BEBÊ DE MÃE FUMANTE


Definição

O consumo do tabaco pela mulher grávida pode trazer sérias conseqüências ao feto, já que ele absorve, antes mesmo de nascer, as substâncias tóxicas do cigarro através da placenta. Por causa disso, o feto pode nascer abaixo do peso e da estatura normais, além de haver o risco de alterações neurológicas consideráveis no futuro recém-nascido. Aborto espontâneo e complicaçõespós-parto são os riscos maiores entre as gestantes que fumam. As substâncias tóxicas do cigarro aparecem também no leite materno de mães fumantes. O tabagismo materno é uma causa bem demonstrada de retardo do crescimento intra-uterino. A despeito dos avisos de que fumar cigarros é prejudicial para o feto, mais de 25% das mulheres continuam a fumar durante a gravidez. Em grandes fumantes de cigarros (20 ou mais por dia), o parto prematuro é duas vezes mais frequente do que nas mães que não fumam, e seus filhos pesam menos do que o normal (abaixo de 2 klg).

Incidência

Efeitos nocivos

Na gestante: O tabaco contém uma substância chamda nicotina que é uma droga estimulante do SNC. Quando a gestante traga, a nicotina  atinge rapidamente a circulação e o cérebro, liberando várias substâncias dentre elas a noradrenalina, dopamina e vasopressina. Essas substâncias atuam sobre a circulação da gestante  provocando a contração dos vasos sanguíneos, o aumento dos batimentos do coração, culminando com o aumento da pressão arterial.  Pode ocorrer gravidez nas trompas, já que a nicotina altera os movimentos dos cílios da trompa de Falópio.  O aborto espontâneo tem uma incidência um pouco maior em gestantes que fumam.

No feto: A nicotina contrai os vasos sanguíneos do útero, causando diminuição do fluxo sanguíneo para o útero, redução do suprimento de oxigênio e de nutrientes disponíveis para o embrião/feto do sangue materno no espaço interviloso da placenta. 

A deficiência resultante no embrião prejudica o crescimento celular e pode ter um efeito adverso sobre o desenvolvimento mental. Altos níveis de carboxiemoglobina, resultante de fumar cigarros, aparecem no sangue materno e do feto, podendo alterar a capacidade do sangue de transportar oxigênio. Em conseqüência, pode ocorrer uma hipóxia fetal (diminuição dos níveis de oxigênio abaixo do normal) crônica e afetar o crescimento e o desenvolvimento do feto. 

As substâncias nocivas do cigarro interferem  e dificultam a implantação e o desenvolvimento normal da circulação da placenta, interferindo substancialmente nas trocas gasosas e de nutrientes entre a mãe e o feto, aumentando exponencialmente o risco de deslocamento prematuro da placenta. No feto, os efeitos  nocivos das substâncias encontradas no cigarro, podem causar:

No bebê: As consequências nocivas das substâncias do fumo durante o decurso da gravidez, podem resultar em bebê com baixo peso ao nascer, chora com mais facilidade e apresenta dificuldade para dormir. Estudos clínicos indicam uma incidência   um pouco maior de deficiência mental, alterações genéticas e  o risco aumentado de malformações congênitas tais como lábio leporino, malformações digestivas e circulatórias, em bebês de mães fumantes de mais de 20 cigarros por dia. Atraso no crescimento também pode ocorrer em bebês filhos de mães fumantes compulsivas.

Prevenção

Fumar durante a gravidez e durante o período da amamentação traz riscos tanto para a mãe quanto para o bebê. A prevenção é essencial para garantir a saúde da mãe e do futuro bebê. O melhor método preventivo  que pode existir é simplesmente parar de fumar.


 

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