centros cerebrais; perda da fala; perda parcial ou total da capacidade de se expressar através da linguagem ou da capacidade de compreender a comunicação verbal de outra pessoa. As várias formas de afasia dependem do local da lesão cerebral. |
Afasia auditiva |
Perda da capacidade de compreender a linguagem falada. |
Afasia de condução |
Afasia causada por uma lesão do trajeto entre os centros sensitivos e motores da fala. |
Afasia mista |
Combinação de afasias motora e sensitiva. |
Afasia motora |
Perda da capacidade de expressar os pensamentos pela fala e pela escrita; a pessoa entende o que foi dito, porém não consegue produzir a seqüência de movimentos necessários para murmurar a palavra. |
Afasia
repetitiva
|
Incapacidade
para compreender o que alguém está dizendo; com frequência
associada com lesão na área do lobo temporal (lesão cerebral). |
Afasia sensitiva |
Incapacidade de compreender a linguagem falada (afasia auditiva) ou a linguagem escrita (afasia visual). |
Afasia visual |
Perda da capacidade de compreender a linguagem escrita. |
Afasia
de Wernicke |
Uma
incapacidade de compreender a linguagem falada ou escrita e, em especial,
para entender ou comunicar-se através de linguagem falada e nomear objetos ou
qualidades. A leitura e a escrita estão secundariamente prejudicadas. |
Afeto |
É o fator dinâmico da emoção, a qualidade dos sentimentos ou emoção em geral. |
Afonia |
Incapacidade de produzir sons vocais, resultante de um
transtorno orgânico ou emocional. |
Agitação |
Inquietação marcante e atividade motora excessiva,
acompanhadas de ansiedade. |
Agnosia |
Perda da faculdade de reconhecer os estímulos sensoriais (auditivos e sonoros); distúrbio do conhecimento e do reconhecimento, embora se conserve a percepção sensorial. |
Agorafobia |
Um
grupo de fobias bem definido que inclui entre outras: medo de sair de casa,
de entrar em lojas, de multidões e lugares públicos, de viajar sozinho em trens,
ônibus e aviões. Ataques de pânico são manifestações freqüentes. Sintomas
depressivos e obsessivos e fobias sociais estão também presentes como
aspectos subsidiários. A esquiva de situações fobígenas demonstram pouca ansiedade, devido à sua
capacidade de evitar situações que lhes causam fobias. |
Agrafia |
Incapacidade de escrever; uma inabilidade para expressar idéias por escrito, que não está relacionada a uma disfunção da capacidade motora, da fala ou da compreensão. |
Agromania |
Loucura por tendência a solidão. |
Alegria patológica |
Transtorno da afetividade; o paciente sente-se eufórico, otimista, hiperativo, elevada auto-estima, enérgico. |
Alexia |
Perda da capacidade de ler; uma inabilidade para reconhecer ou entender palavras, ideogramas, letras (manuscritas ou em letra de forma) ou cores devido a uma incapacidade para reconhecer o significado linguístico de padrões visuais. A alexia se encontra comumente combinada com a agrafia como um sintoma de assimbolia visual. |
Alexitimia |
Incapacidade
de reconhecer ou de verbalizar as próprias emoções. |
Alienação |
Condição
caracterizada pela perda de relacionamento significativos
com outros, com sua sociedade ou sua cultura. Este termo, também usado
num sentido socioeconômico, passou a substituir o antigo conceito de
loucura. |
Alienação
da adolescência
|
Desenvolvimento
de antipatia ou até mesmo hostilidade frente a sua própria sociedade ou cultura,
durante a adolescência. A alienação durante a adolescência, pode
resultar em problemas psicossociais, como por exemplo,
abuso de álcool e drogas, delinqüência, depressão, conflitos
familiares, gravidez fora do casamento, abandono escolar, vandalismo e
suicídio. |
Alterações da consciência |
Pode ser chamados de aqueles estados em que se distinguem bem nitidamente da vida psíquica normal , a consciência restringe-se a certos setores mantendo-se a outros inacessível, e só o que corresponde às tendências interiores é que o indivíduo apreende; estados da consciência em que ficam fragmentados. |
Alteração
de humor |
Uma mudança mórbida do
afeto que ultrapassa as variações normais, e que leva a vários estados que
incluem: depressão, exaltação, ansiedade, irritabilidade e raiva. |
Alteração da memória |
Alteração da capacidade de fixar fatos recentes algum tempo depois de informado. |
Alterações permanentes da
personalidade
|
Um transtorno da personalidade e
do comportamento adulto que se desenvolve após stress catastrófico ou
excessivamente prolongado, ou após várias doenças psiquiátricas graves num
indivíduo sem transtorno de personalidade prévia. Há uma mudança definitiva e
permanente no padrão individual de perceber, relacionar-se com ou pensar
sobre o meio ambiente e o self. |
Alucinação |
Perda da faculdade de reconhecer os estímulos sensoriais; o sujeito percebe estímulos ou objetos que na realidade não existem; sensopercepção de qualquer natureza, que se dá na ausência de estímulos externo apropriado. Em indivíduos normais, podem ocorrer alucinações nos estados de transição vigília-sono (hipnagógicas) e sono-vigília (hipnopômpicas). Enquanto fenômeno mórbido, as alucinações podem ser sintomáticas de patologia orgânica cerebral, de psicoses funcionais e de intoxicação por drogas, com aspectos característicos para cada qual. |
Alucinação auditiva |
Reações auditivas ilusórias, sem estímulo sensorial adequado, o indivíduo ouve vozes, gritos, zumbidos, passos, ruídos e raramente são de conteúdo amigáveis. |
Alucinação
do cativeiro |
São imagens visuais ou
auditivas induzidas pelo isolamento e pelo stress decorrente de situações de
ameaça à vida, na ausência de disfunções psiquiátricas graves. Pode ocorrer
em indivíduos que sofreram seqüestros, ou estão sendo mantidos em cativeiro
isolado. |
Alucinação corporal |
Alucinação de tato; alterações da sensação do próprio corpo, alucinações dolorosas. |
Alucinação hipnagógicas |
Falsas percepções que ocorrem quando o paciente está adormecendo, para as quais não há base na realidade, ocorre na fase de transição vigília-sono. |
Alucinação hipnopômpicas |
Falsas percepções que ocorrem quando o paciente está acordando, para as quais não há base na realidade, ocorre na fase de transição sono-vigília. |
Alucinação ósmica ou gustatória |
Reações de odor ou paladar ilusórias, sem estímulo sensorial adequado; o indivíduo sente o cheiro ou o gosto. |
Alucinação de odor ou paladar |
Reações de odor ou paladar ilusórias, sem estímulo sensorial adequado; o indivíduo sente o cheiro ou o gosto. |
Alucinações óticas |
Reações óticas ilusórias, sem estímulo sensorial adequado. |
Alucinógeno |
Substância
psicoativa, natural ou sintética, capaz de ocasionar estados alterados de
consciência caracterizados por: percepção intensificada, imagens vívidas que
podem evoluir para ilusões e alucinações, alterações do humor e vivências de
despersonalização/ desrealização. |
Ambivalência |
Existência simultânea de tendências opostas; duplos sentimentos inconciliáveis. |
Amiotrofia |
Perda
de músculo esquelético de base neurogênica, diferente da perda decorrente de
uma doença muscular primária. |
Amnésia |
Perda ou perturbação da memória (completa ou parcial, permanente ou temporária), atribuível a causas orgânicas ou psicológicas; incapacidade de recordar de forma total ou parcial; distúrbio da memória que atinge certo tempo limitado, do qual mais nada ou pouca coisa se pode recordar. |
Amnésia anterógrada |
Tipo de amnésia que ocorre depois do acontecimento; perda de memória de duração variável para eventos e experiências subseqüentes a um incidente causal ou a uma lesão cerebral, em geral depois da recuperação da consciência. |
Amnésia
dissociativa |
Tipo
de amnésia geralmente centrada em eventos traumáticos, tais como
acidentes, perdas ou lutos inesperados, e é geralmente parcial e seletiva. A
manifestação principal é a perda da memória geralmente de eventos recentes
importantes, que não é decorrente de transtorno mental orgânico. A amnésia
completa e generalizada é rara, e geralmente é parte de uma fuga. |
Amnésia
pós-ictal |
Perda
de memória de duração variável que segue convulsões epilépticas,
geralmente acompanhada por períodos de obnubilação
da consciência ou automatismo. |
Amnésia retrógrada |
É um tipo de amnésia relacionada com o período antes do acontecimento, lesão cerebral ou incidente casual. |
Amnésia lagunar |
É uma amnésia que ocorre dentro do acontecimento; a pessoa não se lembra do acontecimento. |
Amnéstico |
Evento, traumatismo ou substância que causa amnésia. |
Anamnese |
História de uma doença ou de um paciente. |
Anartria |
Impossibilidade de articular palavras, não havendo paralisia dos músculos da fonação. |
Anedonia |
Ausência da capacidade de
experimentar prazer, associada freqüentemente com estados esquizofrênicos e
depressivos ou incapacidade de sentir prazer ao vivenciar experiências
normalmente prazerosas às pessoas. |
Angústia patológica |
Transtorno da afetividade em que a angústia ou a ansiedade chega a ser incontrolável, seguida de insegurança e temor pelo desconhecido ou indefinido, que mantém a pessoa em permanente estado de alerta. |
Anorexia |
Recusa da alimentação como conseqüência de um desejo de emagrecer; inapetência. |
Anorexia nervosa |
Perda de peso deliberada, induzida e mantida pelo
paciente, com uma psicopatologia específica na qual um receio de engordar e
