CONJUNTIVITE


Definição

A Conjuntivite é uma inflamação da conjuntiva do olho. É considerada a doença ocular mais comum a nível mundial. Caracteriza-se por um aspecto róseo no olho, devido as hemorragias dos vasos sanguíneos subconjuntivais.  Uma das causas mais comuns da inflamação da conjuntiva (ou conjuntivite) é a penetração de um corpo estranho ou de poeira excessiva no olho.  A irritação resultante provoca aumento de secreção e afluxo de sangue, que traz leucócitos (células de defesa do organismo), para combate à invasão  de germes, e água, requerida pela secreção de muco e lágrimas. Nos casos mais simples, o corpo estranho é removido pelas lágrimas e pelas pestanas para um canto do olho, sendo dali expulso sem maior dificuldade.

Pessoas com Conjuntivite apresentam pela manhã grande acúmulo de remela (muco misturado com pus), que ao secar, pode unir as pálpebras e impedir-lhes a abertura dos olhos. Nos casos de Conjuntivite aguda, a inflamação dura uns três dias apenas, e o processo de cura é espontâneo.  A utilização de cosméticos, maquiagem e cremes, preferência do universo feminino, também estão entre os principais causadores de conjuntivites, alergias e irritações.

Incidência

·         Em quase 80% dos casos  são ocorrências virais.

·         Incidência maior no inverno.

Causas

·         Infecção microbiana (bactérias, vírus, Chlamydia, fungos e parasitas).

·         Alergia.

·         Estímulos tóxicos irritantes.

·         Produtos de maquiagem, principalmente sombras e lápis de olho.

Tipos

A conjuntivite é classificada de acordo com sua etiologia ou causa:

·         Conjuntivite bacteriana: Em geral, a Conjuntivite resultante da ação de bactérias tende a afetar apenas um olho. Todavia, se não for curada a tempo, pode estender-se rapidamente a outro olho. Mesmo o pneumococo, micróbio da pneumonia, pode atacar a conjuntiva. O estafilococo (que produz lesões como o furúnculo), o gonococo (da Blenorragia) e o bacilo da Difteria são outros germes capazes de provocar Conjuntivite, às vezes, em formas gravíssimas, devido às complicações envolvidas.

·         Conjuntivite alérgica: Se manifesta por formações achatadas e brilhantes na parte  inferior das pálpebras.

·         Conjuntivite tóxica. É causada por elementos tóxicos que podem irritar a conjuntiva. Essas substancias podem também está no ar.

·         Conjuntivite diftérica: as pálpebras incham e endurecem, não se fechando inteiramente. Na conjuntiva palpebral, muito inflamada, formam-se membranas aderentes, que retiradas, deixam em seu lugar úlceras que podem comprometer seriamente o olho.

·         Conjuntivite folicular:  A conjuntiva não se encontra propriamente inflamada, mas irritada e sensível à luz, o que provoca intenso pestanejamento. Na pálpebra inferior, pode-se notar a formação de pequenos nódulos ou folículos róseos e brilhantes, dispostos em fila.

·         Conjuntivite catarral: A  fase aguda caracteriza-se por inchaço e avermelhamento intenso dos olhos, devido aos vasos sanguíneos dilatados, enquanto na catarral crônica, caracteriza-se por leve mas permanente avermelhamento do olho, devido à dilatação dos vasos sanguíneos conjuntivais.

·         Conjuntivite primaveril:  Tem como característica principal, a formação de nódulos sobre a conjuntiva. Ataca mais os jovens, sobretudo na primavera.

Obs:  Outras Conjuntivites, de curso lento, são caracterizadas pela formação de pequenos nódulos na conjuntiva. Na Conjuntivite flictenular, por exemplo, desenvolve-se um nódulo róseo, em torno do qual se concentram minúsculos vasos sanguíneos. 

Transmissão

As mãos são o principal meio de transmissão da doença. Quando há maior concentração de pessoas no mesmo local, a contaminação é ainda mais rápida.

Período de incubação

Geralmente, o vírus que provoca a Conjuntivite pode permanecer incubado de quatro a cinco dias.

Doenças que podem atingir o olho

·         Toxoplasmose, Rubéola, Aids, Tuberculose, Herpes simples, Sífilis e outras doenças infecciosas atacam mais a retina e a coróide.

·         Reumatismo, Esclerose múltipla e outras doenças auto-imunes prejudicam a íris.

·         Diabetes, Hipertensão e anemia atingem os vasos da retina.

