ESQUIZOFRENIA


Introdução

A Esquizofrenia é um distúrbio mental grave, incapacitante e crônico, que causa modificações profundas de personalidade, e se caracteriza pela dissociação que se estabelece entre a mente do doente e a realidade. É uma doença mental grave, porque afeta as emoções, o pensamento, as percepções e o comportamento do indivíduo. A Esquizofrenia é um dos transtornos mentais mais comuns e talvez um dos mais incapacitantes, para o qual, formas de tratamento eficazes não foram ainda definitivamente estabelecidas.  A doença também é conhecida como demência precoce, porque ocorre em indivíduos jovens (menos de 40 anos) e corresponde ao que na linguagem comum se chama de loucura. Geralmente o indivíduo crê estar sadio e os outros é que estão doentes. Quando o esquizofrênico adquire consciência de sua doença, pode-se pensar em uma evolução favorável desta.

A doença, em geral, aparece lentamente e só evolui com rapidez quando já se estabeleceu. Em algumas ocasiões, aparece de forma repentina, surpreendendo as pessoas que convivem com o doente e não se conseguindo meios de explicação para a mudança.  O esquizofrênico enclausura-se dentro de  sua delirante esfera pessoal, acompanhado de seus fantasmas biográficos e isolado de um mundo que considera incompreensível. A maioria dos esquizofrênicos não são indivíduos  perigosos, mas é possível que, em alguns casos de esquizofrenia paranóide, um delírio de perseguição os induza a defenderem-se por meio de agressão e, inclusive, homicídio.

Sinonímia

A Esquizofrenia também é conhecida pelo nome de:

·         Demência precoce.

·         Loucura (popular).

Incidência

·         A doença manifesta-se geralmente na adolescência, com uma sutil tendência a aparecer um pouco mais cedo nos homens.

·         Estudos e pesquisas indicam que a doença atinge 1% da população mundial.

·         A Esquizofrenia figura na lista das 30 doenças de maior impacto social no planeta.

·         No Brasil, estima-se que existam cerca de 1,5 milhões de portadores da doença.

·         No Brasil, a cada ano surgem 30 novos casos da doença, para cada 100 mil habitantes.

·         Cerca de 80% dos casos de Esquizofrenia são crônicos.

·         É extremamente raro o aparecimento da doença antes dos 10 ou depois dos 50 anos de idade.

·         Não existe nenhuma diferença na prevalência entre mulheres e homens. A incidência é igual nos dois sexos. A proporção é de um homem para cada mulher com a doença.

·         A  Esquizofrenia atinge qualquer pessoa independente da raça, religião, sexo,  nível sócio-econômico ou intelectual.

Causas

As causas da Esquizofrenia  são complexas e multifatoriais, e ainda não são totalmente conhecidas ou esclarecidas.  Estudos indicam algumas causas:

·         Predisposição hereditária,  parentes de primeiro grau de um esquizofrênico têm chance maior de desenvolver o problema do que as pessoas em geral. Porém, mesmo aqueles sem casos na família não estão livres do distúrbio.    A probabilidade de um esquizofrênico ter um filho que herde o problema é de 10 a 15%. Mas, se tanto o pai quanto a mãe forem esquizofrênicos, o risco aumenta para cerca de 40% de chance de o filho desenvolver a doença mais tarde.

·         Alterações bioquímicas dos neurotransmissores cerebrais, particularmente da dopamina, podem implicar no quadro.

·         Alterações do sistema imunológico: presença de anti-corpos cerebrais; alterações morfológicas e quantitativas de linfócitos.

·         Traumatismos cranianos no nascimento ou ao longo da vida podem causar, em alguns casos, o início da Esquizofrenia na infância  ou  após os 45 anos de idade. Infecções encefálicas podem em alguns casos, contribuir para o início da Esquizofrenia.

Obs:  Não há provas de que drogas lícitas ou ilícitas causem Esquizofrenia. Elas, no entanto, podem agravar os sintomas de quem já tem a doença. Certas drogas como cocaína ou estimulantes podem provocar sintomas semelhantes aos da Esquizofrenia, mas, não há até agora,  evidências que cheguem a causá-la

Tipos

A predominância dos sintomas, é que definem o tipo de Esquizofrenia:

Paranóide: é a mais comum e tem  início gradual, mais freqüente após os 30 anos. É a que responde melhor ao tratamento.

·         negativismo;

·         desconfiança e ressentimento em relação a outras pessoas;

·         alucinações auditivas;

·         alucinações visuais (aparição de pessoas mortas, demônios, deuses alienígenas e outros elementos);

·         idéias delirantes;

·         idéias hipocôndriacas e depressivas.

Catatônica: início na adolescência (15-25 anos) ou aos 40 anos ou mais. É o tipo menos freqüente e tem como características os transtornos psicomotores. Predominam os sintomas físicos, como a imobilidade ou a adoção de posturas esquisitas.