da flacidez do contorno corporal persistem como uma idéia intrusiva e
supervalorizada. Os pacientes impões a si próprios um limite baixo de peso,
geralmente resultando em subnutrição de intensidade variável, alterações
secundárias endócrinas e metabólicas e perturbações de funções fisiológicas.O transtorno ocorre mais freqüentemente
em meninas adolescentes e mulheres jovens. |
Anosmia |
Perda do sentido do olfato, atribuível tanto à obstrução
física como ao dano do mecanismo nervoso associado a este sentido. |
Anosognosia |
Uma negação da doença baseada numa distorção da imagem
corporal. |
Ansiedade |
Sentimento de apreensão, desconforto e preocupação, habitualmente de origem inconsciente. |
Ansiolíticos |
Medicamentos que atuam nas tensões e ansiedade. |
Antidepressivos |
Medicamentos que atuam na depressão endógena. |
Antipsicóticos |
Medicamentos que atuam nos sintomas psicóticos. |
Apatia |
Falta de sentimentos; indiferença. |
Apnéia |
Parada da respiração. |
Apraxia |
Incapacidade de levar a cabo um gesto ou ação previamente aprendidos; distúrbio da motilidade que consiste no fato de que plenamente intactos os processos orgânicos funcionando corretamente de um lado, ataxia e os mecanismos motores que vão do córtex à periferia não pode o indivíduo por outro lado, fazer o movimento adequado à intenção objetiva normal; a pessoa pensa em fazer um movimento, mas não consegue executá-lo corretamente. |
Área
de Broca |
Área cortical responsável pela integração das miríades de
vias de associação necessárias à compreensão e à formulação da
linguagem, mede pouco mais de 3 cm3. A área de Broca está tão
próxima da área motora que um distúrbio nessa área afeta área da fala. |
Astenia |
Perda das forças. |
Ataque |
Um acesso súbito de anormalidade transitória de natureza motora,
sensorial, autonômica ou psicológica, com uma disfunção cerebral temporária. |
Ataque de perda do fôlego |
Um padrão de comportamento relativamente comum em crianças
jovens, caracterizado por períodos de suspensão voluntária da respiração os
quais podem levar a cianose e perda de consciência. A condição é autolimitada e pode ser usada para manipular o ambiente. |
Ataxia |
Falta de coordenação muscular motora; comprometimento da coordenação dos movimentos. |
Atraso mental |
O funcionamento intelectual é geralmente muito abaixo da média, que aparece juntamente com déficit de adaptação, e que se manifesta durante o período de crescimento. |
Aumento da impulsão |
Aumento da atividade não dirigida ou da iniciativa dirigida. |
Autismo |
Isolamento num mundo de fantasias, próprio e artificial, a pessoa não se interessa e não tem necessidade de nada. |
Autismo
infantil |
Transtorno desintegrativo do desenvolvimento definido pela presença
de desenvolvimentos anormal ou prejudicado, que se manifesta antes da idade
de três anos e pela tríade característica de: funcionamento anormal na
interação social, comunicação anormal e
comportamento restrito, estereotipado e repetitivo. |
Automatismo |
Atividade motora sem controle consciente, automática e sem direção; ato que não está sob o controle da vontade. |
Automatismos de ordem |
As ordens são automaticamente obedecidas. |
Baforada
delirante (Bouffée Délirante) |
Condição psicótica aguda e
transitória associada com turvação da consciência, excitação psicomotora e
comportamento agitado, seguida de amnésia anterógrada. |
Belle indifférence |
Ausência aparente de
preocupação em relação a sintomas incapacitantes, proeminentes nos
transtornos dissociativos. |
Bloqueio |
Cessação súbita do fluxo de pensamentos e fala, relacionado a emoções fortes. |
Bloqueio afetivo |
Estado de ânimo imutável por longo tempo. |
Bradicinesia |
Lentidão dos movimentos; dificuldade para iniciar e realizar os movimentos. |
Bradipnéia |
Respiração lenta. |
Bruxismo |
Movimentos dos maxilares produzindo fricção entre as arcadas dentárias, associados quase sempre à fase 2 do sono. |
Bulimia |
É a compulsão para ingerir alimentos de maneira incontrolável, pode ser associadas com transtornos metabólicos, cerebrais ou funcionais. Sinonímia: hiperfagia, megafagia. |
Catalepsia |
Síndrome nervosa onde ocorre a supressão total dos movimentos voluntários; o indivíduo fica pálido, frio e estático; atitude de imobilidade cérea mantida pela pessoa (o sujeito fica parecido com uma figura de cera imóvel); um estado semelhante a um transe, com perda da motilidade voluntária. |
Cataplegia |
Perda temporária do tônus muscular, precipitada por emoções fortes. |
Cataplexia |
Diminuição abrupta do tônus muscular, que pode ser parcial
(envolvendo músculos circunscritos) ou generalizada (o paciente desaba
abruptamente, incapaz de mover-se ou falar). A consciência permanece intacta. |
Catarse |
Purgação psicológica (Freud); processo de descarga ou liberação de tensão emocional associada a um conflito, memória ou idéia reprimidas e freqüentemente desencadeada pela recordação de uma experiência dolorosa. |
Choque |
É a supressão da função, sem destruição e sem conseqüências de lesões de toda ordem sofrida pelo sistema nervoso, passado algum tempo, a capacidade funcional das partes que o choque afetou reaparece por si mesma. |
Claustrofobia |
Medo de lugares fechados, geralmente encontrado em pacientes com neurose de angústia. |
Cleptomania |
Mania de roubar; compulsão para o roubo de objetos que não tem uso próprio; doença mental que leva o indivíduo a roubar; insucesso repetido em resistir a impulsos de furtar objetos que não são adquiridos para uso pessoal ou para ganho pecuniário, ao invés disso os objetos poderão ser descartados, doados ou colecionados. O comportamento geralmente é acompanhado por uma sensação de tensão crescente antes do ato, e uma sensação de satisfação durante e imediatamente depois do ato. |
Clônicos |
Os músculos contraem e relaxam alternadamente. |
Coma |
Estado de perda completa da consciência, da sensibilidade e da mobilidade. O estado de coma é classicamente definido como a síndrome de perda completa ou parcial da consciência, da motricidade voluntária e da sensibilidade, com preservação das funções vegetativas. A perda da consciência constitui o elemento básico para a conceituação do estado de coma, podendo os distúrbios de motricidade e de sensibilidade decorrerem exclusivamente dessa alteração funcional. A intensidade do comprometimento da consciência é variável, desde a obnubilação até o coma, passando ou não pelo estado de torpor. |
Complexo de castração |
Medo exagerado de ser ameaçado com a castração ou privação dos órgãos sexuais, acompanhado de ansiedade doentia em relação à atividade sexual. |
Complexo de Édipo |
Fixação inconsciente e obsessiva de um filho pela mãe geralmente acompanhado de ciúme pelo pai, podendo resultar em sentimentos de culpa e conflitos emocionais que podem levar a um problema psíquico; termo usado para descrever a ligação emocional entre uma criança do sexo masculino e sua mãe e os sentimentos ambivalentes dirigidos ao pai. O menino teme a retaliação e possível perda do pênis (medo da castração) e tem desejos de matar o pai. |
Complexo de Electra |
Termo usado para descrever os desejos de uma menina pelo pênis de seu pai e esperanças de tomar o lugar da mãe, a quem ela culpa por não possuir um pênis. |
Comportamento infantil |
Modo de se conduzir igual ao da infância, como linguagem infantil, urinar ou evacuar na roupa ou fralda. |
Compulsão |
O indivíduo sente uma necessidade intensa de praticar o ato. A compulsão é o equivalente motor e comportamental da obsessão. |
Condensação |
O processo de reduzir várias idéias a um símbolo. |
Confusão |
Perda de controle voluntário sobre as faculdades intelectuais; o sujeito não recorda o que percebe e é incapaz desintegrar no pensamento; perde a clareza das idéias. |
Confusão
mental |
Estado de turvação de
consciência associado a doença cerebral orgânica
aguda ou crônica. |
Convulsão |
É a contração muscular
involuntária, ou uma série de contrações, resultante de um estímulo cerebral
anormal. |
Convulsões
dissociativas |
Transtorno convulsivo dissociativo que pode simular exatamente um ataque
epiléptico em termos de movimentos, mas no qual são raros os sintomas de
mordedura de língua, ferimentos por queda e de incontinência urinária. |
Coprolalia |
É a compulsão em proferir palavras obscenas. |
Copropraxia |
Gestos obscenos e uma forma
de ecopraxia que ocorrem no transtorno de tiques
vocais e motores múltiplos. |
Coréia |
Movimentos involuntários, sem propósito, em contração e
rápidos dos membros ou músculos faciais, incluindo a careta facial. |
Craniectomia |
É a ressecção de uma porção
do crânio. |
Cranioplastia |
É a correção de um defeito
craniano. |
Craniotomia |
É a abertura cirúrgica do
crânio para remover um tumor, aliviar a pressão intracraniana, retirar um
coágulo sanguíneo ou parar uma hemorragia. |
Decomposição de palavras |
Só são faladas palavras ou expressões. |
Defeito |
Deterioração irreversível
de qualquer função psicológica particular do desenvolvimento geral das
capacidades mentais, ou dos padrões característicos do pensamento, afeto e
comportamento que constituem a personalidade do indivíduo. Um defeito em
qualquer uma destas áreas pode ser inato ou adquirido. |
Deficiência |
No contexto psiquiátrico é
qualquer perda ou anormalidade de uma estrutura ou função psicológica,
fisiológica ou anatômica.
