DIARRÉIA EPIDÊMICA DO RECÉM-NASCIDO
Definição
A diarréia epidêmica é uma doença que provoca no RN evacuações freqüentes, com fezes pastosas ou líquidas. Geralmente é causada por bactérias em bebês hospitalizados. Doença que ocorre no berçário das maternidades ou hospitais, e pode ser transmitida para quase todos os RN do berçário ou de uma UTI neonatal ou UTI pediátrica do hospital, se não for diagnosticada o mais precocemente possível. Se não for diagnosticada e tratada imediatamente podem em alguns casos dependendo das condições clínicas do bebê, causar a morte do bebê.
Agente etiológico
São várias as bactérias que podem provocar a diarréia no RN, enquanto ele está no hospital, sendo a mais comum a Escherichia coli.
Fonte de infecção
Um bebê infectado ou um adulto que trabalha no berçário e seja portador do germe. Materiais e equipamentos contaminados também podem ser uma fonte de infecção.
Sinais e sintomas no RN
Febre.
Vômitos.
Palidez.
Fezes líquidas ou pastosas abundantes.
Bebê chora quando é colocado no peito da mãe para ser amamentado, ou quando é alimentado por mamadeira.
Bebê chora quando é colocado no colo.
Perda de peso rápida.
Desidratação (complicação grave em RN).
Os sinais de desidratação no bebê podem incluir:
Boca ou língua seca.
Poucas ou nenhuma lágrima ao chorar.
Nenhuma fralda molhada por três horas ou mais.
Olhos, bochechas e abdome encovados.
Fontanela deprimida.
Irritabilidade ou apatia.
Diminuição da turgidez da pele.
Diagnóstico
Quadro clínico.
Exames laboratoriais.
Tratamento
Através da antibioticoterapia, após identificar o agente causador da diarréia. O índice de mortalidade diminuiu de forma acentuada com o advento dos modernos antibióticos.
Hidratação venosa, caso seja indicada pelo médico.
Implementação de tratamento para a desidratação.
Correção dos distúrbios hidreletrolíticos.
Suporte nutricional.
Exames laboratoriais devem ser feito em todos os bebês da Unidade suspeita de infecção.
Prevenção
Vigilância Sanitária deve ser acionada imediatamente.
CME deve ser inspecionado.
CCIH do hospital deve ser acionada imediatamente.
Através de medidas higiênicas dos profissionais que trabalham e que tem acesso ao berçário.
A técnica de lavagem das mãos deveria ser ensinada a todos os profissionais e nesse caso específico ao pessoal que trabalha e que tem acesso ao berçário ou a UTI neonatal.
A profilaxia pode ser feita através de exames periódicos nos profissionais que trabalham no hospital.
Os pais e familiares que visitam o RN no berçário ou na UTI neonatal devem ser orientados para lavar as mãos; colocar um avental de proteção e o hospital deveria também fornecer o propé (protetor para os pés), antes de adentrarem à unidade.
Pais, familiares e visitantes que estejam em tratamento de doenças infecciosas e contagiosas não devem ter acesso à unidade onde o bebê está internado.
Isolamento e cuidadosa limpeza da unidade no caso de diarréia epidêmica.
Transferência dos pequenos pacientes para outra unidade do hospital, no caso da UTI neonatal caso tenha que ser isolada, os bebês devem ser transferidos para outras unidades hospitalares que tenham disponibilidade de vagas na UTI neonatal.
Dúvidas de termos técnicos e expressões, consulte o Glossário geral.