·         recusa do alimento;

·         obediência automática;

·         ecolalia (repetição da fala de outra pessoa);

·         ecopraxia (repetição de movimentos e gestos vistos em outra pessoa);

·         o paciente pode passar horas sentado ou em pé sem nenhuma expressão facial;

·         o paciente pode manter-se em uma postura rígida, resistindo a quem queira tirá-lo do lugar ou movê-lo, ou mexer-se sem objetivo aparente;

·         o portador pode ficar dias sem falar;

·         o portador faz tudo ao contrário do que se é pedido.

Simples: é menos freqüente, e  tem o início na adolescência, com sintomas pouco percebidos pelas pessoas mais próximas. Aparece lentamente e não se observa muitos surtos agudos:

·         falta de interesse;

·         apatia;

·         retardamento;

·         escassez da fala;

·         lentidão e passividade;

·         perda de interesse por tudo que se passa ao seu redor;

·         perda de amigos;

·         pouca relação com a família;

·         mudança de caráter.

Hebefrênica ou desorganizada: o início é súbito, geralmente começa na adolescência. Sua característica é a desorganização do pensamento, acompanhada de sintomas como tristeza e depressão:

·         predomina a incoerência do pensamento e dos afetos;

·         discurso infantil;

·         neologismos;

·         introversão e retração;

·         problemas de concentração;

·         em alguns casos, pode urinar na roupa, para chamar a atenção para si;

·         ao se alimentar faz de modo mau educado, causando constrangimento aos outros;

·         atitudes inconvenientes;

Esquizoativas: é a mistura da Esquizofrenia com certos transtornos do humor:

·         associações de sintomas de mania e depressão;

·         alucinações;

·         hipoatividade.

Residual: não há mais sintomas agudos, o esquizofrênico já está com a doença e suas seqüelas há muito tempo, porém o paciente ainda relata experiências perceptivas incomuns e crenças estranhas. A personalidade já está bastante prejudicada e não depende mais dos surtos agudos, para exarcebar. Tem uma sintomatologia bem acentuada.  Na Esquizofrenia residual podem predominar sintomas como o isolamento social, o comportamento excêntrico, emoções pouco apropriadas, idéias delirantes e pensamentos ilógicos.

Indiferenciada: é marcada por mais de um tipo de Esquizofrenia ou por pacientes que não se podem classificar em nenhum dos tipos mencionados acima.

Esquizofrenia e a loucura

Vulgarmente, o esquizofrênico é chamado de louco, mesmo em alguns ambientes hospitalares. Isso acontece porque as manifestações absurdas de sua destruição psíquica são mais ilógicas e espalhafatosas do que qualquer outra doença mental. Enquanto que o depressivo ou o neurótico podem ser compreendidos um pouco, perante um esquizofrênico o observador se sente totalmente incapaz de encontrar a mais mínima razão que explique sua atividade mental. A linha imaginária que liga a Esquizofrenia à loucura é muito tênue.

Esquizofrenia e a violência

Em geral, o esquizofrênico não é violento ou perigoso. Quando não estão em crise, são consideradas pessoas  até normais. Alguns esquizofrênicos, quando em crise ou surto psicótico, se tornam  agressivos fisicamente e verbalmente,  porque os delírios e as alucinações que apresentam, podem fazer com que eles se sintam ameaçados e tentem se defender. Episódios de intensa agressividade tanto para com outras pessoas ou com ele mesmo, são situações que indicam a necessidade de internação imediata, para garantir a integridade do paciente e das outras pessoas que por ventura ele possa atacar.  Em muitos casos, o surto é desencadeado pela falta de medicação.

Esquizofrenia e a linguagem

É  muito difícil se comunicar com um esquizofrênico, quando este se encontra em fase aguda de sua doença. Suas respostas quase não têm  relação com as perguntas que lhe são feitas e, em muitos casos, a resposta não é mais do que uma seqüência de palavras desconexas ou desfiguradas.  Muitas vezes inventa palavras novas, carentes de sentido, que afirma que lhe segredaram. Quase tudo que diz é incoerente e, sua construção de frases é absurda, podendo chegar a omitir palavras e vir a expressar-se unicamente através de uma mistura de sílabas.

Esquizofrenia e as idéias delirantes

O esquizofrênico, especialmente aquele que sofre uma variante da Esquizofrenia associada com a paranóia, apresenta idéias delirantes.  Tratam-se de delírios levados à máxima extravagância, sem sentido algum. O delírio se caracteriza por uma visão distorcida da realidade. Podem ser persecutórios (crê que o perseguem para matá-lo), místicos (se apresenta como redentor da humanidade), de identidade (achar que é outra pessoa), históricos, de ciúmes, de ameaças de catástrofe, etc. Estas idéias, as expressa em longos  discursos de linguagem incoerente, sem tratar de raciocinar em momento algum.  Existe uma lógica perfeita dentro do delírio, só que ela não corresponde à realidade. Uma das características do delírio, é que não se consegue removê-lo com contra-argumentação lógica. A convicção é absoluta para o esquizofrênico que aquilo realmente está acontecendo, e tentar dissuadi-lo é simplesmente  inútil.