|
Deficiência mental |
Retardamento mental, refere-se ao desenvolvimento mental inadequado, congênito ou manifesto nos primeiros anos da infância. Implica na dificuldade de compreensão e aprendizagem, e ocorre em vários graus. O funcionamento intelectual e a adaptação social podem mudar no decorrer do tempo, e podem melhorar em função da maturação e da resposta ao tratamento, à reabilitação e ao treinamento. |
Delírio |
Sensação de pavor, do mutável, sem que as alterações possam ser descritas; coisas corriqueiras recebem um significado especial; a mente produz idéias de conteúdo falso sem apoio a realidade e incapaz de ser modificada; uma crença falsa mantida apesar das evidências contrárias. |
Delírio de ciúme |
Convicção delirante de que o seu par partnerestá abandonando-o ou traindo-o. |
Delírio de dermatozoários |
Pequenos animais, como mosquitos, ratos, baratas são sentidas sobre a pele. |
Delírio de grandeza |
Supraestimação própria delirante que pode ir até a própria superação; crença mórbida na própria importância, grandiosidade ou superioridade, freqüentemente acompanhada por outras idéias delirantes. |
Delírio
de influência |
Convicção delirante que
algo de si está sendo substituído ou está sendo submetido à influência e controle
de alguma força estranha. |
Delírio hipocondríaco |
Convicção delirante de que está gravemente enfermo e que poderá evoluir para a morte. |
Delírio
de perseguição |
Crença
patológica de vitimização de um ou mais indivíduos
ou grupos. Ocorre nos transtornos paranóides, mais
comumente na esquizofrenia, mas também em alguns estados orgânicos ou
depressivos. |
Delírio
polimórfico |
Quadro
composto por delírios com numerosos conteúdos inconsistentes e
contraditórios. Caracteriza-se pela inconstância dos temas e mudança de forma
em breves unidades de tempo. |
Delírio
sensitivo de auto-referência |
Forma
específica de psicose paranóide não esquizofrênica
com idéias mórbidas de auto-referência, surgindo da base de uma
estrutura de personalidade introvertida sensitiva, com uma capacidade pobre
de desenvolver a liberação de afeto e tensão. |
Delirium |
Síndrome
orgânica cerebral aguda, de etiologia inespecífica, caracterizada por
perturbações da consciência, atenção, percepção, orientação, pensamento,
memória, comportamento psicomotor, emoções e ciclo sono-vigília. O estado de delirium é transitório e de intensidade flutuante.
Sinonímia: Estado confusional orgânico agudo. |
Delirium tremens |
Síndrome
de abstinência com delirium; um estado psicótico agudo que ocorre durante a
fase de abstinência em indivíduos dependentes de álcool e caracterizado por
confusão, desorientação, ideação paranóide,
delírios, ilusões, alucinações (tipicamente visuais ou táteis, menos
comumente auditivas, olfatórias ou vestibulares), inquietação, distração,
tremores (algumas vezes grosseiros), sudorese, taquicardia e hipertensão. É
usualmente precedida por sinais de síndrome de abstinência simples. O início
do delírium tremens
ocorre usualmente 48h ou mais após a retirada ou a redução do consumo de
álcool, mas pode apresentar-se até 1 semana após
este período. |
Demência |
Perda irreversível das funções psíquicas; perda da condição de integração social por dificuldades relacionadas às funções cerebrais tais como a memória, a crítica e o julgamento, influenciando também nas funções físicas. |
Demência
vascular |
Demência
resultante de infarto cerebral devido à doença vascular, inclusive a doença
hipertensiva vascular cerebral. A demência pode suceder-se a crises
isquêmicas passageiras, a uma sucessão de acidentes vasculares cerebrais
agudos ou, menos comumente, a um único e grave ataque apoplético. |
Depressão |
É um contínuo sentimento de tristeza acompanhado muitas vezes do sentimento de inferioridade; o indivíduo fica apático, perde o interesse pelas coisas em geral, quer ficar sozinho, não tem vontade de fazer nada, nem de ir para lugar algum; é uma estado patológico em que se produz uma diminuição geral de toda a atividade psíquica; sentimento caracterizado pela sensação de tristeza, rejeição e pessimismo. |
Depressão
puerperal ou Depressão pós-parto |
Perturbação
afetiva, usualmente transitória, que se segue a um parto, e que tem início no
período puerperal (aproximadamente até 45 dias após o parto). As
características clínicas variam de um breve rebaixamento do humor até uma
depressão grave com ansiedade e apreensão, sentimentos de indiferença ou
hostilidade para com o bebê e o pai deste, e também alterações do sono. |
Desagregação do pensamento |
Dificuldade para desenvolver o pensamento; discurso constituído de frases corretas, mas sem compreensão; perda da coerência lógica do pensamento ex: o indivíduo começa um assunto, depois entra no meio do assunto com outro totalmente diferente. |
Desagregado |
Pensamento e expressão com perda parcial da relação de sentido. |
Desconhecimentos ilusórios |
Percepções reais não são reconhecidas ou corretamente avaliadas. |
Desinibição |
Deficiência de autocontrole ao falar ou gesticular, caracterizável como conduta inadequada; estado de liberação das funções inibitórias em geral exercidas pelo córtex cerebral. A desibinição pode resultar tanto de lesões orgânicas cerebrais como da administração de uma droga psicótica.. |
Desintoxicação |
Processo pelo qual um
indivíduo é afastado dos efeitos de uma substância psicoativa. |
Desmaio |
Perda súbita da consciência com uma sensação prévia de desfalecimento; um sentimento desagradável antes da inconsciência. |
Desorientação |
Obscurecimento das esferas
temporal, topográfica ou pessoal da consciência, associado a várias formas de
síndromes cerebrais orgânicas ou, menos comumente, com síndromes dissociativas. |
Desorientação orgânica |
Dificuldade ou impossibilidade de se situar corretamente quanto à data, local e hora. |
Despersonalização |
Sentimento de estranheza e de irrealidade de uma pessoa em relação a si mesma e ao que a rodeia; o sujeito não reconhece a sua própria identidade; estado de perturbação da consciência no qual a pessoa percebe a si mesma como irreal, distante ou artificial. |
Desrealização |
Experiência subjetiva de alienação semelhante à
despersonalização, mas que envolve o mundo externo ao invés das experiências
próprias do indivíduo e sua personalidade. |
Desvio |
Em geral, forma de comportamento que se afasta
significativamente daquilo que é considerado como normal em uma dada cultura. |
Deterioração esquizofrênica |
Redução da capacidade cognitiva adaptativa, da resposta
volitiva e afetiva, da motivação e das habilidades sociais, que ocorrem em
uma parte das doenças esquizofrênicas, após o início da doença, por períodos
variáveis. Este processo normalmente resulta em um defeito ou em um estado
terminal, mas nem sempre é irreversível. |
Diplopia |
Visão dupla ou consciência de duas imagens do mesmo objeto ocorrendo em um ou ambos os olhos. |
Dipsomania |
É o hábito de ingerir bebidas alcoólicas; forma de uso excessivo de álcool caracterizado por uso episódico, porém descontrolado. |
Disartria |
Dificuldade de articulação das palavras; dificuldade de dicção ou pronúncia; transtorno da articulação da fala que interessa o componente motor da expressão verbal, que pode ser causado por lesões dos neurônios motores superiores ou inferiores, das vias extrapiramidais ou cerebelares ou dos músculos da fala. |
Discauculia |
Dificuldade de fazer cálculos matemáticos. |
Discinésia |
Termo geral que cobre várias formas de movimentos anormais que incluem tremor, tique, balismo, torção espasmódica, atetose, distonia e mioclono; aumento dos movimentos involuntários. |
Discinesia
tardia |
Síndrome
neurológica que em geral aparece após um longo período de tratamento com neurolépticos, e que se manifesta
por movimentos involuntários anormais, lentos e irregulares da língua,
lábios, boca e tronco, e também por movimentos coreoatetóides
das extremidades.