Sinais e sintomas

 Na maioria dos casos a pessoa acometida pela doença, sente o olho coçando, parecendo que tem areia no olho, depois começa a sair uma secreção, posteriormente o olho começa a ficar inchado. O período de manifestação da doença dura em torno de duas semanas, podendo se prolongar, em alguns casos.

 

Período prodrômico (fase inicial):

·         Sensação de corpo estranho ou de areia no olho.

·         Sensação de arranhadura ou queimação.

·         Prurido (coceira) leve a moderado no olho afetado.

·         Pestanejamento moderado  (o indivíduo fecha e abre as pálpebras com mais intensidade do que o normal).

·         Olhos avermelhados.

·         Lacrimejamento leve.

Sinais de alerta:

·         Conjuntivite infecciosa:  a secreção branca é mais intensa.

·         Conjuntivite alérgica:  a coceira é o principal sintoma.

·         Conjuntivite traumática ou irritativa:  o ardor é mais forte.

Fase aguda:

·         Prurido intenso (vontade de coçar o olho toda hora).

·         Lacrimejamento forte.

·         Fotofobia.

·         Remela (muco misturado com pus) nos olhos, principalmente pela manhã.

·         Pestanejamento intenso.

·         Avermelhamento intenso dos olhos.

Conjuntivite crônica:

·         Sensação de peso nas pálpebras.

·         Irritação.

·         Ardor e prurido leves e permanente.

·         Avermelhamento dos olhos.

A conjuntivite pode ser unilateral ou bilateral, mas a infecção geralmente começa em um olho e em seguida, espalha-se para o outro olho, por contato manual.

Diagnóstico

·         Anamnese.

·         Exame oftalmológico.

·         Exames laboratoriais: serve para identificar qual é o tipo de Conjuntivite, caso o médico tenha dúvida da origem.

Atenção:  Qualquer doença ocular só deve ser diagnosticada por um profissional especializado.  Aos primeiros sinais de qualquer problema visual, procure seu oftalmologista. Quanto mais cedo for tratado, maior a chance de cura

Tratamento

O tratamento correto será indicado pelo oftalmologista, que é o médico especializado  para tratar dos distúrbios e doenças do olho.

 

O tratamento da Conjuntivite depende do tipo. Muitos tipos de conjuntivite branda e viral são afecções  benignas auto-limitadas, que podem não necessitar de tratamento e de procedimentos laboratoriais. Para os casos mais graves, são prescritos antibióticos tópicos, colírios ou pomadas.

Complicações

Quando a Conjuntivite não é tratada ou o tratamento é deficiente pode levar  prejuízo para a córnea.

·         Úlcera da córnea:  a inflamação prolongada pode destruir camadas de tecido da córnea, de onde resulta a úlcera.

·         Transformação da Conjuntivite aguda em crônica.

Cuidados durante  a Conjuntivite

 

Se estiver doente, o portador deve ter os seguintes cuidados:

·         Evitar esfregar os olhos.

·         Usar o colírio prescrito pelo médico corretamente.

·         Não encostar o frasco do colírio ou da pomada no olho.

·         Lavar as mãos antes e depois de usar o colírio.

·         Lavar sempre as mãos.

·         Não usar lentes de contato enquanto estiver doente.

·         Usar óculos de sol com proteção UVA e UVB.

·         Lavar os olhos com soro fisiológico.

·         Usar compressas com soro fisiológico gelado; evitar compressas se a conjuntivite for de origem  bacteriana, porque a compressa ajuda a proliferação das bactérias.

·         Não usar maquiagem nos olhos, e se possível em todo o rosto, durante o período da inflamação.

·         Evitar compartilhar toalhas e sabonetes.

·         Evitar banhos de piscina.

·         Ficar em casa, até obter alta do oftalmologista. A doença é altamente contagiosa.

Prevenção

Alguns cuidados gerais podem ajudar na prevenção da Conjuntivite:

·         Evitar tocar os olhos com as mãos.

·         Não se deve partilhar toalhas.

·         Não usar lápis de olho de outra pessoa.

·         Não usar pincel de sombra para os olhos de outra pessoa.

·         Não compartilhar maquiagem.

·         Lavar as mãos com freqüência.

·         Fronhas e lençóis não devem ser partilhados. Tenha sempre os seus individuais e troque-os com regularidade. As fronhas e lençóis atuam como meio de cultura de vírus e bactérias.

·         Evitar nadar em piscinas sem cloro.

·         Usar óculos  de proteção para quem trabalha com produtos químicos.

·         Não usar medicamentos (pomadas,colírios) sem prescrição médica.


Dúvidas de termos técnicos e expressões, consulte o Glossário geral.