Esquizofrenia e as alucinações

As alucinações caracterizam-se por uma percepção que ocorre independentemente de um estímulo externo. Com freqüência os portadores têm alucinações auditivas, visuais, olfativas ou táteis e as relata com todo o luxo de detalhes. As alucinações auditivas são as mais comuns e os pacientes descrevem as alucinações auditivas como umas vozes misteriosas que lhe transmitem certas mensagens e ordenam atos que devem ser feitos. Em muitos casos, são vozes imperativas que podem levá-lo ao suicídio, mandando que pule de um prédio ou de uma ponte. Pode ser sempre a mesma voz, ou de pessoas conhecidas ou não, podem ser também simples murmúrios incompreensíveis como podem ser claros e compreensíveis. As visuais  são mais raras e costumam ser aparições de seres celestes ou históricos. As táteis referem-se à presença de insetos pelo seu corpo. As alucinações olfativas se refere a cheiros e sabores. O doente pode achar que a comida pode está envenenada, pois está sentindo o cheiro e o gosto do veneno. Pode está comendo uma maçã, mas acha que esta saboreando uma melancia e a descreve como se realmente estivesse comendo uma melancia.

Esquizofrenia e a família

Há muitos anos atrás alguns profissionais culpavam a família pela causa da Esquizofrenia do seu filho e pelos transtornos mentais que a doença desencadeava. Realizavam terapia na família e tratavam o doente apenas com remédios e internamentos em sanatórios.  Hoje em dia, a família é uma das ferramentas na reabilitação do esquizofrênico e na prevenção das recaídas da doença.  Estudos indicam que alguns sintomas da Esquizofrenia resultam de desequilíbrios de substâncias neuroquímicas no cérebro, portanto a família não pode ser responsabilizada como fator causal da doença no seu filho. A família do esquizofrênico também deve ter apoio psicológico e psicoterápico, porque a doença em muitos casos, abala os alicerces mais sólidos da família.

Esquizofrenia e as drogas lícitas e ilícitas

O uso de drogas não é raro na Esquizofrenia, não como causa, mas como conseqüência. Sabe-se que, no início, algumas drogas exercem certo efeito sedativo e tranqüilizante, o que nas fases de ansiedade e tensão pode melhorar o humor do paciente.  A mais procurada é o álcool. A maconha também é usada, porém com menos freqüência. O consumo de drogas mais pesadas  é mais raro.

Período de início da doença

Geralmente, a doença se manifesta na fase adulta, mas, desde a adolescência, já se pode notar  dificuldades de relacionamento e aprendizagem. O pico da instalação ou os primeiros surtos, ocorrem no homem, entre os 20 e 25 anos, enquanto na mulher ocorre mais tarde, entre os 25 e 30 aos de idade. É raro o homem adoecer pela primeira vez, depois dos 40 anos de idade. No entanto, cerca de 10% das mulheres, têm o primeiro surto psicótico esquizofrênico depois dos 45 anos, época em que ocorre a menopausa e cai a produção de estrógenos. Mas, nada impede que a doença se manifeste na infância, na adolescência ou em qualquer outra fase da vida. 

O período entre a normalidade e a doença deflagrada, pode levar meses. Por outro lado, há casos em que a Esquizofrenia aparece em questão de semanas, ou mesmo dias.  O indivíduo muda seu modo de agir bruscamente, o que geralmente assusta muito os familiares.

Sinais de alerta

Nem todos os indícios levam a um quadro de Esquizofrenia. Alguns sintomas podem indicar outras doenças, ou até aparecer em pessoas sem qualquer problema mental.  Mas, deve-se ficar alerta,  se vários dos sinais abaixo se manifestarem na mesma pessoa.

·         Mudança brusca de comportamento.

·         Mudanças na personalidade.

·         Abandono das atividades usuais.

·         Isolamento social.

·         Fala desorganizada.

·         Discursos incoerentes, abordando vários assuntos ao mesmo tempo.

·         Uso estranho das palavras e da construção de frases.

·         Uso de um vocabulário diferente do seu padrão habitual.

·         Insônia.

·         Hostilidades e desconfiança.

·         Não deixar ser tocado e nem tocar nas pessoas.

·         Apresentar sentimentos de grandiosidade excessivos.

·         Posturas estranhas.

·         Uso de roupas diferentes, bem coloridas ou uso de roupas de uma só cor, rasgadas ou fora do padrão,

·         Andar na casa ou nas proximidades com roupas intimas.

·         Aparecimento de dificuldades nos relacionamentos.

·         Queda do rendimento em casa, estudos ou no trabalho.

·         Relato de sensações estranhas, como ser perseguido na rua.