|
Discrasia |
Estado anormal. |
Disfagia |
Dificuldade em deglutir ou engolir. |
Disfasia |
Déficit ou perda da fala; distúrbio da fala; forma parcial ou incompleta de afasia. |
Disfemia |
São as alterações do ritmo
da fala, também conhecida popularmente como gagueira. |
Disfonia |
São as alterações da
qualidade sonora da voz. Há uma alteração do timbre vocal, e na maioria dos
casos, a voz se apresenta rouca. |
Disforia |
Desânimo exageradamente elevado, descontentamento exagerado. |
Disglossia |
Designa as dificuldades da pronúncia causadas por
alterações na estrutura anatômica dos órgãos articuladores. São as
alterações encontradas nos casos de lábio leporino e fenda palatina. |
Dislalia |
Termo impreciso para a má articulação dos sons da fala que
resulta num discurso anormal, por comparação ao de outras pessoas da mesma
cultura ou da mesma faixa etária. |
Dislexia |
É uma dificuldade no aprendizado da escrita e da leitura
acompanhada de alterações psicomotoras, de desorganização espacial e temporal
e de dificuldades na pronúncia dos sons sonoros (B-D-G-J-V-Z),
substituindo-os pelos respectivos surdos (P-T-Q-X-F-S). |
Dismnésia |
Perturbação de memória; a expressão síndrome dismnésica é empregada algumas vezes
como sinônimo da síndrome de Korsakov não alcoólica. |
Disnomia |
Dificuldade
na seleção apropriada das palavras, particularmente de nomes. |
Dispraxia |
Forma parcial ou incompleta de apraxia. |
Dissociação |
Alteração temporária da consciência não devido à doença
mental orgânica. Suas manifestações clínicas podem incluir conversão, fuga,
desorientação, amnésia e pseudoconvulsões. |
Distimia |
Transtorno caracterizado por uma depressão crônica do
humor, que dura pelo menos vários anos, e que não é
suficientemente grave nem tem episódios de duração suficiente para
caracterizar um transtorno depressivo recorrente. |
Distonia |
Distúrbios do tônus muscular; contrações musculares sustentadas causando freqüentemente contorções e movimentos repetitivos ou posturas anormais. |
Distorção |
Alteração de fatos,
percepções, idéias ou impulsos de forma que eles não correspondem às
interpretações ou percepções comumente aceitas. A distorção pode ser
consciente ou inconsciente, ou pode ser uma combinação de ambas. Geralmente a
distorção não implica nem um erro interpretativo psicótico nem uma percepção
delirante. |
Distúrbios esquizofrênico do raciocínio |
Interrupções do pensamento; espaços vazios no pensamento; respostas sem sentido; bloqueio do pensamento; excesso de raciocínio na memória. |
Doença
maníaco-depressiva |
Termo empregado por
primeira vez por Kreapelin (1856-1926) na sexta
edição do seu livro (1899) para descrever o conceito nosológico
que integra os conceitos prévios de doença cíclica, mania periódica e
melancolia periódica. |
Eco
do pensamento |
Experiência de que os
próprios pensamentos são repetidos dentro da cabeça da pessoa. O intervalo
que decorre entre o pensamento original e o seu eco é usualmente de uns
poucos segundos. O pensamento repetido, embora idêntico no seu conteúdo, pode
ser sentido como ligeiramente alterado em termos de qualidade. |
Ecolalia |
Repetição mecânica de termos que acabam de serem ouvidos; é involuntário e sem sentido; ou a repetição da fala de outra pessoa. |
Ecopraxia gestual |
Também chamada de ecocinese ou ecomimia. Imitação patológica de movimentos ou gestos de outros. Usualmente é de natureza semi-automática, não estando sujeita a um controle voluntário total; é a repetição de movimentos e gestos vistos em outra pessoa. |
Egodistônico |
Refere-se a qualquer coisa que o indivíduo não aceita como
parte de si ou a impulsos, desejos, pensamentos, sentimentos e emoções
próprios que são tidos como repugnantes ou rejeitados por ele. |
Elação |
Um alto grau de confiança, histórias exageradas, otimismo sem crítica e alegria, acompanhados de atividade motora aumentada. |
Eletrochoque |
Método terapêutico em que se provocam convulsões por meio de corrente elétrica, ainda é usado no tratamento de certas doenças mentais. |
Eletroencefalograma EEG |
exame que registra o gráfico das
diferenças de potencial entre duas regiões do couro cabeludo, ou entre uma
região e um eletrodo indiferente. |
Embotamento |
Perda da capacidade afetiva. |
Emergência psiquiátrica |
É um distúrbio súbito e grave do comportamento, do
sentimento, ou do pensamento que torna o paciente incapaz de dirigir sua vida
e controlar suas relações com outras pessoas. |
Epífora |
Fluxo abundante de lágrimas. |
Escotoma |
Um defeito na visão em uma área específica de um ou ambos
os olhos. |
Espasticidade |
Enrijecimento dos membros. Hipertonicidade muscular com resistência aumentada para estirar, freqüentemente associada a fraqueza, reflexos tendinosos profundos exacerbados e reflexos superficiais diminuídos. |
Espondilose |
Artrite degenerativa ou osteoartrite
das vértebras cervicais ou lombares que resulta em rigidez da articulação
vertebral. |
Esquizofrenia |
Dissociação absoluta do indivíduo diante da realidade física, não designa exatamente uma personalidade dualista; transtorno caracterizado em geral por distorções fundamentais e características do pensamento e da percepção e por afeto inadequado ou embotado. A consciência clara e a capacidade intelectual estão usualmente mantidas, embora certos déficits cognitivos possam surgir no curso de tempo. A perturbação envolve as funções mais básicas que dão à pessoa normal um senso de individualidade. Os fenômenos psicopatológicos mais importantes incluem eco do pensamento, inserção ou roubo do pensamento, difusão do pensamento, percepção delirante e delírio de controle, influência ou passividade, vozes alucinatórias comentando ou discutindo com o paciente na terceira pessoa, alterações do curso do pensamento, catatonia ou sintomas negativos. |
Esquizofrenia catatônica |
Manifesta-se com uma ruptura completa da mente do indivíduo com a realidade do cotidiano; transtorno esquizofrênico dominado por proeminentes perturbações psicomotoras que podem alternar-se entre extremos de hipercinesia e estupor ou obediência automática e negativismo. Atitudes e posturas forçadas podem ser mantidas por longos períodos. |
Esquizofrenia paranóica |
Caracteriza-se por um delírio, geralmente de perseguição ou grandeza. O indivíduo tem normalmente uma inteligência brilhante e coerente e só manifesta sua doença nas zonas de comportamento diretamente afetadas por seu delírio. |
Esquizofrenia
paranóide |
Transtorno esquizofrênico
dominado por delírios paranóides
relativamente estáveis usualmente acompanhados por alucinações,
particularmente da variedade auditiva, e outras alterações da sensopercepção. |
Estado
crepuscular |
Estado de consciência
perturbado, no qual um comportamento complexo e irracional pode ocorrer sem
nenhuma recordação posterior. Os estados crepusculares podem ocorrer
