ISOLAMENTO


 

Definição

Para impedir a transmissão inter-humana dos germes causadores de infecções hospitalares torna-se necessário estabelecer isolamentos para os doentes infectados. Muitos hospitais não têm  infra-estrutura para tratar pacientes com doenças infecciosas, e atualmente muitos pacientes com doenças infecciosas e contagiosas, em muitos casos, convivem na mesma enfermaria muitas vezes separados apenas por biombos, e essas dificuldades de estrutura por parte do hospital, pode não só disseminar a infecção hospitalar como também outras doenças transmissíveis. 

Tipos de isolamento

Os hospitais que tratavam apenas de uma determinada patologia, por exemplo a tuberculose, foram substituídos por Hospital Geral que trata de várias patologias e várias doenças infecciosas e contagiosas na mesma estrutura , isso contribuiu muito para  a disseminação das infecções. Poucos são os Estados brasileiros que conseguem manter um Hospital específico para determinada doença, ou um Hospital só para doenças contagiosas. 

Isolamento total:  é o procedimento que separa pacientes com doenças contagiosas em acomodações isoladas, para que os microrganismos causadores da doenças contagiosas não saiam dos  quartos.  As seguintes medidas devem ser adotadas:

Doenças que requerem isolamento total: Candidíase (em berçário e para imunodeprimidos), Diferia, Eczema vaccinatum, Enterecolite estafilocócica, Pneumonia estreptocócica, queimaduras e feridas extensas infectadas por Staphlococus aureus e Streptococcus do grupo A, Raiva, Rubéola (Síndrome congênita), Varíola, Varicela-zoster e outras.

Isolamento respiratório:  visa proteger as pessoas e profissionais que necessitem entrar em contato com o paciente  que está com uma doença que pode ser transmitida pelas vias respiratórias altas. As seguintes medidas devem ser adotadas:

Doenças que requerem isolamento respiratório:  Caxumba, Citomegalovirose, Coqueluche, Influenza, Meningite meningocócica, Rubéola, Sarampo, Tuberculose pulmonar com escarro positivo ou suspeita e outras doenças.

Isolamento reverso: é um isolamento para proteger o paciente de agentes infectantes daqueles que potencialmente podem transmitir-lhes doenças infecciosas. Casos de imunodeprimidos, operados de grandes cirurgias, transplantados queimados etc. As seguintes medidas devem ser adotadas:

Doenças que requerem isolamento reverso: Agranulocitose (até a remissão), doenças imunodepressivas de uma maneira geral, certos pacientes recebendo terapia imunossupressiva (até o término da terapia), certos pacientes com linfoma e leucemia  (especialmente estágios finais da moléstia de Hodgkin e leucemia aguda), queimaduras e dermatites eczematosas, bolhosas ou vesiculares não-infectadas, extensas e graves (até a cura evidente da superfície da pele), recém-nascidos prematuros.

Isolamento funcional: é um tipo de isolamento que visa impedir  a passagem de microrganismos das pessoas contaminadas para as que ainda estão livres da presença de germes em seus organismos, mediante fixação de horário para atendimento a esses pacientes infectados.  Os funcionários que dão assistência médica e paramédica a doentes infectados, não devem fazê-lo a pacientes não contaminados, ou atenderão os doentes infectados no final do período de atendimento. 

 

Deve ser feita uma escala de serviço para atender a esses pacientes infectados.  A atuação sobre doentes infectados não deve preceder àquela realizada com os doentes não atingidos pelos microrganismos infectantes e assim as cirurgias, curativos, banhos e outros procedimentos dos infectados deverão ser executados ao final do período de atendimento. 


Dúvidas de termos técnicos, consulte o glossário específico de Infecção Hospitalar ou o glossário geral.