·         Alterações de apetite (inapetência, emagrecimento).

·         Surgimento de crenças bizarras, como  ser controlado através de um chip implantado na cabeça.

·         Relato de percepções anormais na esfera auditiva (vozes), visual (fantasmas), olfativa e gustativa (comida com gosto e cheiro de veneno).

·         Piscar os olhos excessivamente ou diminuir marcante o piscar de olhos (a pessoa consegue ficar durante vários minutos  sem piscar).

·         Falta de expressões faciais, isto é, o rosto fica inexpressivo.

·         Sensibilidade excessiva a barulhos e luzes.

Sinais de alerta em adolescentes:

Como a doença em alguns casos se inicia no fim da adolescência ou no começo da idade adulta, de forma lenta e gradual, os pais e a família do jovem tendem a confundir os sintomas com "crises existenciais", "descoberta da sexualidade",  "alienação", "uso de drogas", "rebeldia", "problemas típicos da idade". São através desses rótulos que os pais e a família tentam justificar o comportamento estranho do jovem:

·         Dificuldade de  concentração, prejudicando o rendimento escolar.

·         Insônia.

·         Ficar andando pela casa a noite.

·         Desinteresse pelas atividades sociais.

·         Distanciamento dos amigos.

·         Atitudes inconvenientes.

·         Desinteresse por dinheiro.

·         Isolamento social, o adolescente fica mais tempo trancado no quarto.

·         Mudanças drásticas no visual.

·         Descuidos com a higiene pessoal (não escovar os dentes, não pentear os cabelos, não tomar banho durante dias ou ficar com a mesma roupa por vários dias).

·         Conversas estranhas e sem fundamento.

·         Fazer sempre o contrário do que se pede.

·         Períodos de hiperatividade curtos  e períodos de inatividade longos.

·         Reações emocionais não habituais com o comportamento do adolescente.

Sinais e sintomas

Os sinais e sintomas que esta doença  pode manifestar são extraordinariamente variados. Uma característica que aparece na grande maioria dos casos, é o autismo. Isso consiste numa atitude egocêntrica e de isolamento, que expressa a perda de contato, quase completa, com a realidade.  O esquizofrênico se refugia em suas criações fantásticas, sem se dar conta de quão absurdas são, e de quão desconexas são em relação ao mundo exterior. Os transtornos esquizofrênicos se caracterizam em geral, por distorções características do pensamento, da percepção e por inadequação dos afetos. Usualmente o paciente com a doença mantém clara sua consciência e sua capacidade intelectual. Às vezes, o distúrbio se desenvolve gradualmente, tão devagar a ponto de nem o paciente nem as pessoas próximas, perceberem que algo vai errado. Só quando comportamentos abertamente desviantes se manifestam, é que despertam suspeitas.

Sintomas fundamentais:

·         Associação frouxa das idéias.

·         Ambivalência.

·         Alteração do afeto.

 

Sintomas iniciais: Na fase inicial da doença, a pessoa  percebe que algo  está diferente ou acontecendo com ela, mas não sabe dizer o que é.  A pessoa fica alheia em relação às circunstâncias que a rodeiam. Essa fase também é  caracterizada por muita tensão e ansiedade.

 

·         Dificuldade de concentração.

·         Desinteresse pelas atividades sociais.

·         Perda de energia, iniciativa e interesse.

·         Falta de planejamento e desenvolvimento de idéias.

·         Isolamento.

·         Melancolia.

·         Diminuição das emoções e da capacidade de sentir prazer.

·         Mudança leve de comportamento.

·         Mudanças sutis no estado emocional.

·         Conversas estranhas.

·         Olhar distante, como se estivesse em outro "mundo".

·         Não liga para a higiene pessoal.

 

Sintomas agudos:

 

·         Idéias delirantes.

·         Incoerência de pensamentos.

·         Discursos sem uma linha de raciocínio.

·         Mudanças drásticas de humor.

·         Delírios.

·         Alucinações auditivas, visuais, olfativas e táteis.

·         Incoordenação das palavras.

·         Alterações do afeto.

 

Sintomas positivos (+) ou produtivos: Os sintomas positivos respondem mais rapidamente ao tratamento medicamentoso.

 

·         Alucinações.

·         Delírios.

·         Perturbações do pensamento.

 

Sintomas (-) negativos: Os sintomas negativos não devem ser  confundidos com depressão. A depressão responde aos medicamentos, enquanto os sintomas negativos da Esquizofrenia não melhoram com nenhum tipo de antipsicótico. Estatísticas indicam que 80% das alucinações começam com sintomas negativos.

 

·         Pobreza do discurso.

·         Indiferença.

·         Empobrecimento cognitivo.

·         Desânimo e apatia.

·         Embotamento afetivo (as emoções não são sentidas como antes).

·         Isolamento social.

 

Surtos psicóticos ou crises graves que têm como indicação internamento psiquiátrico:

 

·         Ameaça de auto-mutilação e ferimentos provocados em si mesmo.