associados com despertar do sono, epilepsia, intoxicação alcoólica e delirium. |
Estado
oniróide |
Estado no qual surgem
fenômenos de despersonalização / desrealização contra um fundo de leve
turvação da consciência. |
Estereotipia |
Realização sempre dos mesmos movimentos; atividade motora ou fala repetitiva persistente. |
Estupor |
Inibição motora em que o contato com o meio ambiente é apenas parcial ou mesmo ausente; o indivíduo fica imóvel e totalmente calado; do ponto de vista neurológico considera-se um estado prévio do coma, podendo ter uma origem psíquica ou orgânica. |
Estupor
dissociativo |
Profunda diminuição
ou ausência de movimentos voluntários e da capacidade de resposta aos
estímulos externos, tais como luz, ruído ou toques na ausência de quaisquer
indícios de uma causa física. Além disso, há evidência positivas de uma
etiologia psicogênica, sob a forma de eventos ou problemas estressantes
recentes. |
Euforia |
Ânimo exageradamente elevado e contentamento exagerado; é um estado mental caracterizado por sentimento de bem-estar e otimismo; sentimento excessivo de bem-estar físico e emocional inadequado aos estímulos reais do ambiente. |
Exaltação |
Estado afetivo de alegria, o qual quando intensificado e
sem conexão com as circunstâncias, é um sintoma dominante da mania e da hipomania. |
Exibicionismo |
Transtorno da preferência sexual (parafilia)
consistindo numa tendência recorrente ou persistente a expor a genitália a
estranhos (usualmento do sexo oposto) ou a pessoas
em lugares públicos, sem convite ou pretensão de contato mais íntimo. Há em
geral, mas não invariavelmente, excitação sexual quando da exposição e o ato
comumente seguido de masturbação. |
Extâse |
Sentimento irresistível de alegria e arrebatamento. |
Exultação |
Uma reação afetiva que ultrapassa a elação, e é acompanhada por sentimento de grandeza. |
Fabulação |
Transtorno de memória que ocorre sem alteração de
consciência, caracterizado por falsos relatos de eventos passados ou
experiências pessoais com tendência a grandiosidade. As memórias falseadas
são usualmente esquecidas e precisam ser evocadas. |
Facies |
Semblante; expressão do rosto. |
Fadiga |
Corresponde ao enfraquecimento da função por uma ação prolongada que afeta o sistema nervoso. |
Fetichismo |
Transtorno da preferência sexual consistindo na dependência de alguns objetos inanimados como um estímulo para excitação e satisfação sexuais; O indivíduo sente prazer sexual ou se excita pegando ou vendo peças íntimas, objetos e partes do corpo de outra pessoa. |
Fixação de idéia |
Pensamento fixo, as idéias de tornam repetidas, outras idéias são inteiramente afastadas |
Fobias |
Medo excessivo; aversão mórbida e infundada. |
Folie
à Deux |
Idéias delirantes
partilhadas por pessoas com relacionamento próximo; a pessoa dominante
freqüentemente manifesta o delírio em primeiro lugar, enquanto que a pessoa
dependente o manifesta posteriormente. |
Fonofobia |
Aversão ao barulho. |
Fuga de idéias |
Evolução de idéias, mas que se desviam freqüentemente da idéia básica; o indivíduo interrompe a todo o instante sem motivo aparente a marcha do pensamento, começando a dizer ou fazer alguma coisa, depois fala outra coisa ou faz algo diferente, sem fixar-se num objetivo, sempre ocupados com uma quantidade grande de idéias; não consegue terminar o que fazia ou dizia do pensamento inicial; conversação rápida com desvio de tópicos sem conexão lógica. |
Fúria |
Raiva incontrolável. |
Geriatria |
Estudo das doenças da velhice. |
Glossolalia |
Linguagem incoerente na qual se utilizam formas sintáticas anormais e palavras inventadas. |
Hemianopia homônima |
Visão defeituosa em metade do campo visual. |
Hemiparesia |
Diminuição da força muscular em um dimídio corporal; paralisia muscular unilateral, completa ou parcial, associada à lesão cerebral contralateral. |
Hemiplegia |
Paralisia de um dimídio corporal; paralisia de um lado do corpo. |
Hiperacusia |
Audição sensível Em algumas
síndromes e transtorno a hiperacusia pode causar
irritabilidade no paciente, e em alguns casos particulares, também pode
desencadear uma agressividade. |
Hipercinesia |
Movimentos excessivos, destrutivos ou atividade de ataque. |
Hiperfagia
psicogênica
|
O comer excessivo como uma
reação a eventos estressantes tais como luto, acidentes, parto, que pode ser
associado a outras perturbações psicológicas. |
Hipersonia
não orgânica
|
Transtorno não orgânico do
sono que consiste em sonolência diurna excessiva e ataques de sono (não
justificáveis por uma quantidade inadequada de sono) ou em um período
prolongado de transição entre o sono e a vigília completa, após o despertar.
Em contraste com a hipersonia orgânica, esta
condição está habitualmente associada a certos transtornos mentais. |
Hipervigilância |
Estado de alerta excessivo
que se manifesta através de um perscrutar constante do ambiente para a
detecção de sinais de perigo. É observada mais freqüentemente em indivíduos
com uma estrutura paranóide de personalidade, em
reações protraídas ao stress, em crianças que estiveram sujeitas a
abusos ou negligência parental e em algumas formas de utilização de
substâncias psicoativas.
|
Hipnose |
Estado de transe, superficialmente semelhante ao sono, induzido por sugestões de relaxamento e atenção concentrada num único objeto, durante o qual o indivíduo se torna sugestionável e reativo à influência do hipnotizador e pode recordar acontecimentos esquecidos e obter alívio de sintomas psicológicos. |
Hipocondria |
Preocupação mórbida com a saúde e sentimento de doença sem qualquer fundamento médico real. |
Hipoestesia |
Diminuição da sensibilidade. |
Hipomania |
Transtorno caracterizado
por uma elevação leve, porém persistente do humor, aumento da vitalidade e da
atividade e, habitualmente uma notável sensação de bem-estar e de eficiência
física e mental. Os transtornos do humor e do comportamento não se fazem
acompanhar nem por delírios nem por alucinações. |
Hipomimia |
Expressão facial sem emoção. |
Histeria |
Estado psíquico de extremo distúrbio e emotividade. |
Histeria de conversão |
Distúrbio mental em que um problema emocional é convertido em doença física. |
Id |
A parte inconsciente da personalidade humana. |
Idéias delirantes |
São representações falsas que surgem de tendências internas delirantes. |
Idiotia |
Termo psiquiátrico que define a forma mais pronunciada de deficiência mental, QI abaixo de 25 e a idade mental nunca passa de 2 anos. |
Ilusão |
Percepção real alterada; interpretação errônea de um estímulo real, existente, externo por qualquer um dos sentidos. |
Ilusão cenestésicas |
Distorções de sensações corporais, experimentadas como queimor, sussurros, sensações semelhantes a borboletas em
movimento, bola subindo à garganta, choque elétricos
irradiando por todo o corpo (sinal de Lhermitte).
