CERATOCONE


Definição

O Ceratocone é uma afecção distrófica que piora com o passar do tempo, geralmente atinge ambos os olhos. Caracteriza-se pelo fato de que a córnea perde sua forma esférica e assume a forma de cone.  A entrada da luz na retina é distorcida e o paciente se queixa de visão borrada. O Ceratocone pode provocar miopia e astigmatismo progressivos. É uma doença hereditária.

Incidência

·         O ceratocone atinge principalmente, indivíduos entre a primeira e a terceira década de  vida.

·         As estatísticas mundiais mostram que o problema afeta de 50 a 230 pessoas em cada cem mil.

·         Atinge mais freqüentemente as mulheres.

·         A gravidez agrava o ceratocone, dando um curso mais rápido à moléstia.

Causas

·         Fatores genéticos.

·         Tumores da tireóide ou da hipófise.

Doenças que podem atingir o olho

·         Toxoplasmose, Rubéola, Aids, Tuberculose, Herpes simples, Sífilis e outras doenças infecciosas atacam mais a retina e a coróide.

·         Reumatismo, Esclerose múltipla e outras doenças auto-imunes prejudicam a íris.

·         Diabetes, Hipertensão e anemia atingem os vasos da retina.

Grupo de risco

Indivíduos com Síndrome de Down têm uma maior propensão para desenvolver a doença.

Sinais e sintomas

A maioria se desenvolve quando o paciente tem entre doze e vinte anos. Os primeiros sintomas notam-se desde a adolescência:

Fase inicial: O doente queixa-se de ver muito pouco quando olha para longe. A diminuição progride com o passar do tempo. A diminuição da visão progride com o passar do tempo; em sua fase inicial, a doença pode ser confundida com uma miopia associada a astigmatismo, dificilmente corrigida com o uso de lentes.

Fase intermediária: Após alguns anos, os sinais  da presença do ceratocone tornam-se evidentes. O olho apresenta-se mais brilhante e os objetos que se refletem nele aparecem nitidamente deformados. Quando se observa um olho afetado, nota-se como a córnea se salienta e apresenta a forma cônica. Através de exames específicos verifica-se que, no ápice do cone, a espessura da córnea está bastante diminuída.

Fase avançada: Com o passar dos anos, o ápice do cone torna-se opaco, por causa da alteração na nutrição das células nessa porção da córnea. Se o olho não for tratado, forma-se uma ulceração no ápice do cone, acompanhada por dores, lacrimação e espasmos da pálpebra.  A visão de objetos e de pessoas  ficam sem as formas definidas. Caso não ocorra tratamento, a doença pode evoluir ate a cegueira.

Diagnóstico

·         Anamnese.

·         Exame oftalmológico.

·         Tomografia da córnea.

AtençãoQualquer doença ocular deve ser diagnosticada por um profissional especializadoAos primeiros sinais de qualquer problema visual, procure o oftalmologista. Quanto mais cedo for tratado, maior a chance de cura.

Tratamento

O tratamento correto será indicado pelo oftalmologista, que é o médico especializado  para tratar dos distúrbios e doenças do olho.

·         Uso de óculos.

·         Uso de lentes de contato.

·         Transplante de córnea.

Tratamento cirúrgico:

Implante do Anel de Ferrara:  O recurso do Anel de Ferrara  é utilizado em pacientes com ceratocone  em fase avançada, cuja correção não é possível com o uso de óculos e  nem de lentes de contato.  O implante do Anel de Ferrara vem ajudar a reduzir a fila para transplantes e, através da adição de tecido no interior da córnea, busca estabilizar a sua forma, permitindo que o problema possa ser corrigido por óculos ou lentes.  Anestesia tópica. Paciente recebe alta no mesmo dia.

Crosslinking: Procedimento que reduz a curvatura com a ação de lazer nas fibras do colágeno.  Aplicação de raios ultravioleta na superfície da córnea, após a instilação de um agente fotossensibilizante (Riboflavina). O procedimento tem como objetivo fortalecer as fibras de colágeno da córnea. O procedimento é usado para corrigir as distorções na córnea causada pela doença.  Após o procedimento é necessário o uso de colírios pós-operatórios: anti-inflamatórios, analgésicos, anestésicos, lubrificantes e antibióticos. A recuperação da visão do paciente é lenta e deve ser avaliada pelo oftalmologista.  Recuperação ocorre após o primeiro mês, mas dependendo da evolução da visão pode demorar de 3 a 6 meses para estabilização completa.


Dúvidas de termos técnicos e expressões, consulte o Glossário geral.