·         Tentativa de suicídio.

·         Agressividade contra a família.

·         Agressão a outras pessoas.

·         Alucinações  que prejudicam gravemente o convívio social.

·         Tentar impor suas idéias fantasiosas e delirantes nas pessoas de forma violenta.

 

Pela legislação em vigor, a família e o médico têm o direito de internar o portador quando em crise mesmo contra sua vontade.  Nesses casos, deve ser chamado o socorro médico psiquiátrico especializado, que através de medicação e contenção mecânica, podem atender prontamente o paciente.

 

Diagnóstico

 

·         Anamnese (história do paciente).

·         Exame psiquiátrico (exame do estado mental).

 

Não existem exames específicos laboratoriais, clínicos ou de imagens (RX do crânio, Tomografia computadorizada, Ressonância magnética e ultra-som)  que faça o diagnóstico da Esquizofrenia. O diagnóstico  da doença é feito pelo conjunto de sinais e sintomas que o paciente apresenta, e a história como esses sintomas foram surgindo e se desenvolvendo. O psiquiatra é o profissional de saúde gabaritado e especializado que pode dá o diagnóstico definitivo  de Esquizofrenia.

 

Usa-se os critérios da Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à Saúde (CID) e também os de inclusão e exclusão da Associação Psiquiátrica Americana. Os critérios de inclusão pedem que o paciente tenha um histórico de, no mínimo, seis meses de alterações psicóticas, com delírios bizarros, além  de apresentar os chamados sintomas negativos, desânimo e falta de capacidade de planejamento e execução, por exemplo. Os critérios de exclusão dizem respeito a doenças que alteram o humor e ao uso de substâncias ilícitas que podem induzir a um diagnóstico de Esquizofrenia.

 

Obs:  O diagnóstico precoce  é difícil de ser detectado no caso da Esquizofrenia.  Geralmente, o diagnóstico é feito tardiamente e, com certeza, já foi imposto ao paciente e à sua família muito sofrimento, tensão e ansiedade, até obter o diagnóstico definitivo de Esquizofrenia.

Diagnóstico diferencial 

O diagnóstico diferencial deve ser feito para que a Esquizofrenia não seja confundida com outras patologias  e distúrbios mentais, com quadro clínico semelhante. Através dos exames clínico, físico, neurológico e psiquiátrico, o médico pode excluir essas doenças, até chegar ao diagnóstico correto. As doenças e os distúrbios mentais e neurológicos que podem ser confundidos com  a Esquizofrenia são os seguintes:

·         Alterações hormonais graves.

·         Distúrbio de humor.

·         Doenças hepáticas; alguns tipos de doenças hepáticas podem desencadear sintomas e sinais que podem ser confundidos com  a  Esquizofrenia.

·         Efeitos colaterais de alguns remédios.

·         Epilepsia do lobo temporal.

·         Tumor cerebral.

·         Uso de drogas.

Tratamento

Médico especialista: Psiquiatra. Dependendo da evolução da doença, outros profissionais podem ser indicados para o tratamento, principalmente o Psicólogo e o Psicoterapeuta.

 

Objetivo: Manter sob controle a doença,  evitar as crises e surtos psicóticos graves, e promover a reabilitação e readaptação psicossocial do paciente.

 

A Esquizofrenia é uma doença crônica, sendo que, em alguns casos (poucos), os pacientes podem se recuperar por completo e levar uma vida normal como qualquer outra pessoa. Mas, a grande maioria fica dependente de remédios e têm uma difícil readaptação psicossocial, principalmente, quando o tratamento psiquiátrico e medicamentoso são implementados tardiamente. A cada novo surto psicótico, a doença deixa mais seqüelas mentais na personalidade do portador.

 

Um dos maiores problemas enfrentados durante o tratamento da Esquizofrenia é o da adesão ao tratamento. Cerca de 45% dos pacientes abandonam o tratamento, achando que foi só um surto, o que favorece para o aparecimento  de recaídas cada vez mais difíceis de ser tratadas.

 

Tratamento medicamentoso: Houve um grande avanço no estudo e tratamento da Esquizofrenia, e atualmente sabe-se que, quanto mais precocemente forem administrados os medicamentos, menos danos serão causados aos doentes. Os remédios são fundamentais no tratamento. Os antipsicóticos representam a base e o principal tratamento medicamentoso para pacientes com Esquizofrenia. São utilizados na fase aguda, na terapia de manutenção e na prevenção de recidiva. Através da medicação, pode-se controlar 70% dos casos, resultando na possibilidade de tratamento em regime ambulatorial, redução da permanência hospitalar e diminuição de internações. Segundo especialistas, se o doente começa a ser medicado logo após o primeiro surto psicótico, os remédios poderão ser suspensos dois anos depois. Os indivíduos nesses casos específicos ficam apenas em observação. Os antipsicóticos são eficazes ma redução dos delírios, das alucinações e da desordem de pensamento, podendo, em alguns casos, até eliminar tais sintomas por completo. Os antipsicóticos mais utilizados para  a redução dos sintomas e da freqüência das crises são os seguintes:

 

Antipsicóticos de primeira geração:

 

·         Clorpromazina (Amplictil, Clorpromazina).