As ilusões somatossensoriais são freqüentes numa
variedade de transtornos neurológicos e psiquiátricos. |
Imbecibilidade |
Termo psiquiátrico que define a deficiência mental que fica imediatamente acima da idiotia, QI entre 25 e 50 e a idade mental entre 2 e 7 anos |
Impulsividade |
Explosões de atividades que são imprevisíveis e súbitas. |
Inatenção |
Alteração da atenção; dificuldade para concentrar a atenção. |
Incapacidade |
No contexto psiquiátrico, a
incapacidade designa um certo grau de disfunção ou
inadequação no desempenho de quaisquer papéis sociais ou funções específicos
normalmente esperados de acordo com a posição, sexo,e idade de um indivíduo. |
Incoerência |
Episódios de raciocínio que não se relacionam inteiramente. |
Incontinência afetiva |
Estados de ânimo que se alteram anormal e rapidamente, nos quais as expressões sentimentais como riso e choro não podem ser controlados ou dirigidos. |
Inibição do pensamento |
Pensamento é lento acompanhado de verbalização em um tom baixo; não inicia ocupação alguma, custa a proferir uma palavra ou frase, pensa com grande esforço quando tem que responder a uma pergunta e nada lhe ocorre. |
Insanidade |
Termo genérico que designa incapacidade mental e social de um indivíduo. |
Insônia não orgânica |
Qualidade e/ ou quantidade insatisfatórias do sono que persistem por um período considerável de tempo. Inclui dificuldade em conciliar o sono, dificuldade em manter o sono e despertar precoce. |
Integração |
Em ciências sociais, uma
forma de aculturação na qual um indivíduo é capaz de manter a própria
identidade cultural concomitante à manutenção de relações positivas e
produtivas com uma cultura adjacente ou dominante. Em psiquiatria
psicodinâmica, o termo se refere à internalização
de uma nova imagem, papel ou persona
articulados com outros elementos da própria personalidade ou história de
vida. |
Irritabilidade |
Sentimento caracterizado por impaciência, aborrecimento e ira. |
Labilidade afetiva |
Transtorno da afetividade em que o estado de ânimo se altera rapidamente, nos quais as expressões sentimentais como riso e choro não podem ser controlados ou dirigidos, sendo que essas mudanças não têm relação com estímulos externos; é uma das características de estados demenciais. |
Lambadacismo |
Transtorno da fala que consiste na repetição freqüente da
letra L, ou sua substituição pelo R. |
Letargia |
Sonolência. |
Libido |
Na teoria psicanalítica, uma forma de energia sexual com
que são investidos os processos, impulsos e representações mentais dos
objetos. |
Lipotimia |
Perda transitória dos sentidos; desmaio. |
Logoclonias |
Repetição múltipla do início das palavras. |
Logorréia |
Excesso de fala; fala incessantemente ou muito baixo, ou como se fosse um murmúrio, fala muito alto quase gritando, ou fala para si mesmo; produção verbal anormal intensa e acelerada, freqüentemente associada à fuga de idéias e distraibilidade. |
Mania |
Transtorno no qual o humor
está exaltado em discordância com as circunstâncias em que o indivíduo se
encontra e que pode variar desde uma jovialidade despreocupada até uma
excitação quase incontrolável. A exaltação é acompanhada de aumento da
energia que resulta em hiperatividade, verborréia e diminuição das
necessidades do sono. |
Manierismos |
Esquisitices. |
Melancolia |
Termo popular que designa depressão. |
Melancolia involutiva |
É uma forma de depressão que ocorre em idades avançadas |
Mentiras patológicas |
Estórias do passado oriundas de fantasias terminam sendo criadas por seus inventores. |
Mixoscopia |
Forma de desvio sexual
relacionada ao ato de observar outros enquanto estes estão tomando
banho, lavando-se, despindo-se ou vestindo-se. Sinonímia: Voyeurismo. |
Movimentos coreiformes |
Movimentos involuntários parecidos as seqüências aleatórias ou desordenadas de fragmentos de movimentos propositais, que afetam tipicamente as extremidades superiores e inferiores e a face: os punhos se sacodem, os pododáctilos se contorcem, a língua se projeta, os lábios são contraídos ou contorcidos em um sorriso bizarro. Estes movimentos interferem com os movimentos voluntários, mas usualmente desaparecem durante o sono. |
Mutismo |
Ausência da fala com preservação dos órgãos da fonação; renúncia em falar; o sujeito não se expressa verbalmente; silêncio deliberado; nenhuma expressão de palavras ou incomunicabilidade em um período de tempo. |
Narcolepsia |
Consiste numa excessiva sonolência diurna; alterações do sono REM; transtorno paroxísmico, de base hereditária, caracterizado por uma tendência súbita e irresistível a dormir, geralmente por períodos curtos. |
Narcisismo |
Auto-estima e o amor a si próprio. |
Narcose |
É um entorpecimento provocado por drogas; estado patológico por efeito de drogas para sedação; sono estuporoso produzido por drogas. |
Necrofilia |
É o prazer sexual com cadáveres ou pessoas recém-mortas. |
Negação |
Recusa em admitir ou ser
capaz de conhecer uma verdade aparente. Em alguns casos de alterações
cerebrais, pode existir anosognosia, caracterizada
pela falta de consciência dos sintomas e incapacitação. Na teoria
psicanalítica, a negação exterioriza um mecanismo psicológico de defesa pelo
qual se nega uma dolorosa experiência ou um aspecto do self. |
Negativismo |
O paciente executa o contrário do que lhe é ordenado ou do que é esperado; é a resistência a sugestões feitas por outras pessoas com reação oposta a sugerida ou desejada. |
Neologismos |
Neoformação de termos; palavras inventadas; criação de palavras novas. |
Neurastenia |
É o estado nervoso caracterizado por fadigas intensas; falta de energia, irritabilidade; forma de neurose na qual a pessoa sente fadiga excessiva ao menor esforço físico. |
Neurite |
Significa doença dos nervos de caráter inflamatório. |
Neurolépticos |
Medicamentos que atuam nos sintomas psicóticos. |
Neuropatia |
Termo geral usado para denominar doença ou comprometimento dos nervos em geral. |
Neurose |
Conflitos existentes na origem projetam-se no inconsciente e não encontram uma solução racional; distúrbio psicológico e emocional; é um transtorno da personalidade que se manifesta com reações inconscientes anormais diante de determinadas situações. |
Neurose de angústia |
Tipo de distúrbio emocional caracterizado por ansiedade mórbida, as vezes são acompanhados por um pressentimento de iminente desgraça ou tragédia. |
Neurose compulsiva |
Tipo de neurose caracterizado por ações e pensamentos repetidos obsessivamente e que o paciente é incapaz de controlar e superar. |
Neurose fóbica |
É uma alteração mental que se manifesta com um medo desproporcional a certos objetos ou situações. |
Neurose obsessiva |
É uma alteração mental que se caracteriza pela insistência pertinaz num pensamento ou idéia. |
Ninfomania |
É uma insatisfação sexual da mulher a qual procura o prazer com mais de um homem. |
Nosofobia |
Medo mórbido de doenças. |
Obnubilação mental |
Redução das funções psíquicas como a percepção, atenção, orientação, raciocínio, capacidade de observação; dificuldade para formar e relacionar conceitos da realidade; incoerência das idéias. |
Obsessões |
Ações repetitivas sob impulso interno; obsessão de limpeza, de repetição, de controle; é a persistência patológica de uma idéia, emoção ou tendência irresistível; pensamento persistente, involuntário e recorrente. |
Oligofrenia |
É um estado patológico em que o indivíduo quer na vida prática, quer na vida intelectual é incapaz de resolver novas tarefas. |
Omissões |
No transtorno da linguagem
verbal, parte das palavras ou frases truncadas quando o indivíduo fala, lê ou
escreve. |
Palilalia |
Repetição se sons ou palavras. |
Paralisia |
Perda do poder motor
atribuível a um transtorno funcional ou orgânico do mecanismo neuromuscular
ou neural. |
Paralisia
cerebral |
Grupo de transtornos
cerebrais crônicos e não progressivos, presentes
já ao nascimento ou adquiridos, durante o período de desenvolvimento,
caracterizados por alterações bilaterais da motricidade. |
Paramimia |
Manifestações que não se adaptam á situação. |
Paramnésia |
É constituída por falsas recordações. |
Paranóia |
É um delírio sistematizado, lógico, com base falsa; distúrbio mental caracterizado por delírio persecutório; o paciente distorce até o menor incidente tentando provar a verdade de suas ilusões. |
Paranóide |
Um termo descritivo que
designa idéias dominantes mórbidas ou delírios de
auto-referência relativas a um ou mais temas, sendo os mais comuns:
perseguição, amor, ódio, inveja, honra, litígio, grandeza ou sobrenatural. |
Paraplegia |
Perda de movimento e sensibilidade nos membros inferiores. |
Paratimia |
Sentimentos que não se adaptam à situação. |
Paresia |
Paralisia leve. |
Parestesia |
Sensações cutâneas anormais de anestesia, formigamento ou queimação. |
Pensamento
elíptico |
Relativo a uma vocalização
na qual faltam uma ou mais partes principais, o que a torna incompreensível
para quem ouve. |
Perseveração |
Repetição constante das mesmas palavras e temas; fixação de elementos psíquicos que sempre aparecem após breves pausas. |
Pica |
Insistência em comer
substâncias não nutritivas (terra, lascas de madeira pintadas, etc). Isto pode ocorrer como um dos vários sintomas que
fazem parte dos transtornos psiquiátricos conhecidos (como
o autismo) ou relativamente isolado como um fenômeno psicopatológico.