·         Flufenazina (Anatensol, Flufenam).

·         Haloperidol (Haldol, Haloperidol).

·         Periciazina.

·         Pimozide (Orap).

·         Zuclopentixol (Clopixol).

 

Antipsicóticos de segunda geração:

 

·         Aripiprazol.

·         Clozapina.

·         Levomepromazina (Levozine, Neozine).

·         Olanzapina (Zyprexa).

·         Quetiapina.

·         Risperidona (Risperdal, Risperidom, Zargus).

·         Ziprasidona.

 

Obs:  Em relação ao antipsicótico aripiprazol, esse deve ser recomendado quando ocorre falha terapêutica com os neurolépticos tradicionais padronizados; quando apresenta falência terapêutica com o uso dos neurolépticos atípicos e quando apresenta efeitos colaterais decorrentes do uso de neurolépticos típicos ou atípicos.

 

Efeitos colaterais dos antipsicóticos (uso contínuo):

 

·         Tremores das mãos (parecidos aos do mal de Parkinson).

·         Inquietação ou passividade.

·         Movimentos mais lentos e curtos.

·         Rigidez muscular.

·         Sedação.

·         Hiperprolactinemia.

·         Falta de expressividade no rosto.

·         Sialorréia (salivação excessiva), em alguns casos, o doente fica babando por algum tempo.

·         Aumento do peso.

·         Hiperlipidemias.

·         Hiperglicemia.

·         Distúrbios de movimento como tiques nervosos, geralmente nos lábios ou na língua, e movimentos  involuntários de contorção dos braços e/ou das pernas.

·         Sonolência excessiva.

·         Dificuldades sexuais.

 

A Clozapina além de produzir alguns efeitos colaterais acima, pode também causar convulsões ou uma redução de medula óssea, que pode ser fatal. Quem faz uso desse medicamento, deve fazer contagem de leucócitos (glóbulos brancos) periodicamente, já que essa droga pode baixar consideravelmente a imunidade do paciente.

 

Risperidona: Diminui alguns efeitos colaterais acima, mas, pode aumentar o risco de Acidente Vascular Cerebral (AVC), em pacientes idosos.

 

Obs: Infelizmente, alguns dos efeitos colaterais dessas  drogas, persistem mesmo após o paciente interromper por ordens médicas o seu uso.

 

Benefícios dos antipsicóticos:

 

·         Redução ou eliminação de vozes e visões perturbadoras (alucinações).

·         Redução ou eliminação de crenças estranhas e falsas (delírios).

·         Diminuição da tensão e da agitação.

·         Melhora da clareza do pensamento e da concentração.

·         Redução dos medos, da confusão e da insônia.

·         Melhora da coerência da fala.

·         Melhora da tranqüilidade, da alegria, do bem-estar.

·         Melhora no comportamento mais adequado.

·         Redução ou eliminação de pensamentos hostis, estranhos ou agressivos.

·         Diminuição do risco de recaídas e da necessidade de internações hospitalares.

 

Intervenção precoce: Existem estudos que defendem o início do tratamento medicamentoso antes da manifestação completa da doença.  Quando se detecta alto risco para a psicose, e existem critérios para determinar isso, prescreve-se o tratamento precoce para evitar o desenvolvimento completo da doença.  O tratamento tem boa eficácia para fazer regredir os sintomas negativos. Em muitos casos de adultos jovens e adolescentes, é possível conseguir que eles não interrompam suas atividades e mantenham boa reintegração social, o que evita muitos danos causados pela doença.

 

Internamento hospitalar: O  internamento pode ser feito em instituições especializadas, isto é, hospitais, sanatórios ou clínicas psiquiátricas. O internamento pode ser necessário quando a medicação dada em  casa, não surte efeito, ou quando o paciente tem um surto psicótico grave, não tendo mais controle sobre si mesmo. A internação deve durar o tempo necessário para controlar as manifestações mais graves da doença.

 

Assistência de enfermagem: Caso o esquizofrênico tenha que ser internado na área psiquiátrica, alguns cuidados básicos devem ser adotados pelo pessoal de enfermagem. Principalmente, porque quando o internamento é solicitado pelo psiquiatra,  o paciente deve estar em surto psicótico ou crise aguda.

 

·         Atender as necessidade básicas  individuais do paciente.

·         Proporcionar confiança.

·         Atentar para a NHB (Necessidades Humanas Básicas).

·         Estimular a participação nos grupos.

·         Contenção, se necessária, por tempo mínimo.

·         Estimular o auto-cuidado do paciente.