É mais comum em crianças com deficiência mental. A pica deve ser
diferenciada da voracidade bulímica que às vezes,
ocorre no autismo infantil, na esquizofrenia e em alterações cerebrais como a
demência. |
Prolixidade |
Insistência em citar detalhes, com que o mais importante da narração essencial ocupa lugar secundário. |
Psicanálise |
Método para descobrir as causas das doenças nervosas. |
Psicologia |
Ramo da biologia que estuda todos os aspectos do comportamento e da consciência. |
Psicose |
É o distúrbio da personalidade que leva a quebra com a realidade; comportamento inadequado e estranho não relacionado com as circunstâncias do mundo real e quase sempre fora do controle do paciente; distúrbio mental mais grave no qual há um certo grau de desorganização da personalidade; o indivíduo perde a noção da realidade e seu comportamento se desorganiza passando a gravitar em torno de situações imaginárias. |
Psicose
ciclóide |
Transtorno
psicótico agudo caracterizado por um episódio relativamente curto (2 a 4 semanas) de excitação ou de inibição psicomotora, ou de
ambos estados se sucedendo rapidamente. Desorganização emocional, confusão e delírios transitórios freqüentemente
acompanham o quadro.
|
Psicose maniaco -depressivo |
Distúrbio mental caracterizado por alternância de fases de comportamento entre a euforia excessiva ou a depressão profunda |
Psicose
puerperal |
Qualquer forma de estado
psicótico que ocorre durante o puerpério. |
Psicosíndrome cerebral focal |
Redução adquirida da inteligência. |
Psicosíndrome orgânica |
Alterações da memória, alterações da orientação, pobreza de raciocínio, perseveração, labilidade afetiva, incontinência afetiva |
Psicoterapia |
Forma de tratamento psiquiátrico que ajuda as pessoas a enfrentar seus problemas emocionais e mentais, pode ser individual ou em grupo; tratamento por meio psicológico. |
Psicoterapia de casal |
Os dois parceiros são atendidos ao mesmo tempo e o
processo é focado mais nos problemas do relacionamento do que nos conflitos
pessoais de cada um. |
Psicoterapia familiar |
Todos os membros da família são atendidos juntos. A partir
da observação de como interagem entre si, o terapeuta esclarece as
dificuldades que estão prejudicando as relações. Esta terapia visa melhorar a
comunicação entre todos, diminuir os conflitos,
definir mais claramente o papel de cada um e melhorar a qualidade afetiva. |
Psicoterapia de grupo |
Formado por seis a dez pessoas, o grupo se reúne semanalmente,
por cerca de uma hora e meia. Um ou mais participantes falam sobre seus
conflitos e os outros dão opiniões, sob a coordenação do terapeuta. |
Psicoterapia cognitiva |
Esta modalidade se baseia no princípio de que os problemas
emocionais são causados por padrões de pensamento distorcidos que o paciente
tem a respeito de si mesmo, dos outros e da realidade à sua volta. Por meio
de técnicas verbais ensinadas pelo terapeuta, ele aprende a identificar e
modificar esses pensamentos. É especialmente indicada para casos de fobias,
transtorno de pânico, anorexia, bulimia e, em combinação com medicamentos,
depressão e esquizofrenia. |
Psicoterapia
cognitivo-comportamental |
Também chamada de terapia de exposição, é indicada para
casos de fobias, transtornos de pânico e transtorno obsessivo compulsivo.
Orientado pelo especialista, o paciente se expõe gradualmente às situações
temidas. Essa exposição repetida , aliada a técnicas
de controle da respiração e de relaxamento muscular, faz com que o medo e a ansiedade
desapareçam. |
Psiquiatria |
Ramo da medicina que se dedica ao estudo e ao tratamento das doenças da mente humana, dos distúrbios do comportamento e das emoções. |
QI - Quociente de Inteligência |
É um número derivado da relação entre a idade mental obtida por testes de inteligência e a idade verdadeira do indivíduo.A inteligência média está entre 90 e 110, na escala do QI. A deficiência mental fica abaixo desse nível. |
Quebras afetivas |
Sentimentos de medo ou felicidade, de intensidade exagerada, sem motivo especial. |
Raciocínio acelerado |
Evolução de idéia rapidamente com interrupções |
Reação
aguda ao stress associada ao HIV |
Expressões de
desespero, raiva, culpa, retraimento e medo e o desenvolvimento de sintomas somáticos
que o indivíduo considera como sinal de evidência de deterioração física
devido à infecção por HIV . Estas reações são
particularmente freqüentes e ocorrem imediatamente após a tomada de
conhecimento da soropositividade e
simultaneamente com as alterações do estado clínico do doente. |
Reação
de luto |
Resposta da pessoa enlutada
à perda; progride classicamente de uma fase inicial de choque e
perplexidade, passando por uma preocupação excessiva com a pessoa falecida,
até um período de resolução gradual. São comuns desvios desta
seqüência, e padrões mórbidos de luto podem constituir uma doença depressiva
manifesta. |
Reações psicogênicas |
Particularidades psíquicas, transitórias e de curta duração que se relacionam com desajustamentos situacionais. |
Redução da impulsão |
Redução geral da atividade dirigida. |
Retardamento psicomotor |
Atividade diminuída, lentificada. |
Rinolalia |
É a voz anasalada
em que o fenômeno da ressonância se faz indevidamente nas cavidades nasais. |
Sadomasoquismo |
Transtorno da preferência
sexual (parafilia) no qual a atividade sexual
preferida envolve a inflição de dor, humilhação ou
servidão. Se o indivíduo prefere ser o objeto de tal estimulação, é chamado
masoquismo, se é o executor, sadismo. Freqüentemente o indivíduo obtém
excitação sexual de ambas as atividades, sádicas e masoquistas. |
Sedativos |
São medicamentos
controlados que atuam como depressores do sistema nervoso central, são administrados para aliviar a ansiedade e induzir o
sono. A dose varia com o estado fisiológico e psicológico do paciente. São
drogas que com o uso contínuo podem causar dependência química. Alguns
pacientes ficam viciados com a droga, e só se acalmam quando o medicamento é
administrado. |
Sinal de Babinski |
O Sinal de Babinski
é um sinal clínico neurológico de fácil constatação para detectar lesões
especificamente na porção piramidal do sistema de controle motor, pois não
ocorre quando a lesão é nas partes extrapiramidais do sistema de controle
motor. O sinal é demonstrado quando um firme estímulo tátil é aplicado
à sola lateral do pé. O hálux se estende para cima,
e os outros dedos se afastam entre si. |
Sincinesias |
Movimentos involuntários |
Síncope |
Perda súbita e passageira da consciência geralmente causada por uma redução do fluxo sanguíneo, decorrente de uma hipotensão. |
Síndrome
de Asperger |
Transtorno de validade nosológica incerta que surge na infância, e é
caracterizado pelo mesmo tipo de anormalidade qualitativa da interação social
recíproca que caracteriza o autismo, junto com um repertório restrito,
estereotipado e repetitivo de interesses e atividades. Difere primariamente
do autismo pelo fato de que não existe um retardo geral na linguagem ou no
desenvolvimento cognitivo.
|
Síndrome
de Binswanger |
Forma rara de demência
pré-senil associada a hipertensão e lesões
isquêmicas profundas da substância branca dos hemisférios cerebrais, na
presença de um córtex intacto e de um aspecto de translucidez da substância
branca à Tomografia Computadorizada. Esta condição foi descrita por Binswanger em 1894. |
Síndrome
de dependência
|
Grupo de fenômenos
comportamentais, cognitivos, e fisiológicos que podem desenvolver-se após uso
repetido de uma substância. Esses fenômenos incluem tipicamente um
forte desejo de ingerir a droga, controle prejudicado sobre o seu uso, uso
persistente a despeito das conseqüências danosas, prioridade ao uso da droga
sobre outras atividades e obrigações, aumento da tolerância e reação física
de privação quando o uso da droga é interrompido. |
Síndrome
de Estocolmo
|
Identificação com o
agressor, por parte de suas vítimas, observada particularmente em indivíduos
seqüestrados. |
Síndrome da Fadiga Crônica
(SFC) |
Distúrbio que ocorre normalmente ,
em adultos jovens e principalmente em mulheres, caracterizado por fadiga
extrema, que prejudica as atividades normais por, no mínimo 6 meses, e
ausência de outras doenças conhecidas, que possam produzir sintomas
semelhantes. |
Síndrome
de Ganser |
Condição vista em pessoas
acusadas ou encarceradas, que se manifesta por sintomas de confusão e
dissociação. O exame do estado mental freqüentemente evidencia respostas
apenas aproximadas à questões referentes a
orientação, memória ou função cognitiva. |
Síndrome de Korsakov |
Notável perturbação da memória recente e remota, com
preservação da memória imediata e redução da capacidade de aprendizagem de
material inédito e desorientação temporal. A confabulação pode ser uma
característica acentuada, mas a percepção e outras funções cognitivas,
incluindo as intelectuais, estão intactas, em geral. Sinonímia: Síndrome
amnésica orgânica. |
Síndrome
de Landau-Kleffner |
Transtorno no qual a
criança que tem um desenvolvimento normal da linguagem, perde tanto as
habilidades de recepção como de expressões verbais, mas mantém a inteligência
intacta. O início do transtorno é acompanhado por alterações paroxísticas do
EEG e na maioria dos casos, também por convulsões. Usualmente começa entre os
3 e 7 anos, com a perda das habilidades ocorrendo
numa questão de dias ou semanas. A associação temporal entre o
estabelecimento da perda da linguagem e os ataques epilépticos é variável,
com um precedendo o outro (em qualquer ordem) de poucos meses até dois anos.