·         Atentar para as medicações; verificar se o paciente realmente está tomando as medicações, qualquer dúvida informar ao seu superior, e anotar no prontuário.

·         Atentar para a segurança do paciente dentro da ala.

·         Chamar o paciente sempre pelo nome, nunca por apelidos.

·         Não estimular a passividade do paciente.

·         Evitar dirigir-se ao paciente com tom  paternalista ou autoritário.

·         Evitar o isolamento.

·         Ter tolerância e paciência com o paciente.

·         Responder-lhe  perguntas com frases curtas e simples.

·         Não se deixar envolver pelas conversas ou discursos do paciente, o esquizofrênico em muitas situações é extremamente convincente.

Obs: Deve-se ficar atento à sua própria segurança. Quando for necessário dirigir-se ao quarto ou enfermaria da área psiquiátrica, deve-se ir sempre acompanhado.  As rondas noturnas devem ser sempre  feitas em dupla. Em área psiquiátrica, não é saudável andar sozinho.

 

Tratamento psicoterápico:  A Psicoterapia  ajuda o paciente a compreender e a lidar com a doença, além de estabelecer uma relação de colaboração entre o paciente, sua família e o médico.

 

·         Diagnóstico e intervenção precoce no surgimento de nova crise.

·         Aceitação dos farmacoterápicos.

·         Adesão ao tratamento.

·         Controle do estresse  familiar e do paciente. O estresse não causa a Esquizofrenia, mas pode agravar muito os sintomas no paciente.

·         Treinamento em habilidades básicas.

·         Terapia familiar para melhor atender o doente.

·         Participação em grupos de auto-ajuda.

 

Psicoterapia cognitiva: esta modalidade se baseia no princípio de que os problemas emocionais são causados por padrões de pensamento distorcidos, que o paciente tem a respeito de si mesmo, dos outros e da realidade à sua volta. Por meio de técnicas verbais ensinadas pelo terapeuta, ele aprende a identificar e modificar esses pensamentos.

 

Obs: As terapias psicoterapêuticas implementadas  contra a vontade do paciente, não surtirão nenhum efeito. O tratamento psicoterápico ideal é aquele em que o paciente participa e o que proporciona uma melhor reintegração social.

 

Prognóstico: A evolução da doença é variável, costuma haver crises ou surtos psicóticos a cada quatro ou cinco anos, com fases intermediárias de aparente cura, nas quais o doente parece que está melhor, mesmo não tendo a lucidez de antes. Infelizmente,  em muitos casos, a evolução da doença é de  modo progressivo, até a deteriorização profunda da personalidade, nesses casos a recuperação é impossível.

 

Existem alguns casos de Esquizofrenias de tipo agudo, que evoluem espontaneamente para a cura, mas são considerados casos raros. 

 

Em um terço dos casos, mesmo a psicose desaparecendo, fica uma pequena sintomatologia residual. A pessoa não volta mais a ser a mesma. Permanece a diminuição dos impulsos e ela não consegue mais dar conta do que fazia antes.  

 

Algumas características no início da doença são indicadoras de mau prognóstico, como ausência de fator desencadeante, ausência de sintomas afetivos, início insidioso, personalidade pré-mórbida alterada, isolamento social prévio, baixo desempenho educacional, pior ajustamento social, baixa classe social e presença de sintomas negativos. Em geral, quanto mais fatores destes estão presentes, mais provavelmente a esquizofrenia terá um curso com deterioração progressiva. Em mulheres, o curso geralmente é mais benigno, com menos hospitalizações e melhor prognóstico. Um possível fator para explicar essas características da esquizofrenia no sexo feminino seriam os estrógenos, os quais atuariam como protetores naturais.

 

O prognóstico será melhor, quanto melhor for a adaptação do doente em seu meio social, antes de se desencadear a sintomatologia da Esquizofrenia. Se ele tiver apoio da família e dos seus amigos, for medicado corretamente, melhor será a sua recuperação, e com certeza terá menos crises e recaídas.

Sinais de recaída

 

Dados estatísticos indicam que em um ano, de 70 a 80% dos pacientes, que apresentarem um surto esquizofrênico e não tomarem medicamentos, apresentarão recaídas. Os riscos de recaídas em um ano diminuirão para 30% com o  auxílio de remédios. Uma das principais causas de recaída da doença é o abandono do tratamento ou a falta de adesão ao tratamento.  A maioria dos esquizofrênicos terá que tomar remédios por longos períodos ou até mesmo por toda a vida. O indicado é manter o tratamento enquanto houver risco de recaída, e no mínimo durante um ou dois anos, após a última crise.  

A pessoa que cuida do esquizofrênico ou a família ou devem estar atentos aos sinais de recaída, que podem sugerir um início de uma crise psicótica. Caso percebam ou suspeitem de uma recaída, o paciente deve ser levado ao psiquiatra imediatamente, para uma avaliação médica, e se for necessário o médico deve intervir rapidamente, modificando a medicação ou a dosagem que o paciente recebe. Todos os esforços devem ser feitos para tentar evitar uma nova recaída.

 

·         Alterações de comportamento.

·         Insônia.

·         Irritabilidade.

·         Comportamento agitado.

·         Mudança de humor.

·         Começar a falar sozinho.

·         Isolamento social.

·         Alucinações.

·         Delírios.

 

Em alguns casos, o próprio paciente  aprende a detectar as manifestações que antecedem o desencadear da crise psicótica. Ele liga para o médico, pede ajuda, quer rever a medicação. Infelizmente, não mais do que 20% dos pacientes com Esquizofrenia têm esse "insight", isto é, a capacidade de perceber que a crise psicótica está voltando.

Conselho aos pais

 

·         Aprendam a reconhecer os sintomas iniciais, que possam indicar uma possível recaída antes do quadro completo se instalar.

·         Procurar atendimento médico logo, sem adiamentos.

·         Procurar aprender sobre a doença (lendo e pesquisando), para melhor entender o filho em suas necessidades.

·         Estabelecer expectativas realistas para a condição individual do filho doente.

·         Observar e aprender para melhor poder relatar os sintomas.

·         Saber respeitar seus próprios limites: você não poderá ajudar adequadamente enquanto estiver precisando de ajuda.

·         Tentar o máximo possível estabelecer uma relação amistosa, com um objetivo e finalidade estabelecidos.

·         Estimular parentes e amigos de seu filho a estabelecerem uma relação saudável.

·         Comunicar-se de forma clara e objetiva, sem usar meias-palavras ou deixar mensagens subentendidas.

·         Principalmente, ter um ambiente emocionalmente estável em casa. Expressões hostis mesmo que não direcionadas para a pessoa doente afetam e prejudicam o esquizofrênico.

·         Não exercer cobranças sobre ele. Expressar as emoções tanto positivas (alegria) quanto as negativas (raiva) sempre com moderação.

 

Apenas algumas palavras, para determinadas "famílias"...

Muitas famílias em certos casos, através do preconceito social e do tratamento familiar que dão ao seu filho ou parente doente, podem e muito, contribuir para o agravamento da doença, caso ela trate com indiferença, hostilidade e frieza o seu familiar que tem Esquizofrenia. Tem muitas famílias, que abandonam  o doente à sua própria sorte,  aumentando a dosagem dos medicamentos, com a desculpa, que assim o esquizofrênico fica mais calmo durante os surtos. Muitas famílias  ainda usam o recurso de trancar o doente no quarto, outras o abandonam nas ruas, hospitais e sanatórios psiquiátricos, que é uma forma também de se livrar do doente. Tratam-no como um estorvo, como se ele tivesse uma doença contagiosa que não pudesse mais conviver  dentro dos seus lares.

 

E justamente, nessa fase de sua vida, em que mais necessita da sua família ao seu lado, ela o abandona à sua própria sorte. É muito triste assistir  a essa situação, mas infelizmente, acontece em muitos lares brasileiros que têm no seu seio familiar, pessoas com Esquizofrenia ou com outros distúrbios mentais. 

Para esses determinados tipos de  "famílias", devo dizer que elas devem antes de tudo, entender que a Esquizofrenia é uma doença crônica, e que seu filho ou parente, não pode ser  responsabilizado por ter essa doença. Simplesmente, dizer que ele é um louco, que não tem futuro e que nada pode ser feito para melhorar a sua situação, é muito cruel e desumano. Se essas "famílias" dessem um pouco mais  de amor, carinho,  atenção, conforto e também fossem mais solidária com o sofrimento, dor e medo que  a doença inflige ao seu portador, com certeza, não o tratariam assim dessa maneira tão vergonhosa, desumana e indigna. 

 

Não é o esquizofrênico que tem que se adaptar à família, e sim a família é que deve se ajustar  às novas mudanças que ocorrerão  no seio familiar de agora em diante, devido à doença de seu familiar.  

O seu filho ou parente não é um  LOUCO,  ele é apenas uma pessoa  DOENTE,  que precisa de ajuda!

Atualidades

Atendimento especializado:  O Projeto Esquizofrenia (Projesq), instalado no Instituto de Psiquiatria  do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, criado em 1990, nasceu com o objetivo de prestar atendimento especializado. Cerca de 800 pessoas por mês são atendidas gratuitamente no local. Além de consultas, exames e distribuição de remédios, o grupo possui um trabalho de pesquisa em imagens, genética, neuropsicologia e formas alternativas de tratamento. Para que uma pessoa se inscreva no projeto é necessário que já possua o diagnóstico de Esquizofrenia e, que não esteja respondendo adequadamente aos tratamentos já sugeridos. O projeto atende somente casos de alta complexidade.


Dúvidas de termos técnicos  e expressões, consulte o glossário psiquiátrico.