As características clínicas sugerem o envolvimento de um processo
inflamatório do cérebro, como etiologia. Cerca de dois terços dos pacientes
permanecem com um déficit receptivo da linguagem mais ou menos grave. |
Síndrome
de Lesch-Nyhan |
Um transtorno neuromuscular
grave com movimentos coreoatetóides involuntários,
vômitos periódicos, deficiência mental de leve a grave, automutilação
(mordedura dos lábios e pontas dos dedos) e uma artrite gotosa grave
associada a níveis elevados de ácido úrico. O metabolismo anormal da
purina deve-se a uma deficiência genética da enzima hipoxantinaguaninafosforribosiltransferase,
transmitida como um transtorno recessivo ligado ao cromossomo. |
Síndrome
de Rett |
Uma condição até então
relatada somente em meninas, na qual o desenvolvimento inicial, aparentemente
normal, é seguido por perda parcial ou total da fala e das habilidades de
locomoção e do uso das mãos, junto de uma desaceleração do crescimento do
crânio, usualmente com início entre os 7 e 24 meses
de idade. São características: perda dos movimentos propositais das mãos,
estereotipias de aperto de mãos e hiperventilação.
O desenvolvimento social e lúdico é interrompido, porém o interesse social
tende a ser mantido. Ataxia e apraxia do tronco
começam a se desenvolver na idade de 4 anos e são
seguidos freqüentemente por movimentos coreoatetóides.
A deficiência mental grave é o resultado invariável. |
Síndrome
de tensão pré-menstrual
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Grupo de sintomas físicos e
psíquicos múltiplos que, em combinações variáveis, ocorrem
caracteristicamente em mulheres na segunda fase do ciclo menstrual (fase luteal) e declina durante os primeiros 11-12 dias do
ciclo. Os sintomas mais comuns são: tensão, irritabilidade, depressão, dor
nos seios, retenção de líquidos e lombalgias. A relação entre a
perturbação mental e alterações hormonais nessa síndrome permanece
obscura. Sinonímia: Tensão pré-menstrual ( TPM
). |
Sonambulismo |
Estado de consciência
alterada no qual se combinam fenômenos do sono e da vigília. |
Sono
REM ou paradoxaloxal |
Períodos de sono, com
duração média de cinco minutos, que ocorrem em adultos, mais ou menos a cada
noventa minutos e durante o qual os movimentos oculares rápidos (REM) podem
ser registrados através de eletrooculografia.
Períodos de sono REM (ou paradoxal) são quase totalmente ocupados por sonhos
vívidos e acompanhados por uma variedade de mudanças fisiológicas na
freqüência cardíaca, na freqüência respiratória, no tônus muscular e no fluxo
sanguíneo cerebral.
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Taquifemia |
Aceleração da fala com
ruptura da fluência (porém sem repetições ou hesitações) a ponto de provocar
uma redução da inteligibilidade. A fala é errática e disrítmica,
com arrancos rápidos e abruptos que usualmente envolvem padrões defeituosos
de frases. |
Taquilalia |
Falar rápido. |
Tetraplegia |
Perda de movimentos e sensibilidades nos membros
inferiores e superiores. |
Tiques |
Movimentos rápidos automáticos, repetidos e involuntários. |
Tranquilizantes |
São drogas que atuam em todas as partes do cérebro,
principalmente nas regiões subcorticais, de maneira
a provocar relaxamento mental e calma emocional. Os
tranqüilizantes atuam em níveis subcorticais
diferentes, têm propriedades farmacológicas diferentes e graus variáveis de
utilidade clínicos. Os tranqüilizantes sintéticos causam secura da boca,
problemas visuais, constipação e taquicardia. |
Transtornos |
Emoções patogênicas. |
Transtorno
dissociativo |
Uma perda completa ou
parcial da integração normal entre lembranças do passado, auto-orientação, sensopercepção e controle dos movimentos corporais. Os
transtornos dissociativos tendem a desaparecer após
poucas semanas ou meses, particularmente se seu início estiver associado com
um evento de vida traumático. |
Transtorno
esquizóide da personalidade |
Caracterizado por retração
do contato afetivo, social e outros contatos, com preferência por fantasias,
atividades solitárias e introspecção, acompanhados por uma incapacidade para
expressar sentimentos e experimentar prazer. |
Transtorno
hipercinético |
Transtorno caracterizado
pelo início precoce (habitualmente nos primeiros 5
anos de vida) de falta de persistência em atividades que requerem o
envolvimento de processos cognitivos e tendência a mudar de uma atividade
para outra sem completar nenhuma delas, juntamente com um padrão geral de
atividades desorganizado, mal regulado e excessivo. É um tipo de transtorno
que pode acompanhar-se de várias outras alterações. |
Transtorno
do humor |
A perturbação fundamental é
um deslocamento do humor ou do afeto seja para o pólo da depressão (com ou
sem ansiedade associada) seja para o pólo da exaltação. |
Transtornos da linguagem |
Distúrbios na pronúncia de sílabas. |
Transtorno
obsessivo-compulsivo (TOC) |
Transtorno psiquiátrico descrito como uma condição crônica
e heterogênea caracterizada por cognições perturbadoras súbitas e
recorrentes, que invadem a consciência (obsessões) e ações governadas por padrões
que o indivíduo sente-se compelido a realizar (compulsões); pensamentos
obsessivos recorrentes ou atos compulsivos recorrentes. Pensamentos
obsessivos são idéias, imagens ou impulsos que entram repetidamente na mente
do indivíduo de forma estereotipada. |
Transtorno paranóide da personalidade |
Transtorno caracterizado por sensibilidade excessiva à
frustração, desconfiança, tendência a distorcer experiências através da
interpretação errônea de ações neutras ou amigáveis dos outros como hostis ou
desrespeitosas, e um senso combativo e tenaz de direitos pessoais. |
Transtorno da psicomotricidade |
Qualquer transtorno caracterizado por anomalias da
movimentação. Essas anomalias incluem acinesia e as
várias formas de discinesia. |
Tricotilomania |
Um dos transtornos de hábitos e impulsos, caracterizado
por perda visível de cabelos devido ao arrancar impulsivo de pelos, que não é
uma resposta nem a delírios nem a alucinações. O arrancar dos cabelos é
geralmente precedido por um aumento de tensão e, é seguido por uma sensação
de alívio ou gratificação. |
Tristeza patológica |
Transtorno da afetividade; diminuição da auto-estima; o sujeito se sente abatido e triste, sem interesse pela vida e pelos que o rodeiam acompanha sentimentos de culpa. |
Variações da impulsão |
Variações que com a quebra do controle voluntário e da vontade própria são dirigidas por forte afetação. |
Verbigeração |
Repetição mecânica persistente das mesmas palavras, expressões ou trechos de frases quase sempre em tom de discurso. |
Vertigem |
Caracteriza-se por uma sensação rotatória na qual a pessoa sente que as coisas estão girando a sua volta, podendo ser acompanhada de náusea e vômito. |
Zoopsia |
Uma forma de alucinação em
que o doente vê animais como insetos, cobras, cachorros. Acompanha usualmente
psicoses associadas a condições orgânicas agudas, tais como delirium tremens,
mas pode também ocorrer como parte de um transe religioso ou de uma visão. |